A Executiva de Nova Iorque

32. A vida continua.

ㅡ O quê? Não tem nem 48 horas que meu pai faleceu e você quer ler testamento? onde está aquela Florence que estava inconsolável no hospital e no cemitério? Sumiu? desapareceu do nada? ㅡ Caminhei para mais perto dela até ficar em sua frente.

ㅡ A vida continua, meu amor. ㅡ Ela sorriu. Não posso passar o resto dos meus dias me lamentando pela morte de seu pai. ㅡ Um sorriso cínico se formou nos lábios dela, como ela podia estar assim visto que ele era o amor da vida dela?

ㅡ A mamãe tem razão, Âmbar. Ela não pode parar a vida dela por causa do que aconteceu. ㅡ Kimberly se levantou e parou do lado de Florence.

ㅡ Kimberly? ㅡ Franzi o cenho. ㅡ Você não tem um pingo de amor nesse coração? estamos falando do nosso pai. Você acha mesmo que temos tanta pressa em ler um testamento do que respeitar o tempo de luto das pessoas? Ah, claro. Você não convivia com ele, veio para casa esse ano, para você estava tudo bem até ele parar de mandar dinheiro. Acha que eu não sei das coisas? ㅡ É claro que aquilo vindo de Kimberly não me surpreendia nadinha.

ㅡ Que eu saiba a pessoa sem sentimentos aqui é você. A pessoa que trata a própria mãe com desdém aqui é você e não eu. ㅡ No momento em que Kimberly falou aquilo o meu sangue ferveu, ela não sabia de metade da história e como pôde falar aquilo?

- Você não sabe de nada, acho melhor ficar quieta. Fui abandonada pela Florence durante a minha infância toda, ficava que nem um cachorrinho atrás dela, eu sempre só tive o meu pai, nossos avós e a Victória. E você? você estava sabe sei lá onde, então fica na sua porque não tem direito algum de fala.

ㅡ CHEGA. ㅡ Vamos ler o testamento, os advogados do seu pai não tem culpa de nada e não merecem escutar nossas intrigas. Ela segurou na mão de Kimberly a puxando para o sofá. ㅡ Não se surpreenda se ele não te deixar nada. ㅡ Florence sorriu vitoriosa.

ㅡ Er... Então, senhoras. ㅡ Benjamin, um dos advogados do meu pai, coçou a garganta. ㅡ Vamos pular as formalidades do testamento e ir direto ao assunto. ㅡ Eu declaro, por meio deste documento... ㅡ Ele foi interrompido por Victória que entrou as pressas em casa.

ㅡ Desculpa, mas fui informada que teria que estar presente aqui. ㅡ Ela se sentou ao meu lado.

ㅡ Como assim? ㅡ Florence e Kimberly perguntaram juntas.

- Foi um dos pedidos do falecido Jacob. - Elas duas se entre olharam. ㅡ Mas voltando... ㅡ Eu declaro, por meio deste documento que todos os meus bens e toda a minha fortuna será dividida entre Florence. ㅡ ela sorriu. ㅡ E minhas filhas, Âmbar, Kimberly e Victória.
ㅡ Florence arregalou os olhos junto com Kimberly, eu olhei para Victória que mantinha uma postura calma, parece até que já sabia e que estava preparada para aquilo. Ela apertou forte minha mão e sorriu como se estivesse querendo dizer que me explicaria depois. Não tinha mais nem como me expressar diante de tudo aquilo. ㅡ A empresa Smith Clothing, a mansão Smith, a casa de meus pais, a filial da Smith Clothing no Brasil e cinquenta por cento da minha fortuna ficam para minha filha, Âmbar Smith. ㅡ O sorriso que Florence e Kimberly tinham no rosto foram sumindo aos poucos, o que na primeira vez no dia me fez sorrir.
ㅡ quinze porcento da minha fortuna vai para Victória, minha filha que tive antes de casar com Florence. vinte e cinco para Kimberly e dez por cento para minha esposa, Florence. ㅡ E assim o advogado fechou o documento e me entregou.

ㅡ Obrigada, doutor. ㅡ Sorri e peguei o documento.

ㅡ Seu pai me deu isso para que eu te entregasse. ㅡ Benjamin me estendeu um envelope fechado que mais parecia uma carta. ㅡ Com licença, senhorita Smith. ㅡ Assenti e ele saiu de minha casa.

ㅡ Eu não acredito que o Jacob fez isso comigo, eu não acredito. ㅡ Florence puxava os cabelos para trás totalmente irritada.

ㅡ E eu não posso acreditar que Victória é minha irmã. ㅡ Kimberly olhou para a Victória que só deu de ombros.

ㅡ Isso foi a melhor coisa que aconteceu comigo, saber que a Victória é minha irmã de sangue. ㅡ Sorri para ela.

ㅡ Precisamos conversar, Âmbar.

CONTINUA...