Capítulo 4

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Maya, Estou certa? - Pergunto sorrindo.

- Sim, Maya Charpentier. - Ela confirma baixinho. - E você é a Clarisse, não é?Clarisse Renault? - Perguntou colocando uma mecha de cabelo para trás da orelha.

- Sim, mas pode me chamar de Clary. - Dou um sorriso amigável. - Precisamos conversar sobre isso. - Digo apontando para seu amuleto. - Mas não aqui e nem agora. Podemos nos encontrar a noite? - Olho ao redor para verificar se alguém notou nosso comportamento suspeito, mas aparentemente as pessoas continuam agindo naturalmente.

- A-acho que tem. - Ela disse gaguejando. - Mas onde?

- Boa pergunta. - Paro um pouco para pensar. Talvez no café, pior que a noite já estará fechado. A minha casa pode ser uma possibilidade. Pensando melhor não vai ser uma boa ideia com todo esse clima...

- Pode ser na minha casa, acho que meu avô não vai se incomodar. - Ela disse me tirando dos meus pensamentos. Eu apenas confirmo com a cabeça e anoto o endereço na lista de compras.

- Então eu te encontro lá às 19 horas. Tudo bem para você? - Pergunto e ela confirma. Então me despeço e vou rumo ao carrinho para continuar meu trabalho.

***

Já fazia uns 5 minutos que eu havia deixado a minha casa e agora eu andava pelas ruas de Colmar em meio a um lindo pôr do sol. Uma mistura de cores se espalha pelo céu e o vento frio, que percorria esta área, levava consigo algumas folhas que caiam das árvores. Depois que terminei as compras voltei para o café. Até que a clientela estava aumentando de novo. Então achei melhor não atrapalhar, apenas guardei as compras na dispensa e peguei um croissants.

Então aqui estou, a caminho da casa da Maya. Espero que eu consiga achá-la rápido, a cada minuto que passa parece ficar mais frio. Deveria ter pego um casaco mais quentinho ao invés da minha costumeira jaqueta jeans.

- Acho que é essa a rua. - Falo comigo mesma,enquanto tirava do bolso do casaco a lista onde ela tinha anotado o endereço. Entro na rua e começo a olhar os números das casas, que por sinal eram todas belíssimas e parecem ser de alto nível. - 276; 277; 278... - Eu lia baixinho os números das portas. - Achei! - Olhei novamente o papel para conferir. Fui até a porta e toquei a campainha e logo uma mulher,alta de uniforme, com seus cabelos negros presos em um coque, abriu a porta.

- Boa noite! - A mulher disse ríspida.

- Boa noite, a Maya está? - Perguntei.

- Quem deseja falar com ela? - Ela perguntou arqueando a sobrancelha.

- Clarisse Renault! - Estiquei a mão a fim de cumprimentá-la, e ela fez o mesmo. Estou achando que a Maya não avisou que eu vinha.

- Você é amiga da escola? - Ela perguntou meio desconfiada.

- É-é , podemos dizer que sim. - Respondo coçando a cabeça, o que fez ela me olhar um pouco confusa. - Está um pouco frio aqui fora... - Dou uma pausa, mas parece que ela não entendeu minha indireta. Vou ter que ser mais óbvia. - Será que eu posso entrar? - Disse apontando para dentro da casa. Ela demora um pouco até abrir a porta e me conduz até a sala de estar onde tinha uma lareira acessa.

- Espera só um estante que eu vou chamar a senhorita Charpentier.

Me sento no canto do sofá que ficava mais próximo à lareira e estico os braços afim de esquentá-los.

- Clary? - Ouço uma voz familiar me chamar. Me viro e vejo que é ela descendo as escadas. - Que bom que você chegou. Fiquei com medo de você se perder. - Ela deu um leve sorriso e sentou ao meu lado. - Você aceita algo?

Vastel - Os Seis AmuletosOnde histórias criam vida. Descubra agora