Capítulo 5: Primeiro dia (Parte 3)

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Ponto de vista(Enid)

Depois, de chegarmos no cinema acabamos definindo o filme novamente assim como nós separamos para comprar a pipoca e os doces e os ingressos, como ela sempre exagerava comprando os lanches acabei jogando a mesma na fila para comprar os nossos ingressos, sendo honesta, eu não conseguia ver isso como um encontro realmente e sim uma rotina que tínhamos quando saímos juntas, mas também não poderia negar que estava nervosa e com um friozinho na barriga típico do primeiro encontro, enquanto, estava esperando a mesma vim pegava o meu celular e mandava mensagens para a Yoko com uma certa ansiedade e nervosismo.

A Andressa era a minha melhor amiga desde crianças, não fazia sentindo o nervosismo ou essas malditas borboletas na barriga tipicas de uma adolescente apaixonada, eu era hétero e também fiquei apenas com garotos, essas emoções não eram coisas que devia sentir com ela e sim por um garoto, não era certo esses sentimentos, não era aceitável pela minha família e a minha mãe iria me expulsar da matilha caso descobrisse sobre isso. Nesse momento, a minha respiração começou a ficar desregular e os pensamentos sobre como tudo iria dar errado começam a passar em alta velocidade pensando em cada coisa que iria dar errado caso aceitasse esses sentimentos por ela, o meu coração ardia cada vez que pensava nisso assim como a vontade de dar um tapa na minha cara crescia.

*Ding*

 *Ding*

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 Eu tinha mandado uma mensagem para a Andressa sobre como iria rapidinho no banheiro, assim que aquela conversa com a Yoko tinha terminado comigo mandando ela ir me procurar na esquina, sendo honesta, eu tava com medo, eu não queria aceitar esses ...

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Eu tinha mandado uma mensagem para a Andressa sobre como iria rapidinho no banheiro, assim que aquela conversa com a Yoko tinha terminado comigo mandando ela ir me procurar na esquina, sendo honesta, eu tava com medo, eu não queria aceitar esses sentimentos por ela, mas também não queria abrir mão dela, era egoísta da minha parte mas o medo de ser exilada pela minha família era maior do que as minhas emoções, o fato de ter cumprido a vontade da minha mãe uma única vez indo para aquele acampamento licantropo fez com que tantos traumas e inseguranças surgissem dentro de mim, não queria aceitar esses sentimentos que tinha por ela pois seria algo que a minha mãe não aceitaria de forma alguma.

*Um som lento de gotejar*

No momento, em que coloquei a minha cabeça contra a porta do banheiro sentindo lagrimas começarem a escorrerem dos meus olhos, eu deveria ser forte, nunca me importei antes com a merda do que falavam sobre mim e também sabia sobre como o meu pai iria me aceitar e me cuidar, ele nunca me rejeitou e me deu uma mão para conhecer novos horizontes, eu não deveria ter medo de aceitar esses sentimentos pela minha amiga, principalmente conhecendo ela e sabendo que ela seria capaz de socar meus irmãos novamente caso me incomodassem sobre minhas escolhas e até mesmo dar o seu famoso jeitinho caso a minha mãe ficasse contra nós duas, que merda, eu não acho que é justo com ela aceitar os seus sentimentos.

*Respiração ofegante*

Os problemas que vou causar a ela, as coisas que ela vai ter que enfrentar por minha causa e minha família, eu não quero admiti que gosto dela dessa forma, não quero admitir que queria sentir novamente os seus lábios, não quero correr o risco de perder sua amizade e ela por causa disso, não quero perder ela, me abraçava fortemente tentando procurar algum consolo e paz, eu queria somente sumir.

-Eu tenho que voltar..

A única coisa que eu conseguia pensar seria em como a minha mãe estaria me desaprovando caso chegasse a descobrir sobre os meus sentimentos, o panico em ter que ver a Andressa agora fazia um zumbindo no meu ouvido baixinho e um imenso frio em todo o meu corpo, eu não conseguia me levantar do vaso, era como se as minhas pernas não tivessem forças para fazer um simples movimento e novamente sentia a minha respiração ficando cada vez mais rápida, e o desespero e ansiedade tomavam conta a cada segundo mais do meu corpo.

*Toc* *Toc*

-Enid, você tá bem? Precisa de alguma coisa? Comeu algo que não te fez bem?(Andressa)Perguntava com uma voz preocupada e doce.

-Ajuda...(Enid)A minha voz quase não saia da minha garganta e a sensação de panico crescia cada vez mais dentro do meu peito

Escutar a voz dela me ajudo a me acalmar, mas não o suficiente para lidar com o que estava acontecendo comigo ou fazer o meu corpo voltar ao normal, por um momento a única coisa que conseguia sentir seria um enorme panico e ao mesmo um profundo arrependimento. No momento, em que escutava um som forte na minha frente tentava encarar o que tinha acontecido com a porta do banheiro só pra ver a minha melhor amiga segurando as minhas mãos de um forma tão doce e olhando no fundo dos meus olhos, a sua voz estava misturada com um zumbido infernal mas conseguia entender o que ela dizia

-Eu tô com você não precisa ter medo, eu vou estar sempre do seu lado quando você cair e vou sempre te ajuda a levantar

Essas palavras eram coisas que tinha escutado tantas vezes, era quase um hino dela quando estava em alguma crise ou simplesmente precisa de um ombro amigo, essas palavras de uma forma estranha me faziam sentir tão confortável e uma sensação tão quentinha dentro de mim, encarando os seus lindos olhos brilhando em uma cor tão linda roxa sempre me faziam relaxar, o som dos zumbidos aos poucos sumiam assim como colocava a minha testa contra a sua com um leve sorriso em meus lábios, mesmo ainda não sentindo as minhas pernas por alguma razão me sentia tão tranquila e em casa.

-Andressa, eu te amo(Enid)

Falava em um voz leve, essas palavras saiam dos meus lábios como se fosse uma coisa natural, sentir suas mãos apertando as minhas carinhosamente e ver seus lindos olhos brilhando de uma forma tão linda assim como o seu sorriso me causava uma estranha alegria em meu coração, era como se estivesse submersa em uma terma quentinha e confortável, pela primeira vez no dia tinha a sensação que tinha feito realmente algo certo, afastava um pouco o meu rosto do seu e depositava um beijo longo em sua testa e observava a mesma virando um tomate aos poucos era uma coisa fofa de ver.

*Você nunca será um lobisomem então faça uma coisa de útil na vida e agrade o líder*

Eu tinha escutado isso tantas vezes naquele acampamento, como a minha mãe era a líder desde que sair daquele maldito lugar tentei ser útil a minha mãe de alguma forma, eu não queria ser descartada, não queria perder o meu pai, não queria ficar sozinha como naquele acampamento durante todo aquele maldito verão e graças a isso me fiz um molde pra deixar a minha mãe feliz, mas ver a minha melhor amiga tão preocupada comigo e a Yoko aflita comigo eram coisas que me machucavam mas tinha que continuar para não ficar sozinha.

-Pode repetir de novo? Por favor(Enid)

-Eu tô com você não precisa ter medo, eu vou estar sempre do seu lado quando você cair e vou sempre te ajuda a levantar(Andressa)

Eu sentia a mão da mesma em minha cabeça fazendo um leve carinho e beijando a minha testa antes de repetir aquela sua fala, tinha simplesmente jogado o meu corpo contra o dela e começava a chorar com a minha cabeça entre os seios da mesma, eu sentia o meu coração ficando cada vez mais leve a cada lagrima que saia dos meus olhos... 

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Palavras: 1313

Autor: Curtam e comentem pra animar um escritor iniciante :3


Uma aventura no multiverso(Versão 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora