— Não, ela é assim mesmo, desde que chegou aqui. — escutei assim que entrei na cozinha, pela sala. Era Domitila falando para Sarah, elas estavam na cozinha do vip.
Sei que é errado escutar a conversar dos outros, mas não foi de propósito. A culpa é minha se derrepente meus pés começam a andar mais lento?
-— Amiga, eu conversei pouco com ela, mas a s/n não me pareceu nada que você tá falando. — Sarah respondeu, soltei um sorrisinho ao escutar isso.
Decido acabar com a palhaçada de andar devagarinho e ando mais rápido até o armário da chepa pegando um copo. Sarinha olha pra mim, mas pelo o que parece Domitila não liga muito pra quem chegou.
— Pois eu não acho. Ela é insuportável, não aguento olhar na cara. — Coloco um pouco de água no copo e vejo Sarah falar baixinho pra ela calar a boca.
Nem pra fofocar a mulher presta.
Bebo um gole do líquido e faço um barulho com a garganta.
— E por que você não fala isso pra mim? — pergunto me encostando da pia.
Ao ouvir eu falar, a mulher se virou e Sarah fez uma careta.
— Acho que essa é minha deixa como participante, hora de virar telespectadora. — falou e eu soltei um sorriso ao ver ela se sentar e cruzar as pernas na cadeira olhando atenta para eu e Domitila.
— Já vou avisando que não gosto barraco. — a mulher fala mexendo as mãos mais que dançarino.
— E eu digo que não gosto de quem fala fiado, eu sei o jeito que você conversa aqui dentro, Domitila, e textinhos feitos não me descem. — Falei tomando o resto da água. Espero que ninguém de fora me leve a mal, mas ela é uma pessoa que sempre quer ter o poder de falar, mas nunca de escutar. — Eu não quero barraco, muito pelo contrário. A única coisa que eu perguntei, foi o por que de você não falar o que você tava falando pra Sarah na minha cara.
— Não falei porque você não é minha amiga aqui dentro. — Ela saiu da cozinha vip e veio pra minha frente. — Mas você quer que eu fale, eu falo.
— Tô esperando. — falo sorrindo e pondo o copo perto do meu rosto.
Aos poucos vejo a cozinha encher. Brotou de onde esse povo todo?
— Só falei que não ia com a sua cara. — Disse olhando pra alguém atrás de mim, e que não faço questão de saber.
— Não foi isso que eu escutei, pó cara, mó mancada. — joguei o resto do líquido no ralo e deixei o copo dentro da pia. — Eu conversa toda hora com você aqui dentro e agora te vejo falando mal de mim.
