Mon jogou o zip drive, alguns artigos de higiene pessoal e uma muda de roupa dentro de uma sacola de plástico e caminhou pelo quarto, enquanto ensaiava o que iria dizer a Sam.
— Eu não quero ser uma obrigação ou um dever.
Murmurou ela enquanto andava.
— Você merece muito mais. Eu...
Ela se calou ao ouvi-la entrar em casa.
Sentiu um nó se formar no estômago.Ouviu-a subindo a escada.
Não aguentou nem mais um minuto e abriu a porta do quarto.
— Eu preciso falar com você.
Disse ela, sentindo um aperto tão grande no peito, que mal conseguia respirar.
Sam contraiu o rosto, preocupada.
— Teerak, você está pálida. Sente-se. É algo com o bebê?
Ela começou a torcer as mãos.
Rezava para ter forças para fazer o que era preciso.
— Hoje, a sua mãe veio me fazer uma visita, mas...
— Hoje!Exclamou Sam, elevando a voz e despejando uma série de frases em tailandês que ela não entendia, mas que não lhe parecia ser uma litania de agradecimentos à rainha.
— Sam, você pode gritar com ela depois. Eu preciso lhe dizer por que estou indo embora.
Sam se calou imediatamente, confusa.
— Você está indo embora?
— Eu preciso.Disse ela, sentindo o coração se partir um pouco mais.
— Você é uma pessoa maravilhosa e Peaches terá muita sorte por tê-la como pai, mas eu não posso me casar com você, porque eu sempre iria pensar que tinha se casado comigo por obrigação. Isso iria me destruir. Você merece mais que se casar comigo por dever. Merece se casar por amor.
Ela ergueu a mão ao vê-la abrir a boca para interrompê-la.
— Isso é muito difícil para mim. Por favor, deixe-me terminar.
Pediu ela, odiando a emoção contida na própria voz.
— Você e eu podemos ter sentimentos, uma pela outra, mas o problema...
Ela percebeu que sua garganta se fechara, tornando a sua voz aguda e estrangulada.
— Por causa da maneira como nos conhecemos, eu nunca iria saber se você me quereria por dever ou por mim mesma. Eu não posso viver desse jeito.
Concluiu ela com um suspiro, com os olhos cheios de lágrimas.
Mon engoliu as lágrimas e fechou os olhos, tentando controlar a dor.
— Eu preciso ir embora. Se você estiver preocupada com a imprensa, mande Chang Wook ir comigo. Ele é gigante, mas astuto.
— Eu não quero que você vá.
— Não, mas você vai me deixar ir porque iria querer a mesma liberdade.Sam ficou parada olhando para ela com os olhos carregados de dor e de raiva, que pareciam vibrar com tamanha força, que ela precisou se segurar para não retirar o que tinha dito e abraçá-la. Se ela estivesse determinada a lhe dar a liberdade de escolha pela qual Sam tanto ansiava, não podia fazer isso.
— Você pode ir. Eu vou providenciar os documentos.
Falou Sam, por fim.
(...)
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Royal Baby
FanfictionQuando Kornkamon Armstrong fez uma inseminação artificial, jamais poderia imaginar que conheceria o pai de seu filho: a princesa, Samanun Anankatrul. E Khun Sam veio para casar!