"O coração não bate, apanha!"- A gripe do amor, Rita Lee.
Northamptonshire, Reino Unido.
Duas semanas haviam se passado desde que reencontrou seu agressor. Desde aquele dia George não desgrudava dela, parecia um chiclete grudado no sapato. Caso fossem trabalhar ele fazia questão de a levar, e faziam pelo menos uma refeição juntos. Ainda trocavam poucas farpas, mas Beaumont já estava se acostumado demais com a presença do inglês. Willow não estava mal, tinha se recuperando dois dias depois e voltou a fazer terapia.
A diretora de marketing da Mercedes os liberou da reunião que tinha durado quase uma hora. Beaumont juntou todas as suas coisas, se despedindo dos colegas. Sua função agora era se encarregar de responder os comentários das redes da equipe, quando não estavam viajando, sempre tentava ajudar em tudo.
Soltou um suspiro ranzinza ao ver George encostado na parede, tinha que reconhecer o quão bonito ele ficava com a jaqueta da Mercedes.- Tá cheio de tempo, em George? - Sorriu ladino ao vê-lo caminhando até ela, a fazendo revirar os olhos. - Já treinou hoje? Deu uma alimentada na sua rede social?
Russell a abraçou de lado pegando todos a sua volta de surpresa, aquele tipo de contato era inesperado. Willow sorriu amarelo tentando sair dos braços longos dele, mas foi em vão. Mordeu o interior da bochecha sentindo uma ansiedade pelo seu corpo, estar abraçada a ele trazia uma sensação de segurança, como ninguém poderia a machuca-lá.
- Já treinei, pela manhã. - Andavam calmamente pelos corredores frios da empresa.- Não alimentei as redes sociais, mas você vai comer alguma coisa.
George sentia necessidade de protege-la ficando sempre ao lado dela, como se a qualquer momento Beaumont fosse precisar.
- Georgie. Você não precisa ficar me perseguindo pelos lugares a todo instante. - Assim que entraram na sala chamaram a antenção de todos. Beaumont se separou do inglês indo até sua mesa. - O traste não vai estar aqui. Relaxa, ok?
O piloto fez um biquinho chateado ao se sentar ao lado da mulher.
- Vou ficar quietinho então, até a hora de irmos embora.
Willow não o respondeu, logo entrou na página do Twitter para responder os fãs. Adorava ler os comentários, principalmente os brasileiros eram os mais engraçados. Durante a meia-hora em que trabalhou sem sair da cadeira, sentia os olhares de George nela.
Seus olhos azuis pareciam ter fogo, faziam a pele da franco-brasileira queimar. Era uma sensação estranha, diferente como se queimasse em fogo lento. Quando ele se levantou para ir ao banheiro sentiu um alívio, sua pele já não ardia mais.- Quando você vai explicar o que está acontecendo? Há pouco tempo saíam no tapa.
Lewis disse se sentando ao lado dela, Bono estava a sua frente. Ambos a olhando com curiosidade, suas bochechas queimaram a fazendo sorrir envergonhada. Eles eram uns amores com ela, a tratavam como se fosse de porcelana. Mas nunca iriam saber sobre o maldito ocorrido.
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London Boy • George Russell
RomanceWillow Beaumont era complicada, em todas as áreas da sua vida, principalmente a amorosa. Não se apegava a ninguém por muito tempo, sabia que isso iria a machucar de alguma forma. Seu relacionamento mais duradouro tinha sido com a Mclaren, até recebe...