Untouchable

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Louca perigosa, concluiu Mon, começando a suar.

— Há quanto tempo você tem esse título?

Perguntou ela, com a voz ainda mais
aguda do que desejava. Mon olhou para ela como se ela fosse obtusa.

— Droga, eu sou uma princesa. Tenho sido desde o dia em que nasci.
— Se você não se importar por eu perguntar, de que país?
— Do reino insular de GAP.
— Eu nunca ouvi falar nele.
— Fica perto da costa da Tailândia.
— Ah.

Disse ela, imaginando um jeito de sair depressa do carro.

— Sabe, Sam, uma das vantagens da região de Castleford é que ela tem ótimos hospitais. Hospitais para distúrbios mentais.

Sam olhou para ela, surpresa, e começou a rir

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Sam olhou para ela, surpresa, e começou a rir.

— Você não acredita em mim. Pensa que eu sou louca.
— Ora, Sam.

Falou ela com a maior paciência que podia.

— Só porque alguém tem delírios, não quer dizer que...
— Delírios!

Sam deu uma sonora gargalhada.
Mon se empertigou.

— Eu nunca ouvi falar em GAP e, para ser totalmente sincera, gostaria que você me levasse para casa.
— Eu não vou deixar a imprensa cair em cima de você.
— Eu sou uma mulher madura. Sou perfeitamente capaz de dizer a eles que me deixem em paz.

Sam olhou para ela com um ar de compaixão.

— Você não tem ideia de onde estaria se metendo. Eles são abutres. Enquanto
conversamos, provavelmente eles estão revirando o seu lixo.

Mon sentiu o estômago se revirar de desgosto.

— Então eu chamarei a polícia.
— A polícia não pode protegê-la, mas eu posso.

Sam se remexeu um pouco, pegou uma carteira de couro no bolso e entregou-a a ela.

— Dê uma olhada no cartão que está aí dentro.

Mon abriu a carteira e leu o que estava escrito no cartão, que tinha o selo real em relevo.

— Samanun Anankatrul, Sua Alteza Real. GAP.

Parecia verdadeiro, mas ela não acreditava.

— Eu não quero ofendê-la, mas documentos podem ser falsificados. Eu estava falando sério quando disse que temos ótimas clínicas para tratamentos mentais.

Sam sacudiu a cabeça e riu de si mesma.

— E eu estava falando sério quando disse que era uma princesa. Passei a minha vida inteira tentando manter esse fato em segredo, e a única vez em que eu preciso que acreditem nele, ela acha que eu sou louca.
— Eu não disse que você é louca.

Retrucou ela, apesar de realmente achar. Sam parecia muito convincente. Mon imaginou se toda louca seria tão convincente.

— Eu apenas nunca ouvi falar de GAP e de você.
— Que tipo de revistas você costuma ler?
— The Journal of Computer Scientists, Research Laboratory Computing, State of the Art Simulation Studies for Advanced Computer Professionals. De vez em quando eu leio jornais e romances de Janet Evanovich.
— Mas você não lê revistas sobre entretenimento e celebridades, daquelas que você encontra ao lado dos caixas das bancas.
— Não posso dizer que sim.

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