𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟎𝟑

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●● Capítulo Três ●●
Noite de Liberdade

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Caroline já havia acordado a horas. Depois de terem passado toda a manhã juntos, os dois se juntaram na cama ao final das uma da tarde e decidiram apenas apreciar o calor que os seus corpos emitiam. E lá estavam eles.

As mãos grandes e fortes de Klaus Mikaelson seguravam com firmeza o pequeno corpo de Caroline contra o seu. A garota tinha a cabeça posta sobre o peitoral dele, onde seu cabelo da cor do sol se espalhava por toda a sua extensão. Ela mantinha seus olhos abertos, enquanto movia aleatoriamente seus dedos sobre o peito nu de Klaus. Já o mesmo mantia uma respiração leve, o que fez Caroline se questionar por um momento se ele estava dormindo ou não. Mas ainda sim, seus dedos postos na cintura dela por baixo do tecido se movimentavam em um carinho gostoso.

— Klaus... — Caroline sussurrou preguiçosamente, continuando a mover os seus dedos sobre ele. Klaus não respondeu, deixando apenas uma aperto na cintura dela para sinalizar que estava ouvindo. — Eu tenho que ir... — ela ergueu sua cabeça aos poucos.

Ele permaneceu com seus olhos fechados por mais alguns segundos. E então, em um movimento repentino, Klaus se virou na cama e se pôs por cima da garota. Suas mãos seguraram os pulsos dela de cada lado de sua cabeça, e seus olhares se encontraram. Caroline encarou aquele azul esverdeado de seus olhos, que parecia escurecer a cada instante que passava, e a mesma sentiu o seu coração palpitar em seu peito. O rosto de Klaus foi chegando mais perto, a milímetros da boca dela.

Eu sei... — por fim, ele saiu de cima dela.

Caroline encarou o teto sobre sua frente, com o seu peito subindo e descendo em um ritmo muito acelerado. A sua expressão passou de confusão para raiva rapidamente. Era sempre assim. Toda vez que ela não fazia algo que ele quisesse, ele dava as costas, fingindo não está aborrecido pelas coisas não serem controladas por ele. Então ele começava a falar que na verdade ela não gostaria é de ser pega com ele, acusada ela de ter vergonha disso. E então, Caroline o encararia frustada e retrucaria, então os dois brigariam, ela iria embora, e horas depois ele apareceria em sua porta, pedindo desculpas e dizendo que sentia muito por agir assim, justificando os seus atos sempre com o ‘tenho medo de você se arrepender de estar comigo’, ela então o perdoaria e eles acabariam nus na cama.

Mas a verdade é que Caroline estava farta disso. Ela não suportava mais essa ciclo em que ela mesma havia se metido. Não suportava mais esses surtos de Klaus, acusando ela de estar apenas aproveitando o que ele tinha a oferecer. Mas no fundo, ela apenas não queria assumir que uma parte dela sofria toda vez que Klaus dirigia palavras tão baixas à ela.

Ela se sentou na cama realmente chateada, observando que ele já havia vestido a calça e que agora recolhia a camisa jogada ao chão. Permaneceu calada ao se levantar, recolhendo suas próprias roupas. Caroline se vestiu rapidamente, tirando benefícios da sua velocidade de vampiro, então pegou a sua jaqueta ao chão, sentindo os olhos de Klaus se voltarem para ela agora. Calçou suas botas, e levou sua mão ao pescoço, sentindo que seu colar não estava mais ali. Mas ela não queria parar para procurá-lo, então prometeu para si mesma que voltaria para pegar ele depois. Agora, tudo que ela mais queria é estar a muitos quilômetros de distância de Klaus.

Ela rodou seus calcanhares, jogando seu cabelo para trás, então caminhou decidida até a saída. Parou em frente a porta do quarto, pronta para abri-la, mas então, a voz dele chegou em seus ouvidos em seguida.

— Caroline...

— Não. — ela o cortou sem hesitar, olhando por cima de seu ombro. — Não diga nada. Eu não quero saber. — sua mão agarrou a maçaneta e ela puxou a porta, a abrindo. — Não me procure, Klaus. — e saiu.

No momento em que fechou a porta atrás de si, ela correu para o mais longe que conseguiu daquela casa. Não estava prestando atenção no caminho que seguia, então acabou parando no meio da Ponte Wickery. Caroline queria gritar, expressar essa dor que crescia em seu peito, mas ao mesmo tempo ela não queria assumir que estava doendo, que seu coração estava se partindo. Porque assumir isso, era assumir que ela sentia algo pelo Klaus, e ela não sentia nada por ele.

Então ela se pôs a respirar profundamente, puxando de maneira lenta o ar para  dentro de seus pulmões. Deixou suas mãos sobre a proteção de pedra da ponte e olhou para a água corrente logo abaixo de si. Sem que percebesse, ela pressionou seus dedos contra a pedra e, em uma atitude imprudente, subiu em cima da proteção.

Caroline encarou o pôr do sol que se estabelecia naquele momento. Era tão lindo. Moveu seus pés para a beira da proteção da ponte, descendo seus olhos para a água quando o fez. Ela quis se jogar por um instante, esquecer tudo e todos, apreciando a horrível dor que é ter água entrando em seus pulmões. Mas ela não o fez. Na verdade, seus olhos começaram a brilhar de repente. Mas não em um brilho bom, não a habitual luz de seu olhar. Seus olhos estavam brilhando por conta das lágrimas que estavam a se acumular neles.

A vampira não impediu que suas lágrimas caíssem. Suas mãos se moveram até o meio de seu peito, onde ela as pressionou ali, em uma tentativa falha de diminuir a dor ali dentro. Sua cabeça se balançou rapidamente em negação. Não podia... Ela não podia sentir isso.

Passou as mãos pelos seus fios de cabelo e desceu daquela superfície. E então correu. Para longe da ponte... para longe de Klaus.... para longe daqueles sentimentos.

●●●

E lá estava ela, parada em frente ao espelho de perfil no quarto de sua melhor amiga, olhando para a roupa sexy que Elena havia escolhido para ela usar. O vestido preto ia até antes de seus joelhos, e o tecido brilhava por ser de couro falso. Havia alças em seus ombros, e o decote em seus peitos era bastante evidente.

— Você está muito linda! — Elena chegou por trás dela, com um grande sorriso em seu rosto. Caroline encarou a mesma pelo reflexo do espelho. A duplicata vestia um vestido preto, completamente colado em seu corpo, e se Caroline não soubesse que era Elena ali, ela diria que Katherine estava parada ao seu lado. — Estamos tão sexy!

— Onde você conseguiu esses vestidos, Elena? — a loira se virou para ela, que sorriu amarelo.

— Isso não importa, Caroline. O que importa é que estamos atrasadas para nossa grande noite! — sorriu animada. — Nossa noite de liberdade! Onde nada é proibido e o mundo está a nossa disposição!

Caroline respirou fundo, e apenas acenou com a cabeça. O sorriso de Elena se abriu mais ainda, ela entrelaçou o seu braço com o de Caroline, e as duas saíram do quarto da Gilbert. Essa noite prometia muito.

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Continua...

Essa noite promete mesmo.

Com carinho,
Cecelly.

𝐌𝐘 𝐒𝐖𝐄𝐄𝐓 𝐃𝐄𝐒𝐈𝐑𝐄 ❙ 𝔎𝚕𝚊𝚛𝚘𝚕𝚒𝚗𝚎Onde histórias criam vida. Descubra agora