Capítulo 4: Primeiro dia(Parte 2)

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Os meus sentimentos sobre ser uma cidadã dessa cidade era uma enorme fonte repulsa, como ser uma órfã era uma coisa extremamente rara dentro dessa cidade e ao adicionar o fato de ser uma "excluída" me tornava ainda mais diferente das outras crianças, a minha infância foi uma coisa tão dolorosa como difícil, afinal como eles me encaixaram como uma "criança problema" fui basicamente educada com uma mão de ferro, mas isso não era uma coisa ruim na minha opinião, o que era de fato ruim seria encontrar todas as minhas coisas destruídas ou roubadas, além de ser acusada pelas travessuras de outras crianças mais velhas de coisas que não fazia a menor ideia, mas as irmãs mais velhas do orfanato nem questionavam e me puniam exceto se estivesse do lado delas, mas elas ainda ficavam com uma pé atrás e ficavam realmente em duvida se não tinha feito nada.

As meninas e meninos mais velhos tinham uma mania irritante em me dar "lições" por ser diferente das outras onde muitas vezes acabavam com violência, caso ficasse calada ou contasse a situação seria considerada como culpada, uma vez uma das irmãs ficou me olhando ser vítima desses abusos com indiferença e me acusar como uma culpada no final. Os anos passaram e o abuso aumentava cada vez mais, uma coisa que tinha virado rotina seria ter crianças me acordando de formas violentas ou brigas constantes, com o medo de ter as minhas coisas destruídas ficava acordada em vez de dormir ou relaxar, as minhas olheiras eram enormes assim como ficava alerta a todo momento.

No instante, em que terminava com os meus deveres ficava sozinha ou tentando relaxar e dormir no meu quarto, com os anos comecei a alimentar ódio e comecei a me vingar, as minhas vinganças eram basicamente sociais, como um claro exemplo disso deixava rumores falsos ou verdades nas mãos certas e observava o estragado acontecendo com um sorriso em meus lábios, devido a essas minhas brincadeiras fiz uma bela bagunça com a vida de uma certa freira assim como destruir em vários pedacinhos a amizade daqueles meus malditos acusadores, mesmo que as vezes ainda fossem em grupos diferentes para me bater apenas para levarem uma surra e novamente seria punida pelas irmãs do orfanato.

Os meninos eram uma merda de lidar, afinal não importava quantas vezes eu revidava ou abusava dessas brigas como forma de extravasar minha raiva, em vários casos tive uma ou duas semanas de descanso antes deles virem novamente em seus malditos grupinhos para me baterem, mesmo que ficasse de castigo comecei a revidar com cada vez mais de uma forma intensa e cada  mais sem controle, mas quando completei 10 anos fui adotada pela Larissa Weems, a diretora e uma das executivas de Nevermore, com acesso a um lugar seguro comecei a relaxar um pouco, mas com o acesso a internet assim como aulas de robótica e outros assuntos comecei a desenvolver um sistema de segurança em meu quarto, eu não me sentia segura somente trancando a porta do meu quarto, o medo de ter alguém entrando e destruindo as minhas coisas ou ainda pior me batendo me assombravam toda vez que fechava os olhos em minha cama, eu não conseguia realmente relaxar mesmo sabendo que não estava mais no orfanato.

Um doce sorriso surgia em meus lábios, afinal se não fosse a Larissa teria me tornado uma assassina ou destruiria o orfanato assim que tivesse conseguido o meu controle sobre algumas das minhas peculiaridades.

Coisas boas e felizes também começaram a surgir desde a minha entrada no internato como também tive a chance de ter amigos assim como a bela oportunidade de conhecer a Enid, a mesma tinha virado uma das minhas melhores amigas com o passar dos anos, ela era interessante desde o inicio, afinal ela nunca mostrou malicia ou outras intenções além de cuidar dos seus amigos com suas garras, ela era realmente era uma loba muito fofa mesmo negando isso com todas as forças.

-Ela é uma bola de sol realmente(Andressa)Soltava uma doce risadinha dos meus lábio relembrando do dia que ela tinha pedido pra ser a minha amiga.

A minha amizade com uma certa bola de sol foi uma das melhores coisas, ela tinha realmente me ajudado assim como a minha psicóloga a ter uma vida relativamente normal na medida do tolerável na minha escala, socialmente eu era conhecida como uma pessoa doce e justa, assim como era de saber de todos devido um certo vazamento de informação do meu circulo de amizades que era lésbica, uma coisa que realmente me deixou surpresa foi a quantidade de garotas me confessando assim como tudo continuou a mesma coisa sem muita merda preconceituosa, eu não sou uma santa e como prova disso seria a quantidade de pessoas com as quais tinha namorado assim como ficado era quase uma Yoko da vida de certa forma com os meus 16 anos.

Uma aventura no multiverso(Versão 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora