Chica

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Era um lindo dia ensolarado de verão e Sam estava sendo a definição de cavalheirismo. Mon estava aliviada.

Era o que ela repetia para si mesma. Era bom que Sam não tivesse tentado beijá-la ou tocá-la. Era ótimo que Sam não estivesse tentando seduzi-la, pensava ela, mas, ao mesmo tempo, se perguntava por que se sentia seduzida.

A Khun se movimentava com a graciosidade de uma atleta e, quando se apresentou, e a ela, ao proprietário da marina, exibia uma segurança e uma aura de poder que ela nunca vira.

Mon percebia que algo fervilhava por trás do seu olhar. Ela a apanhara olhando para ela em vários momentos e sentira o coração se encolher, com um estranho pressentimento.

Não era nada perigoso, pensou ela.

Era apenas misterioso. Ou, talvez, ela estivesse louca. Enquanto estavam na praia, ela lhe viu olhando para o oceano. Imaginou que deveria estar pensando na mulher que a magoara.

— Você parece estar com a cabeça bem distante.
— Eu estou pensando em uma ilha que conheço, na costa da Tailândia, onde a areia parece açúcar e a água é da cor de esmeraldas.

Ela se voltou para Mon.

— Lugar agradável, hein?
— De vez em quando, ele é muito pequeno para o meu gosto, mas na maior parte do tempo, é muito agradável.
— Você vai muito para lá?
— A negócios. Os meus iates são fabricados lá. Você viaja muito?
— Não tenho tido oportunidade. Eu trabalho muito no Centro de Pesquisa. Passo o tempo que me sobra consertando a minha casa. Com a gravidez, provavelmente eu vou ficar algum tempo em casa.

Sam olhou para ela atentamente.

— Viajar não seria seguro para você?
— Ah, não. Eu já passei dos três meses. O médico disse que eu posso fazer de tudo.
— Ótimo.

Disse, olhando para o relógio.

— Se quisermos voltar em uma hora decente, é melhor irmos embora agora.
— Por que você disse ótimo?
— É bom que você tenha liberdade para fazer o que quiser.

Falou, dando um sorriso enigmático.

— Quem sabe? Alguém pode aparecer e arrastá-la até uma ilha.

Ela a acompanhou até o Jaguar.

— Durante os primeiros 25 anos da minha vida, nunca me aconteceu algo semelhante. Acho que não preciso me preocupar com isso agora.

Sam abriu a porta do carro para ela.

— Até agora, você não me conhecia.
— Eu vou me preocupar com isso em outra hora. Logo, eu não vou caber no meu maiô.

Sam entrou no carro e colocou um CD para tocar.

Apesar da maneira como a perturbava, Mon gradualmente relaxou, durante a volta para Castleford.

Em um trecho da estrada, ela viu uma série de barracas ao longo do acostamento, vendendo tomates, milho, pepinos e outros legumes.

Em uma das barracas, ela viu alguns móveis de madeira.

— Ah, veja, cadeiras de balanço.
— O quê?

Perguntou Sam, diminuindo a velocidade.

— Nada. Eu apenas reparei que aquele vendedor de legumes também vende cadeiras de balanço. Eu estou pretendendo comprar uma, em algum
momento.
— Eu posso voltar

Falou, diminuindo ainda mais a velocidade.

— Não, não é necess...

Ela se calou, quando a despeito de seus protestos, Sam fez a volta.

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