"Da próxima vez eu me mando.
Que se dane meu jeito inseguro.
Nosso amor vale tanto. Por você vou roubar os anéis de Saturno" - Desculpe o Auê, Rita Lee.São Paulo| Brasil.
George William Russell 🍀
Willow estava radiante como um dia ensolarado, seus cabelos escuros caíam sobre os ombros desnudos pelo vestido florido de alças finas que usava, o seu sorriso poderia iluminar o mundo inteiro. Balançava a cabeça ao som da música que os familiares cantavam para ela, uma mistura entre português e francês. Antoine estava em seu colo, o sorrisinho animado do pequeno francês era a coisa mais linda de se ver.
Assim que as palmas cessaram, com ajuda do irmão apagou as velas sobre o bolo em formato de coração. Uma gargalhada espontânea soou dos seus lábios ao fita-lo de longe, Antoine correu em direção aos braços do piloto britânico que se abaixou o pegando nos braços, o francês se aconchegou ali.
- Quem vai ter a honra de receber o primeiro pedaço, Maria? - Sua avó indagou.
Com as bochechas coradas a franco-brasileira não respondeu, apenas cortou uma generosa fatia do bolo que se revelou ser de chocolate. O coração dele parou de bater no instante que ela caminhou em direção a ele, sabia que aquele gesto era importante.
- Desculpem os demais. - Disse divertida arrancando risadas dos familiares. - O primeiro pedaço é para os dois homens da minha vida! Bom.. são três, mas como o papai não está.
Russell mordiscou o interior da bochecha, era ridículo o quão importante ele estava se sentindo naquele instante, como se aquele pedaço de bolo fosse um pedido de casamento! Os familiares dela gritaram animados e bateram palmas mais uma vez.
Beaumont segurou o rosto dele entre as mãos e colou seus lábios em um beijo rápido. Beijou-as bochechas de Antoine, que não estava se importando muito com o que acontecia ao seu redor, seus dedinhos deslizaram pelo chantilly.
- Tonton! Não pode fazer isso. - Beaumont o repreendeu, um biquinho se formou nos lábios finos dele. - Peça desculpa ao George.
- Pardon, tio Geoge - Murmurou com a voz triste.
- Não precisa pedir desculpas, Tonton. - Russell disse ao acariciar os cabelos louros do menino. - Na verdade, eu não posso comer mesmo.
- George! Não é assim que se educa uma criança. - As írises castanhas da assessora tinham um certo brilho de advertência. - Imagina quando você for pai? Tenho pena!
Com o braço livre a enlaçou pela cintura colando seus corpos, beijando-a mais uma vez. Ouviram o resmungo baixo vindo do loiro e riram juntos, o sorriso tão espontâneo que Willow abria quando estavam juntos, era o motivo dele se apaixonar mais a cada dia.
- Tenho certeza que você será uma ótima mãe para os meus filhos. - Respondeu sorridente ao beijar a bochecha lindamente corada da franco-brasileira.
- Meu Deus! Sou jovem demais para ser bisavô, Willow Maria! - Dona Maju alertou a casa toda do assunto entre eles.- Usem proteção, em!
Os burburinhos e brincadeiras começaram no minuto seguinte os deixando violentamente corados. Willow os repreendeu em português, pela sua expressão não estava com os melhores humores, George se sentou no sofá com Antoine e uma tia-avó dela ao seu lado. Em um inglês muitíssimo ruim, Maria Gabriela perguntou sobre a vida, e as intenções dele com a sua sobrinha.
Russell estava se sentindo em casa, a família materna de Willow o acolheram com tanto amor e carinho, todos tentavam se comunicar com ele, nem que fosse por mímica e isso o deixou feliz. Maju tinha contado a ele pela manhã, que sua neta nunca tinha levado nenhum namorado para conhecer a família, no máximo os apresentavam no padoque mesmo.
Ele foi o primeiro a conhecer a família inteira, contando com os três vira-latas que viviam naquela casa. Quando a festa acabou, Willow estava cansada tanto por ficar andando de um lado para o outro, quanto por andar o dia todo pelo padoque, a ajudou no máximo que conseguia cuidar de Antoine. Adorava o pequeno francês, tão fofo e divertido quanto sua irmã.
- Tô cansada demais. - Murmurou contra o rosto do inglês. Seu hálito quente o deixou corado. - Vamos dormir, campeão? Você precisa estar descansado para vencer aquelas Red Bulls.
George gargalhou alto, os olhos castanhos da amada o analisavam com amor e orgulho, da mesma maneira que o olhou quando ele conseguiu a pole, naquela tarde.
- Vou fazer o possível para cumprir o seu desejo, meu amor! -. Disse colando seus lábios nos dela. - Temos quantas horas antes do Tonton ir pra nossa cama?
- Três. - Respondeu irritada. - Ainda bem que os pais dele chegam amanhã. - Entrelaçou suas mãos nas dele. - Quero dormir uma noite em paz.
- Eu sei que você gosta de estar com ele, não precisa mentir. - Disse a pegando no colo assim que entraram no quarto. - Gosto dele dormindo conosco.
- Gosta de brincar de casinha, Georgie? -
Willow Maria Beaumont 🪐
Beaumont estava pronta para tomar uma decisão importante em sua vida, como nunca havia tomado. Ou toda coragem suficiente para tamanha maluquice.
- Não, boba. - O inglês deu de ombros, com um sorriso bonito nos lábios. - Gosto da rotina que criamos juntos...É bobagem.
Negou rapidamente o segurando pelos ombros ao se sentar nas suas pernas. Acariciou seus cabelos castanhos despenteados, beijou-lhe as bochechas gentilmente.
- Quer namorar comigo, George Russell? - Sua voz soou trêmula, sentiu lágrimas em seus olhos.
Ficaram em silêncio por cerca de cinco minutos, mas para ela foram uma década e meia. As írises azuladas arregaladas pelo susto, seu rosto sem expressão alguma com o choque das palavras ditas. Nem ela conseguia acreditar no que acabara de dizer, estava enlouquecendo provavelmente. Tomou essa decisão na terça-feira quando chegaram de viagem, diretamente para a casa da sua avó.
George estava tão à vontade com a sua família, brincando com as outras crianças, tentando aprender algumas palavras em português, se interessando verdadeiramente pela família materna dela. Quando soprou as velas do seu bolo de aniversário, seu pedido foi que o inglês nunca saísse da sua vida. Amava George como nunca amou nenhum homem, falaria isso a qualquer um sem o menor problema.
George Russell, tinha conquistado o seu coração e a sua vida. Nunca havia acreditado em destino, mas daria o braço a torcer nessa situação, o piloto era o seu destino, os astros tinham o colocado em sua vida com um propósito.
- Você está falando sério? - Perguntou ainda em choque.
Um pânico atingiu a franco-brasileira, limpou algumas lágrimas que insistiram em cair sem permissão alguma.
- Claro que eu tô!- Sua voz saiu embargada. - Se não quiser...
- É claro que eu quero! Tá maluca! Meu Deus! - Disse eufórico ao segurar o rosto dela entre as mãos, beijar as bochechas e os lábios em seguida. - Eu te amo, Willow Maria!
- Eu te amo, LazyTown. - Um sorriso genuíno surgiu em seus lábios ao cair nos braços dele mais uma vez.
VOCÊ ESTÁ LENDO
London Boy • George Russell
RomanceWillow Beaumont era complicada, em todas as áreas da sua vida, principalmente a amorosa. Não se apegava a ninguém por muito tempo, sabia que isso iria a machucar de alguma forma. Seu relacionamento mais duradouro tinha sido com a Mclaren, até recebe...