Capítulo 5

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Olá, pessoal S2, olha como estamos bonitinhas? outro capitulo rapidinho, hehe.

Espero que gostem.

Amamos vocês.

A esperança é a âncora da alma.

Hebreus 6 18:19

Pov Grace

Era inacreditável, parecia ser tudo mentira, uma brincadeira de mal gosto, mas infelizmente não era. O pastor fez o culto fúnebre e logo depois todos ficamos em silêncio, eu não conseguia chegar perto do caixão, eu jamais conseguiria ver a senhorita Wilson morta, essa imagem rondaria os meus pesadelos para sempre, ainda mais sabendo que a causa da morte sou eu... Juls chorava no meu ombro e eu acariciava seus cabelos, pessoas que nunca vimos na vida vinham nos cumprimentar, todos me olhavam estranho pelo fato de não derramar nenhuma lágrima. Eles não me conhecem...

-Não liga pra esses bobões, no seu tempo...-Disse Juls em meio ao choro e acariciou o meu braço.

Ela me conhece... tenho muita dificuldade em verbalizar sentimentos negativos, choro somente com alguém que eu me sinto confortável, ou seja, Julie. Resumindo... posso estar morrendo mas caso alguém venha me perguntar como eu estou vou simplesmente dizer "estou bem e você?", isso não quer dizer que eu seja insensível, muito pelo contrário, eu sou uma ouvinte assídua, posso ouvir alguém falando por horas sobre assuntos diversos, e quando são lamentações provavelmente eu terei algum conselho para ajudar a resolver o problema, mas eu simplesmente não consigo dizer quando sou eu que sinto a dor eu simplesmente me calo.

O dia começou a amanhecer, o caixão estava sendo levado até o túmulo, todos tínhamos flores nas mãos, Julie e eu andávamos de braços dados e em passos lentos, a última coisa que eu queria era dar o último adeus. Isso é muito injusto, odeio me sentir incapaz de mudar alguma coisa, odeio quando as coisas fogem do controle, odeio um mundo sem a senhorita Wilson.

O coveiro derramava areia no caixão enquanto jogávamos as flores, Julie beijou a dela e jogou no túmulo.

-Me perdoa, você merecia a vida.- Eu sussurrei, a única capaz de me ouvir foi Julie e joguei a flor.

Voltamos para o castelo, Sophia hora ou outra nos olhava mas não dizia nada, os monarcas também não sabiam o que dizer, eu também não queria dizer nada.

Ao chegar no castelo encontramos a mesa do café da manhã posta.

-Não estou com fome, muito obrigada. -Disse.

-Por favor, coma alguma coisa, uma torrada com geleia?.-Insistiu a rainha.

-Ela não gosta de geleia...-Disse Juls sabendo que eu concordaria e provavelmente ela teria que comer o meu pão e o dela.- Que tal com pasta de amendoim? - Juls fez a pergunta para mim.

-Eu realmente estou sem fome... mas obrigado.

-Acho que vamos para o quarto se não se incomodar. -Disse Juls.

-Claro, qualquer coisa estou a disposição.

Fomos para o meu quarto e Juls pegou no sono rápido, eu fiquei lendo mas não conseguia prestar atenção em palavra alguma, desisti de ler quando tive que voltar a página do começo pela quinta vez por não lembrar do que tinha acabado de ler. Os meus pais vinheram no quarto umas três vezes durante a manhã para ver se estava tudo bem, eu comecei a contar carneirinhos para ver se conseguia dormir... mas nada. Acordei Julie quando vinheram nos chamar para o almoço.

-Pedi para prepararem escondidinho novamente, espero que não se incomodem.-Dsse a rainha.

-Obrigado.-Respondi.

De Repente Princesa.Onde histórias criam vida. Descubra agora