Sonho Vs Realidade

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WANDA ACORDOU NA manhã seguinte encharcada de suor. Tinha acabado de ter um sonho erótico com Natasha.

Ao abrir os olhos, com o coração ainda acelerado, soube que precisava retomar o controle. Precisava aproveitar a despedida de solteira como qualquer noiva faria. Precisava focar nas amigas e na família que celebravam seu casamento e não só na madrinha de mentira. Sua madrinha sexy pra caramba, mas de mentira.
Era fácil, não era?

Enfiou os dedos na calça e fechou os olhos ao encontrar umidade ali.
Ela se concentrou no sonho que teve.
Natasha estava vestindo um biquíni vermelho que deixava pouco para a imaginação. Seu corpo esguio estava reclinado em uma das cadeiras enquanto tomava sol. Wanda se aproximou, subiu em cima dela e deslizou um dedo para dentro da parte debaixo do biquíni, quase como estava fazendo consigo mesma no momento. Natasha também estava molhada.
Ninguém havia dito nada.

Natasha simplesmente abriu um pouco mais as pernas, dando espaço para Wanda penetrá-la.

Pare com isso!

Abriu os olhos, tirou os dedos dali e os limpou na coxa. Soltou um suspiro estrangulado e então pulou da cama, andou até as janelas e abriu as cortinas. O dia em Cannes estava radiante. Mas enquanto estava ali de pé, não conseguia afastar a imagem de Natasha no biquíni vermelho. Tudo parecia muito real: sua pele e a sensação de tocá-la. Ela tinha o cheiro da luz do sol.

Fechou os olhos conforme o batimento cardíaco desacelerava. Seu clitóris se contraiu, mas ela ignorou.
Precisava voltar a ser uma noiva normal.
Seja lá o que isso significasse.

Hoje fariam um passeio de iate. Uma tarde no barco com música, diversão e bebidas inclusas. Deveria se controlar no bar, isso já sabia. Ainda bem que a sua cabeça estava no lugar e que ela não passou dos limites na noite anterior. Só o suficiente para falar uma estupidez para Natasha.

Balançou a cabeça enquanto se lembrava de que contou que já havia transado com uma mulher. Que disse para ela que talvez devesse estar com uma mulher. Puta merda.

Precisava se comportar hoje. Focar no que estava ali e no que precisava fazer. Olhou para a área da piscina abaixo da varanda. Não conseguia ouvir mais ninguém.
Checou o relógio. Ainda eram sete e quinze da manhã. Será que nadar logo de manhã ajudaria a aliviar a tensão sexual e o excesso de energia que estava sentindo? Era melhor do que ficar surtando no quarto.

Foi até a mala e pegou o biquíni preto. Aquele que não chamava nenhuma atenção. Deixou o mais sexy para o iate, onde teria mais público.

Foi até a cozinha, com o piso branco polido cheio de fios de cabelo comprido. Era isso que acontecia quando tinha mulheres demais em uma casa. Foi até a geladeira e pegou uma garrafa de água, bebendo um pouco como fazia toda manhã. Ela amava esse horário, quando o dia ainda estava começando. Ainda haveria dramas por causa de cabelo, maquiagem, roupa e itinerário. Mas opor enquanto, o dia continuava calmo.
Deixou a garrafa de água de lado, passou pelo solário e abriu as portas de vidro enormes do terraço. A vista era magnífica. Os terraços e piscinas desciam pelo até o mar. A luz fraca do sol brilhava na superfície da água.

— Bom dia, Cannes. – Não conseguiu evitar abrir um sorriso, esticando os braços e despertando os músculos. Durante um momento perfeito, se esqueceu de todas as suas dúvidas. Só havia ela, a luz do sol e a vista.

Inclinou a cabeça para trás e sacudiu o cabelo. Foi até a beira da piscina, sentindo o concreto quente debaixo dos pés. Era a coisa que mais amava em estar fora do Reino Unido. O calor a fazia feliz. A superfície da piscina ondulou quando colocou o pé para testar a temperatura e se afastou. Estava mais frio do que ela pensava. Ainda assim, devia mergulhar e encarar o desafio.
Um pouco como deveria fazer no final de semana. Decidir ser a noiva que queria. Segura de si.

Antes que Você diga SimOnde histórias criam vida. Descubra agora