Conto de fadas -Dayrol

• Capítulo 10

E aí, como cês estão?
Voltei, e bom, agora terão muitas ceninhas bonitinhas e também muita raiva por vir, então, aproveitem os mimos!
Capítulo sem correção, boa leitura.

Dayane de Lima.

-Por que está me evitando, Day?

Essa foi a frase que me deixou quase 2 horas em silêncio com meus próprios pensamentos, essa foi a frase que literalmente me fez virar as costas e sumir pelas ruas de Nova York. É sério que aquela ruiva cabeçuda foi capaz de me questionar isso? É sério que sem ao menos tomar um banho ou tirar o cheiro do álcool, o cheiro de Elana, ela veio me procurar? É sério? E bom, depois disso, só me restou ignorar Biazin o resto dos dias, preferi ser seca. Não sei o motivo, mas ficar longe dela me deixava mais em paz. Longe dela, longe dessas coisas loucas que o time está fazendo a mesma cair feito um patinho e ela tem caído. Mas não posso me meter, a vida é dela, é uma garota inteligente, grande e pronta para lidar com as consequências de suas próprias decisões, por mais que eu veja que suas escolhas de pessoas não sejam as melhores.

Agora estávamos terminando mais um treino, estava exausta, noite passada fiquei jogando no celular e em call com Thaylise, até acabei esquecendo um pouco dessas merdas que andaram acontecendo. Elana tem enchido meu saco com aquele seu ar de deboche e convencido, uma garota na qual não tenho reconhecido, Carol tem estado próxima dela ainda mais e os meninos, até Dreicon, a acolhido. Não que seja o melhor caminho, eu bebo, fumo, mas sei onde estou me metendo, já Carol, por pouca experiência, tem dado tiro nos pés. Mesmo que não mereça e nem saiba, tenho salvo a barra. Depois daquela festa, tudo desandou e nem parar em pé ela conseguia.

-Time, vamos, quero todos aqui para aquecerem! -Marquinhos batia palmas, um por um levantando. Me aproximei, os olhos focados na Ruiva que mal conseguia abrir os olhos. -Biazin! -Ele a chamou, e mesmo com todo esforço do mundo, ela não conseguiu ir.

-Marquinhos -Seu foco era total em mim, terminava de alongar os braços. -Biazin acordou meio mal hoje.

-Já falei os termos sobre não beber, Day. -Me olhou um tanto sério -Se ela começar a ser um problema, é descarte na hora. -Suspirei, concordando.

-Não é bebida, Marcos, ela realmente não anda bem, tem alguns problemas e hoje pelo jeito até a rinite deu para atacar. -Toquei seu ombro -Dê um descanso para ela. -O homem me olhou, olhou para a garota que morria com a cabeça tombada para trás e me olhou novamente.

-Dessa vez, só dessa vez. -Finalmente pude soltar a respiração. -BIAZIN, ESTÁ LIBERADA POR HOJE, DESCANSE E NO PRÓXIMO VOLTE COM TUDO! -Gritou, atraindo os olhares. -E você, Dayane -Bateu em meu peito. -Me deve uma -Se afastou.

-Ei, eu também quero uma folguinha! -Victor fez beicinho, seguindo o mesmo. -Quanto te pagou no pix? Pago o dobro! -Ri do mesmo, enquanto sentia um corpo próximo.

-Carol não precisa da sua ajuda. -Elana estava séria, me encarando.

-Você não se prestou nem para segurar a barra dela, nem para ajudar -Neguei -Pelo menos ajude a mesma ir até o quarto, faça seu papel direito. -Ela fechou a cara na hora e apenas segui meu caminho.

E todo treino tem sido assim, tenho inventado muitos problemas e Marquinhos deve achar que em breve Caroline morrerá, porque ela tem trombose, asma, rinite, sinusite, problema de coração, tosse crônica, tuberculose, AIDS... tá, talvez em AIDS eu tenha exagerado um pouquinho, mas o que importa é que nosso lindo brasileirinho acreditou.

-Day, licença. -Escutei a voz grossa da ruiva atrás de mim, logo mais sua mão em meu ombro. Encarei por uns segundos, subindo o olhar até o seu. Soltei um "hum" para que continuasse. -Podemos conversar? -Neguei.