41. Isso acaba aqui.

23 1 0
                                    

Eu e Matteo já tínhamos ido a polícia prestar queixa contra a Florence. Foi uma luta para conseguir fazer o delegado ir com a gente, mas Matteo fez um certo suborno com ele, algo que eu era totalmente contra mas não tive cabeça para pensar naquilo, só queria encontrar meu pai e saber se ele estava bem. Nós fomos para o aeroporto onde Victória que estava seguindo o carro de Florence disse que eles estavam indo. Eu estava nervosa e ao mesmo tempo com medo por não saber se eles estavam desconfiando de algo e também por medo da Florence fazer algo com o meu pai.

Nós fomos devagar atrás da Victória e quando ela estacionou nós estacionamos também. Ficamos um tempo olhando para ver quem saía do carro até que William e Florence saíram pela porta da frente enquanto Kimberly e... o meu pai que estava de chapéu, óculos e uma roupa totalmente diferente do que ele costumava usar. Realmente ele estava irreconhecível para quem não convivia com ele, até porque Jacob estava um pouco mais magro.

ㅡ Nós vamos cerca-los antes de entrarem no aeroporto. Fiquem longe.
ㅡ Os policiais saíram do carro e apontaram as armas para eles, Florence, Kimberly e William pareciam surpresos com as mãos para cima enquanto meu pai esboçou um sorriso. Não aguentei e saí do carro para abraçá-lo. Um sorriso fraco como se estivesse sem forças...

Corri e quando cheguei perto dele o abracei com todas as forças que tinha, senti tanta falta disso...

ㅡ Vocês estão presos por sequestro e falsidade ideológica. ㅡ O delegado se aproximou mais dos três. Florence me olhou com tanta frieza e ódio mas nada que surpreendesse.

ㅡ Você sempre acabando com a minha vida, conseguiu o que queria, não é? Conseguiu seu papai de volta.

ㅡ Âmbar, eu não tive culpa, Florence me obrigou a fazer isso. ㅡ William se aproximou de mim mas logo recuou por conta dos policiais que estavam ao nosso redor e apontaram as armas para ele.

ㅡ Âmbar, você não devia ter saído do carro, é perigoso. ㅡ Matteo segurou em minha mão apertando-a um pouco.

ㅡ Âmbar, minha irmã, você sabe o quanto eu te amo e sabe que eu nunca faria algo assim, tudo que fiz foi sob ameaça da mamãe. ㅡ Kimberly começou a chorar, mas aquilo não me convencia em nada.

ㅡ Você acabou com a minha vida desde a hora em que nasceu, você é a pior coisa que me aconteceu, Âmbar.
ㅡ Florence se aproximou de mim, mas não tanto. ㅡ Foi por sua causa que eu perdi a carreira dos meus sonhos, foi por sua causa que perdi tantas coisas que eu queria. Você não sabe o quanto eu te odeio e ver você sofrendo pelo seu pai foi ótimo de se ver, era como se você estivesse pagando por tudo o que me fez. ㅡ Riu sarcasticamente.

ㅡ Cala a boca, Florence. ㅡ Victória se colocou entre nós duas. ㅡ A Âmbar não merece nada disso, você não pode culpá-la por tantas coisas ㅡ Eu estava agoniada porque os policiais não faziam nada, apenas ficavam olhando com as armas apontadas para eles, como se aquilo fosse resolver alguma coisa.

ㅡ Façam alguma coisa, por favor. ㅡ Implorei, senti que meu pai estava fraco, talvez ela tenha o maltratado fazendo passar fome  e isso fez com que o mesmo ficasse fraco.

ㅡ Bastarda, você é uma bastarda e não pode falar assim comigo. Você me encheu a paciência, Victória, desde que entrou na minha família como a filha bastarda do Jacob, te odeio tanto quanto odeio a Âmbar ㅡ Florence puxou o braço de Victória a afastando de perto de mim, olhou rapidamente para todos que estavam ali e parou aquele olhar frio em mim. ㅡ Isso acaba aqui. ㅡ Num ato rápido, Florence sacou uma arma de trás de si e atirou sem pensar duas vezes. Ela atirou em mim para matar mas não senti nada, só fui perceber o que tinha acontecido quando vi o Matteo caído no chão... sangrando.

CONTINUA...

A Executiva de Nova Iorque Onde histórias criam vida. Descubra agora