MANU 🦋
Quando cheguei na casa das meninas elas já estavam lá fora me esperando, com uma cara nada boa, de certo que eu me atrasei um bocadinho.
Clara: Demorou ein piranha. - disse cruzando os braços.
Jéssica: Caraca, a mona sabe ser gata mesmo, não é só por foto não - disse pegando na minha mão e me rodando.
- Foi mal pelo atraso, fazia tempo que eu não me produzia assim, acho que me empolguei um pouquinho - soltei uma risada sem graça.
Jéssica: Fica tega manuzinha, tá em casa.
Clara: Papo dez, vamos se apressar, já estamos atrasadas, perdemos as melhores músicas pô.
Eu e a Jéssica assentimos e fomos pegando caminho, o baile não era tão longe dali, então fomos a pé mesmo.
[...]
Quando chegamos, o povo daqui não parava de me encarar parecia que eu era algum bicho, como eu não sou nenhuma rapariga, logo encarei de volta também, a Jéssica me cutucou e disse pra eu não fazer isso, se não eu ia arrumar problema, já a Clara falou pra mim encarar de volta mesmo, que se qualquer coisa alguém vir peitar, ela pulava na bala, já que ninguém tinha coragem de enfrentar ela, fiquei me sentindo, acho que nunca ninguém a não ser meu irmão faria isso por mim, tô começando a gostar desse lugar aqui.
Clara: Bora ali pegar um whisky pra gente - disse pegando na minha mão e atravessando a multidão .
- Tava bem é precisando me afogar nas traças hoje mesmo.
Jéssica: Manera na bebida viu, ainda mais que você não conhece o morro, não é bom você beber muito não, tu ainda não tá ligada na maldade.
- Dessa maldade eu ja conheço, Vim de Sp lá a rapinagem come solta.
Clara: Deixa de neurose Jéssica, deixa ela ser feliz, não viu já? Tudo oque a menina passou, a gente tá aqui pra fazer ela esquecer de tudo isso, se caso ela beber de mais a gente cuida dela pô relaxa.
A Jéssica assentiu e continuamos tentando chegar na barraquinha que estava vendendo as bebidas, o baile tava cheio, parecendo formigueiro dava nem pra andar.
Chegamos na barraquinha e era um cara super gatinho que estava vendendo as bebidas, ele ficou me encarando e como eu não sou boba nem nada encarei de volta, às meninas pediram as bebidas e eu fiquei observando ele fazer.
Xxx: Qual seu nome morena? - disse me entregando o copo de whisky, me olhando com aqueles olhos marcantes, que karalho, mecheu comigo de um jeito, ou era carência mesmo.
- Prazer, Manuela e o seu? - peguei o copo da mão dele, e dei um sorriso malicioso pra fazer um charminho.
Murilo: Murilo, Pelo sotaque não é daqui, Bahia ou SP?
- Um pouco de cada, mas nasci na Bahia, sinto que já estou perdendo cada vez mais o sotaque daquele lugar maravilhoso. - falei choramingando.
Murilo: Que nada pô, ainda da pra perceber só não tá tão nítido, passa seu numero pra mim?
Clara: Deixa de enrolação e vamos logo Manu, quero dançar - disse me puxando.
- A GENTE SE VÊ POR AÍ - gritei pra ele ouvir - Talvez eu esteja perdida, a poucos minutos atrás eu estava mal e enquanto me maquiava eu chorava lembrando das situações que passei, estou me sentindo tonta como se eu fosse uma marionete e alguém estivesse controlando a minha vida e não eu Manuela, mas eu estava deixando tudo aquilo pra trás e tentando viver o novo e esquecer o antigo talvez fosse me fazer bem.
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No complexo do Jacarezinho
FanfictionManoela desde sempre viveu na capital da Bahia, Ela mora com seu padrasto desde seus 11 anos de idade, sua mãe foi embora de casa desde então, dizem que ela fugiu com um homem muito rico pra seguir sua vida,se bem que essa história tá bem mal contad...