Maya, Estou certa? - Pergunto sorrindo.
- Sim, Maya Charpentier. - Ela confirma baixinho. - E você é a Clarisse, não é?Clarisse Renault? - Perguntou colocando uma mecha de cabelo para trás da orelha.
- Sim, mas pode me chamar de Clary. - Dou um sorriso amigável. - Precisamos conversar sobre isso. - Digo apontando para seu amuleto. - Mas não aqui e nem agora. Podemos nos encontrar a noite? - Olho ao redor para verificar se alguém notou nosso comportamento suspeito, mas aparentemente as pessoas continuam agindo naturalmente.
- A-acho que tem. - Ela disse gaguejando. - Mas onde?
- Boa pergunta. - Paro um pouco para pensar. Talvez no café, pior que a noite já estará fechado. A minha casa pode ser uma possibilidade. Pensando melhor não vai ser uma boa ideia com todo esse clima...
- Pode ser na minha casa, acho que meu avô não vai se incomodar. - Ela disse me tirando dos meus pensamentos. Eu apenas confirmo com a cabeça e anoto o endereço na lista de compras.
- Então eu te encontro lá às 19 horas. Tudo bem para você? - Pergunto e ela confirma. Então me despeço e vou rumo ao carrinho para continuar meu trabalho.
***
Já fazia uns 5 minutos que eu havia deixado a minha casa e agora eu andava pelas ruas de Colmar em meio a um lindo pôr do sol. Uma mistura de cores se espalha pelo céu e o vento frio, que percorria esta área, levava consigo algumas folhas que caiam das árvores. Depois que terminei as compras voltei para o café. Até que a clientela estava aumentando de novo. Então achei melhor não atrapalhar, apenas guardei as compras na dispensa e peguei um croissants.
Então aqui estou, a caminho da casa da Maya. Espero que eu consiga achá-la rápido, a cada minuto que passa parece ficar mais frio. Deveria ter pego um casaco mais quentinho ao invés da minha costumeira jaqueta jeans.
- Acho que é essa a rua. - Falo comigo mesma,enquanto tirava do bolso do casaco a lista onde ela tinha anotado o endereço. Entro na rua e começo a olhar os números das casas, que por sinal eram todas belíssimas e parecem ser de alto nível. - 276; 277; 278... - Eu lia baixinho os números das portas. - Achei! - Olhei novamente o papel para conferir. Fui até a porta e toquei a campainha e logo uma mulher,alta de uniforme, com seus cabelos negros presos em um coque, abriu a porta.
- Boa noite! - A mulher disse ríspida.
- Boa noite, a Maya está? - Perguntei.
- Quem deseja falar com ela? - Ela perguntou arqueando a sobrancelha.
- Clarisse Renault! - Estiquei a mão a fim de cumprimentá-la, e ela fez o mesmo. Estou achando que a Maya não avisou que eu vinha.
- Você é amiga da escola? - Ela perguntou meio desconfiada.
- É-é , podemos dizer que sim. - Respondo coçando a cabeça, o que fez ela me olhar um pouco confusa. - Está um pouco frio aqui fora... - Dou uma pausa, mas parece que ela não entendeu minha indireta. Vou ter que ser mais óbvia. - Será que eu posso entrar? - Disse apontando para dentro da casa. Ela demora um pouco até abrir a porta e me conduz até a sala de estar onde tinha uma lareira acessa.
- Espera só um estante que eu vou chamar a senhorita Charpentier.
Me sento no canto do sofá que ficava mais próximo à lareira e estico os braços afim de esquentá-los.
- Clary? - Ouço uma voz familiar me chamar. Me viro e vejo que é ela descendo as escadas. - Que bom que você chegou. Fiquei com medo de você se perder. - Ela deu um leve sorriso e sentou ao meu lado. - Você aceita algo?
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Vastel - Os Seis Amuletos
FantasyClarisse Renault é uma jovem que vive tranquilamente em uma pequena cidade no interior da França. Até que um dia recebe um pedido de ajuda, vindo de uma senhora que diz ser guardiã de um amuleto muito poderoso, cuja a origem é de outro planeta. Clar...