The Mistake - Choni

Capítulo 11 - Vamos Empinar

opsss 😬
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- Cheryl Bombshell com uniforme do Blossom's. Estou realmente vendo isso ou é apenas algum flashback excêntrico bem real?

Tinha seis anos quando vi Heather Tate pela primeira vez. Sabe aquela época em que Joey Perez estava abandonando Amélia naquele quarto de hotel? Sua irmã mais nova, Sabrina, também estava sendo expulsa de casa. Porque ela também estava grávida.

Aparentemente, a velha senhora Tate seguia o estilo de criação de Mamãezinha Querida. De qualquer modo, cinco anos depois, Sabrina morreu em um beco de drogas, de uma overdose de metanfetamina. O Estado acabou assumindo a custódia de Heather até que conseguissem rastrear seu único parente vivo, Amélia Tate. Tabitha ficou conosco naquele final de semana quando sua mãe foi buscá-la na em Greendale. Amélia entrou no abrigo e viu uma menininha com olhos cansados, usando uma camiseta preta rasgada. A partir daquele momento, Heather era dela, mesmo sem ter saído de sua barriga. Durante os primeiros quatro meses em que Heather morou com Amélia e Tabitha, ela não falava. Nada. Ela nos seguia, fazia tudo que fazíamos. Quando brincávamos de escolinha, ela era a lousa; quando procurávamos pelo tesouro enterrado, era ela quem carregava o peso.

Mas não falava.

Até que um dia, Amélia estava comprando umas coisas na Avenida Principal e passaram por uma loja de penhores. Heather parou no caminho. Ficou observando a vitrine. Olhando para uma guitarra roxa brilhante. Amélia entrou e comprou para ela. Naquela época, já tocava muito bem, então achei que meu pai podia ensinar Heather também. Mas, veja, antes de meu pai conseguir lhe ensinar uma lição, ela já sabia tocar. Heather era uma garota prodígio, como Mozart. Uma verdadeira gênia musical.

Às vezes, ela é uma chata em relação a isso.

- Heather!

Jogo meus braços em seu pescoço. Ela me aperta bem forte na cintura e meus pés saem do chão. Minha voz abafa, por causa de seu ombro.

- Caramba, como é bom te ver!

Sei que você a acha uma idiota. Mas ela não é. Sério. Você só a viu através das lentes castanhas de Toni.

Heather se afasta, com as mãos em meus antebraços. Já faz uns oito meses desde a última vez que a vi. Ela ganhou formas e está bronzeada, saudável. Está bonita. Exceto pelo corte de cabelo. Não estou curtindo. Está meio repicado e desgrenhado, muito mau cortado na verdade. Não está nada estiloso.

- Digo o mesmo, Cheryl. Você está... - arqueia a sobrancelha. O sorriso se torna um questionamento. - Santo Deus. Você tá parecendo um caco velho.

Sim, essa é a Heather. Sutil como uma besta.

- Uau. Falando desse jeito, você deve estar pegando todas lá em Los Angeles, né? Aliás, você sabe que tem um rato pendurado no seu cabelo?

Ela ri e balança a cabeleira.

- É meu disfarce. Preciso de um agora, sabe.

De repente, uma garota, que parece ter uns dez anos, chega perto de nós um pouco hesitante.

- Senhora Tate, pode me dar um autógrafo?

Heather abre um sorrisão. E pega a caneta e o papel oferecidos.

- Claro - ela rabisca algo rapidamente, devolve o autógrafo e diz: - Não pare de sonhar, lindona, pois os sonhos realmente se tornam realidade.

Depois que a fã vai embora, Heather se vira de novo para mim, com os olhos cintilando.

- Isso não é demais?

Hoje em dia, ela está bem popular no ramo musical. Seu último álbum ficou em primeiro lugar durante seis semanas, e estão falando que é uma forte concorrente para ganhar o Grammy neste ano. Estou orgulhosa dela. Ela está onde sempre achei que fosse chegar.