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K.O 🕷

Sai da boca com a cabeça cheia, achei algumas pistas do vagabundo mas não deu em nada, desconfio que ele tá envolvido com o pcc, mas duvido que aquele bunda mole se envolveria no crime. Não sei se acredito muito nisso, ele não teria culhão.

Peguei minha Xj7 e fui pra casa, cheguei lá sentindo o maior cheiro de comida boa, mas nem fui ver, fui logo tomar um banho, quando eu saí fui ver minha boneca como ela tava.

Cheguei na sala me sentando do lado dela e beijei sua testa.

- Mas eai... Oque aconteceu pô, o MEC me falou que rolou mó confusão tua e da Karol, que tu esculachou ela, e eu sei que vc não é disso, é mo na paz... Mas o MEC fica sabendo de tudo, ele vê tudo oque acontece nessa favela, aí fica difícil de desacreditar. - Ela deitou no meu colo e eu fiz um carinho no cabelo dela.

Manu: Então maninho, nem eu tô me reconhecendo, tô com a maior vergonha de sair agora, mas é verdade, do nada essa louca veio me tirar de otária,e me sentou um tapa na cara, ram pra que, eu sai de mim, dei a maior surra nela, que na minha cara, ninguém bate, já dizia minha mãe.

- To ligado, aí, se ela tivesse feito alguma coisa pra ti, relado em um fio teu que seja, eu não tava mais nem aí se ela é mulher, ainda bem que tu deu uma surra nela, pode até mexer comigo mas com a minha irmãzinha não. - falei alisando os cabelos dela.

Manu: Eu te amo demais garoto, mas pode deixar que eu sei me cuidar, é... nem sempre. - falou me enchendo de beijinhos.

Manu: Tu não vai pro baile não? - ela me olhou confusa.

- Vou nada pô, sem clima. - disse suspirando.

Manu: Tendi, queria fazer alguma coisa hoje, mas nem vira, povo zé porva, tão tudo comentando da briga uma hora dessa.

- Deixa de ser jacu garota, vai deixar de sair agora por conta dos outros? - cruzei os braços e a encarei bravo.

Manu: Sim, tô constrangida. - falou manhosa.

- Manuela, não faz eu perder minha sanidade não, vai se arrumar pra sair logo, tu não vai ficar em casa que nem bicho aqui não. - levantei ela a força, colocando em minhas costas, ela começou a me bater e caraca, a bichinha tava forte, areguei e coloquei ela na chão de volta, resmungando de dor.

A porta se abriu com tudo do nada, quem era? Ele mesmo LP.

LP: Vai vacilão, tu não vai ficar em casa de novo não, seu comédia me deixou igual bobo ontem no baile pô. - disse dando tapa na cabeça do Kauan.

- Iiih, tô paz pô, quero baile nenhum não tô cheio de problema aqui e tu que me arrastar pra baile? - falei alterando a voz.

LP: Qual foi K.O? Tá perdendo o respeito porra, eu te rasgo na bala ein maluco, tu acha que eu vivo de que caralho? Cheião de problema todo dia, nem por isso tô aí igual você parecendo um bobão se trancando, vai logo caralho tô mandando.

Manu: Vai K.O, vai ser bom pra você.

- Se você for eu vou, que aí tu sai de casa.

Manu: Ah então você vai ficar sem ir, sinto muito. - falou se sentando pegando uma almofada.

Ficamos discutindo por muito tempo ali o LP chamou as meninas pra convencer a Manu, por fim a Manu cedeu e fomos todo mundo se arrumar.

Pra ficar cheirosão mermo, fui tomar outro banho, coloquei uma calça larga, calçei meu tênis preto da nike e peguei a minha blusa do mengão jogando ela no ombro peguei o fuzil na bandoleira e vesti, passei meu malbec Gold e sai exalando perfume.

No complexo do Jacarezinho Onde histórias criam vida. Descubra agora