• Capítulo 5

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Boa noite pessoas, como estão?
Aqui vai mais um capítulo, que fiz propositalmente a questão do tempo passar, para enfim logo a história firmar e os sentimentos começarem a fazer parte delas.
Capítulo sem correção, espero que gostem.



Dayane de Lima

Os dias foram se passando, e por incrível que pareça, eu e a Nerd estávamos nos dando bem. Vivemos marcando de estudar ou treinar e acabamos SEMPRE falando mal de alguém ou fofocando. Mas sim, rolaram alguns treinos.

-É sério que esse é o seu melhor, Biazin? -Estava com as mãos na cintura, julgando uma ruiva deitada.

-O quê? Você quer mais que isso? -Me olhou, um tanto ofegante.

-Sim? Caroline, você não correu nem 5 minutos e quase infartou, acha que os jogos serão de quanto tempo? -Lhe olhei séria e ela deu de ombros.

-Jogos não passam de 30 minutinhos, é moleza! -Puxou uma das garrafinhas de água e eu respirei fundo, sabendo que seria uma enorme dor de cabeça.

-Se 30 minutinhos é moleza, por que não levanta e não corre até fechar esse mesmo tempo? -Ela começou a rir.

-E se é moleza passar em provas, por que você não tira um 10 em física logo? -Me olhou, cruzando os braços.

-Nunca te falaram que é feio responder uma pergunta com outra? -Ergui a sobrancelha.

-Você acabou de fazer isso -Apontou dedo na minha cara.

-Não, não fiz -Apontei de volta.

-Fez!

-Não fiz!

-Fez!

-Não fiz!

-Fez!

-Caraca, Caroline, sabia que Elana odeia pessoas teimosas? -Me aproximei.

-Eu não sou teimosa, meu signo que é! -As vezes me pergunto como ela pode ser Nerd, sério. A garota entende logaritmos, mas não sabe amarrar o cadarço ou pendurar roupas no varal, será que Biazin é realmente uma obra de Deus ou do diabo?

-Levanta, vem, vamos partir novamente para o chute. -A chamei com toda paciência que não tenho, mas estou tirando de um lugar bem escuro -se é que me entendem- e dando meu melhor.

-Mas eu errei todos! -Rebateu.

-É, mas não é por errar que devemos parar -Lhe olhei -Se não ganhar por técnica, ganhe por garra! -Motivei a garota, que levantou resmungando. -Você é pior que uma velha, resmungue menos, faça mais -Murmurei e a mesma me olhou.

-Fazer mais o quê? Mais erros?

-Acho que não está entendendo a gravidade -Neguei, jogando a bola até seus pés -Temos jogo depois de amanhã e você não sabe fazer NADA -Me alterei, tentando não surtar por completo. Eu como capitã ou treinadora sou exatamente a pior pessoa do mundo. -Então, dessa vez, acerte ao menos uma vez o gol ou só não chute o vento, porque se você errar, eu juro que me mato. -Dei um sorrisinho fraco -Agora deu de papo, vamos, passe a bola para mim. -Me afastei o suficiente para um passe. Ela se posicionou, encarou a bola com tanta, mas tanta vontade, que pensei que a garota fosse dar sua vida, mas não, ela apenas chutou o vento de novo.

-Ó, foi quase -Concordei, claro que foi, Caroline, quase.

-De novo, por favor. -Incentivei e lá se foi, ela se posicionando e novamente chutando o ar. -O ar está te atrapalhando? Que pegação de pé é essa? Quer que eu tire ele da sua frente? -A mesma revirou os olhos.

-Não enche, Dayane. -Bufou.

-Acerte então, Caroline -Bufei de volta, e lá se foi mais 20 minutos tentando fazendo ela acertar. Quando a mesma não chutava o ar ou o chão, o que ela fazia? Acertava minha cara.

Conto de fadas -DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora