New Life - Depois do Casamento (Parte 2)

Capítulo 120

Cecília •

Estou há mais de uma hora andando de um lado para o outro. Como a Verônica teve coragem de drogar ele? Ela definitivamente ficou louca! Gustavo está sentado no sofá praticamente desmaiando e o doutor André pediu pra tentar mantê-lo acordado até pelo menos chegarmos em casa pois não seria fácil pra mim levar ele sozinho.

"Cecília..." André se aproxima com um papel na mão.

"Oi... e aí?"

"Ele realmente foi drogado."

"Eu sabia! Eu sabia que ele estava drogado. A Verônica não tem limites!"

"Você tem certeza que foi a Verônica?"

"O que você tá querendo dizer? Que o Gustavo é um viciado?"

"Não! Não! Desculpa."

"Ela drogou ele e disse eu não tenho dúvidas... qual foi a droga?"

"Metanfetamina"

"O quê? O que isso?"

"É uma droga que tem efeitos que se manifestam no sistema nervoso central e periférico. Olha, é muita sorte o Gustavo não ter ingerido nenhum tipo de álcool na festa da Fátima, essa droga é muito perigosa, Cecília! Sabe se lá o que podia ter acontecido... talvez até um derrame cerebral, insuficiência cardiorespiratória, convulsões entre muitas outras coisas!"

"Amor... eu quero ir embora!" Gustavo diz praticamente gritando.

"Calma! Nós já vamos."

"É extremamente importante que você cuide bem dele nas próximas horas. Me parece que ele vai ficar longas horas assim e até lá você tenta deixar ele o mais confortável possível e sem álcool na frente dele." André me entrega o envelope.

"É... eu preciso perguntar... você acha que tem possibilidades dele ter feito... coisas... com a Verônica."

"Coisas?" André ri ao se dar conta "Isso você precisa saber com a Verônica, Cecília. É muito comum que os efeitos dessa droga cause desejos sexuais. Na verdade eu não entendo como ele conseguiu chegar em casa."

"Claro... ela queria só abusar do meu marido! Ela é louca o quê? Ela queria matar ele, só pode"

"Cecília!" Gustavo me chama.

"JÁ VAMOS! CALA A BOCA... Obrigada doutor! De verdade."

"Imagina. Bom, agora eu preciso ir pois o meu plantão acabou, mas espero ter ajudado."

"Sim, ajudou muito. Obrigada mais uma vez."

"Imagina." André sorri e sai.

Suspiro e volto com Gustavo para casa. Não sei quem estou mais brava, com o Gustavo por ter ajudado Verônica por estar bêbada ou com Verônica por ter drogado meu marido. Ela é inacreditável. Provavelmente ela quis drogar ele para deixá-lo louco de tesão, mas nem isso ela conseguiu. Ela podia ter matado ele com essa obsessão doentia e eu juro que não vou deixar ela tocar mais um dedo no meu neném! Eu acredito nele! Juro que acredito! Ele pode até estar drogado, mas ele lembrou de mim no momento mais difícil. Ele pensou nas consequências que dariam e isso já basta pra mim não ficar brava com ele.

"Lindo, deita aí por favor." Gustavo percebe minha cara de angústia e me obedece.

"Ei... não fica assim, gatinha!"

Começo a chorar desesperadamente ao ouvir essas palavras. Gatinha não é o apelido carinhoso que eu tanto amo. Esse Gustavo parece mais um babaca maluco que só quer se aproveitar das garotas inocentes. "Eu não quero você! Eu quero o meu Gustavo!"