Capítulo 134

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Gustavo

"Aí! Tô tão cansada." Cecí diz assim que entramos abraçadinhos no quarto. Eu atrás e ela na frente.

"O dia foi bem puxado hoje... mas daqui uns dias você vai poder descansar." Beijo seu pescoço e fecho a porta com o pé.

"Sim... falando em descansar, você quer mesmo fazer uma viagem?" Ela sai dos meus braços e se joga no sofá.

"Claro." Me sento ao seu lado e ela começa a fazer carinho no meu cabelo. "Tudo só vai voltar ao normal em fevereiro e eu acho que merecemos fazer uma viagem à família."

"Vai ser tão legal, meu amor." Cecí me olha animada. "Imagina só ficar tantos dias fora?"

"Sim... mas quer mesmo ir pra Europa?" Coloco os pés de Cecí em cima da minha perna e começo a fazer massagem.

"Bom, se a Dulce quiser vai ser muito legal. Mas a gente pode ir pra qualquer lugar, desde que estejamos os três juntos vai ser maravilhoso." Ela diz com um sorrisinho que só ela tem.

"É... A gente precisa mesmo de um momento em família. Desde que nos casamos tem sido tudo tão difícil! E agora tem o avô da Dulce."

"Você pensa em contar pra ela sobre o avô?"

"Eu sei que ela tem todo direito de saber até porque é o pai da mãe dela! Mas não quero que ela fique triste por um avô babaca que nem sequer sonha em conhecer a neta."

"Ele não tentou ligar mais?"

"Não. Parece que eu tive esse azar só uma vez."

"Gustavo..."

Olho para ela e vejo que está me encarando. "Mas é verdade, princesa. Eu não me conformo que um avô não queira saber de nada sobre a neta, mas desse homem eu espero qualquer coisa."

"Ei, vai ficar tudo bem. Vamos passar por isso! Talvez ele ligue de novo e queira saber da Dulce."

"Eu não acredito que ele queira saber dela! Não crie expectativas, meu amor. O Adolfo é um homem amargurado, cheio de ódio no coração... a única coisa que eu quero é que ele não ligue nunca mais."

Cecí suspira e sobe no meu colo. Ela coloca uma perna de cada lado e eu coloco as mãos na sua cintura. "Tudo bem... não vamos falar de coisas ruins porque estamos em dezembro, semana que vem entramos todos de férias e só quero falar de coisas boas."

"E quais são as coisas boas?"

"Bom, eu aproveitei esse final de semana pra finalizar a história."

"É sério?" Sorrio. Estou feliz por isso. Ceci tem um grande talento para escrever e ela seria uma escritora maravilhosa. Confesso que ajudar ela com isso vai ser uma grande terapia. O fato de eu não ter conseguido realizar o meu sonho tem me trazido muitas expectativas boas agora que Ceci está começando. Não quero pressiona-la a nada, quero que ela sinta realmente vontade de fazer isso.

"Aham."

"Você foi muito rápida."

"É... eu confesso que a ideia me deixou um pouquinho animada. Aproveitei o domingo pra terminar os últimos capítulos e eu fiz uma revisão pra ter certeza que não tinha nada de errado."

"E você tem certeza que quer fazer isso, meu amor?" Coloco as mechas de seu cabelo atrás de sua orelha e ela sorri. Como sempre.

"Sim... escrever tem me feito muito bem e o seu incentivo tem cido maravilhoso. Obrigada por me apoiar nisso... acho que eu tô descobrindo uma Cecília escritora."

"Ae? Mesmo?" Acaricio seu rosto.

"Mesmo. Escrever poemas também é maravilhoso."

"Poemas? Que poemas?" Pergunto. Do que ela está falando? Não vi nenhum poema nos capítulos que li de sua história.

Ela fica vermelha e eu começo a me preocupar. "Eeee... eu falei poemas?"

"Sim, você disse poemas!" Digo. Ela sai do meu colo, se levanta, morde o lábio inferior e se vira de costas para mim. Eu me levanto e a puxo fazendo ela me olhar.

Ela sorri. "O que foi? São só besteiras."

"Aham, você disse exatamente a mesma coisa sobre a sua história."

"Bom, mas isso é realmente uma besteira. Faço alguns poemas bestas, mas é muito raro."

"Eu quero ler."

"Nem pensar! Tudo bem que você tenha lido a história de Lilly e Ravi..."

"Pera aí, você deu nome pra eles? Lilly e Ravi? Achei que seria nossos nomes."

"Nada disso! Não vou expor a gente a isso! Além do mais não quero que ninguém saiba das minhas inseguranças e medos. Isso pode ficar só entre eu e você. Não quero que as pessoas saibam que é a nossa história."

"Você tem toda razão... além do mais eu adorei os nomes. Bem americanos e criativos."

"Você achou que o nome deles ficaram muito americanos? Juro que saiu da minha cabeça."

"Tá perfeito... Lilly é um nome doce. Já Ravi tem cara de babaca de filme."

Cecí cai na gargalhada. "Nada disso. O Ravi da minha história tá mais pra um príncipe perfeito, na verdade quem não é muito doce é a Lilly."

"A Lilly é uma chata!" Ironizo e Cecí me dá um tapa no peito.

"Não fala assim! Eu vou ficar chateada com você."

"Não, não fica..." a abraço.

"Eu posso deixar o Ravi bem babaca."

Rio. "Não, não! Deixa o Ravi como está." Beijo a testa dela e ela me beija nos lábios.

New Life - Depois do Casamento (Parte 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora