Ela era o tipo de pessoa capaz de balançar o mundo de uma mulher, pensou Kornkamon, enquanto entrava pela porta da casa branca que transformara em lar.
Quer dizer, balançar o mundo de outra mulher, acrescentou ela secamente.
O único balanço que ela teria envolvia uma cadeira de balanço e o seu bebê e, para ela era o suficiente.
Ainda assim, pensou ela, a sincronia lhe parecia estranha.
Uma mulher incrível entrara na sua vida logo depois que ela desistira do amor romântico e engravidara.
Mon começou a rir.
Quem iria imaginar?
Ela alisou a manta jogada sobre as costas do sofá e se dirigiu ao quarto que seria do bebê.
Quando entrou no ambiente quase vazio, sentiu um estranho misto de calma e de excitação.
Cruzara os dedos e esperara completar três meses de gestação, antes de comprar alguma coisa.
Agora podia começar a decorar o quarto com que tanto sonhara.
Apesar de seu pai ter ido embora quando Mon tinha apenas 3 anos, a mãe a criara sozinha e sempre a amara. A lembrança desse amor contribuíra para fortalecer a sua certeza de que também poderia ser mãe solteira.
Aquela não fora a sua primeira escolha.
Ela procurara a pessoa certa, mas ele ou ela não apareceram e Mon ansiava por ser mãe.
A Armstrong podia ter dúvidas quanto a seus encantos femininos, mas tinha certeza de que possuía muito amor para dar ao filho.
Mon foi até a cômoda de madeira e deu corda em uma caixinha de música, que estava em cima do móvel.
“Someone to watch over me”, de Gershwin, começou a tocar.
Ela deixou seus pensamentos voarem na direção de Khun Samanun.
Por trás do brilho rebelde de seus olhos, havia força. A Khun dava a impressão de ser capaz de enfrentar qualquer coisa.
Outra mulher poderia se deixar seduzir por essa combinação, mas ela tinha mais juízo.
A sua vida tinha dado uma reviravolta.
Não havia mais ninguém que cuidasse dela. Pelo contrário, seria ela que cuidaria do bebê. Mas estava tudo bem.
Khun Samanun fora apenas um navio que passara no seu horizonte. Ela iria esquecê-la antes mesmo de começar a frequentar as aulas de Lamaze, que iriam prepará-la para o parto.
(...)
Do outro lado da cidade, Sam ouvia as mensagens deixadas no seu celular enquanto continuava a traçar uma estratégia que desse a ela e a Mon algum tempo para se conhecerem, antes que lhe contasse a verdade e as duas se casassem. A ideia de casamento ainda lhe provocava um gosto amargo, mas já começava a se resignar com o dever que deveria cumprir. Sam se lembrou dos benefícios do seu status de solteiro ao ouvir a voz ofegante e sexy de Nitta, na sua caixa de mensagens.
— Eu fiquei arrasada com a sua despedida repentina, querido. Não sei o que fiz de errado, mas adoraria ter a chance de compensá-la. Se você mudar de ideia, me avise.
Sam gemeu. Nitta sabia como usar o seu maravilhoso corpo para fazer com que qualquer pessoa esquecesse de tudo. Uma imagem da modelo adorável e meio avoada lhe passou pela cabeça.
— Dever.
Resmungou para si mesma, no mesmo instante em que o telefone da sua luxuosa suíte de cobertura tocava.
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Royal Baby
FanfictionQuando Kornkamon Armstrong fez uma inseminação artificial, jamais poderia imaginar que conheceria o pai de seu filho: a princesa, Samanun Anankatrul. E Khun Sam veio para casar!