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Os dias se passaram e eu não estava sabendo lidar com os meus traumas. Quando Jin falou aquele nome, parece que todos os medos que estavam escondidos dentro de mim, saíram para fora.
Eu não conseguia pensar com calma, tudo o que eu conseguia pensar era que não poderia deixar ele chegar perto de mim outra vez. Não podia.

Eu estava no quarto andando de um lado para o outro, eu queria poder me acalmar, mas eu não consigo. Quando Taehyung está perto de mim, eu tento agir calmamente, mas eu sei que ele já percebeu alguma coisa.  Porém, eu não posso deixar esse meu problema estragar o meu disfarce. Falando em disfarce, Jin não falou nada até agora. Espero que ele não esteja aprontando alguma coisa.

Ouço uma batida na porta e logo me sentei, era Jimin ele entrou e veio avisar que o jantar estava na mesa.

— Eu já estou indo, Jimin. — apertei meu joelho.

— Hoseok, tem certeza que você está bem? — eu o olhei rápidamente.

— Sim, porque está perguntando isso?

— Não, é que desde aquele dia que tivemos na casa do Jin, você ficou estranho.

— Não estou estranho. — ele me olhou desconfiado.

— Certo, estou indo.

— Eu também já estou indo. — ele saiu do quarto e eu fui para o banheiro.

Alí frente ao espelho me olhei e pude ver a imagem dele atrás de mim, sorrindo enquanto fumava um cigarro. Fechei os olhos e àquelas imagens continuavam na minha mente, eu me debatia tentando afastar aquelas mãos de mim. Era repugnante. Assim que eu abrir os olhos de novo, lágrimas vinheram ao meu rosto e eu comecei a chorar.

— Hee, você não vai jantar? — a voz de Taehyung ecoou e me fez querer sumir daquele banheiro. Mas eu não tinha forças para isso. — Hee?

Taehyung entrou no banheiro e eu o olhei. Ele se aproximou e me abraçou. Foi então que o choro veio ainda mais intenso.

— Hee, o que você tem ? — ele me abraçou forte e só conseguia chorar.

Chorando muito ele me pegou em seus braços e me levou para a cama, me deitou em seus braços e ficou ali comigo. Não sei quanto tempo eu passei chorando em seus braços, assim que ele notou que eu estava mais calmo, ele me olhou e acariciou minha bochecha.

—  Eu sei que tem alguma coisa te atormentando, mas eu não vou forçar você a dizer nada. Me fale somente quando você tiver preparado para dizer. — ele me beijou suavemente. — Tudo bem?

— Você não vai jantar? — eu tentei me levantar, mas ele não deixou.

— Hey, vem, fica aqui um pouquinho, eu quero cuidar de você. — eu olhei em seus olhos e ele estava preocupado.

— Obrigado. — Foi só o que eu consegui dizer e voltei para o seus braços. Eu estava passando por momento de insegurança, mas eu precisava saber se Jin fez alguma coisa.  — Tae, o Jin, ele não procurou mais você?

— Não vou mentir para você, Jin anda muito esquisito, anda me procurando com frequência, diz que quer falar comigo sobre um assunto sério. Mas eu não dou ouvidos. Ele só quer me envenenar contra você. — ele beijou meus lábios.

— Eu nunca consegui entender porque você preferiu ele ao invés de mim. — ele me olhou nos olhos.

— Você não sabe o quanto eu me arrependo por isso.     Eu gosto tanto de você Hee. Tanto que você não faz ideia. — eu lhe dei abraço, mas estava apreensivo.

— Eu gosto muito de você, Tae. Eu preciso tanto do seu amor, do seu carinho, do seu cuidado. — ele me fez olhar em seus olhos.

— Eu vou cuidar de você Hee, eu vou te amar e cuidar de você, como você merece. — Meu coração disparou e ele me beijou intensamente.

 Duplo Ambulante - O Acordo Onde histórias criam vida. Descubra agora