Pov Kaira
Terminei de arrumar minhas roupas no armário, sentindo a presença do meu pai no quarto. Fechei as portas, virando-me e encarando Finn que estava sentado na beirada da cama com uma expressão de preocupação em seu rosto enquanto me olhava.
Sorri fracamente, me aproximando do mesmo e sentando-me ao seu lado, acariciando seu braço com leveza.
- Qual o problema, pai? - Questionei curiosa.
- Como você está? - Franzi o cenho, sem entender. - Depois do que aconteceu lá embaixo, como você está?
Mordi o lábio inferior, desviando o olhar um tanto pensativa. - Eu... Eu ainda estou administrando tudo, mas não sinto nada. - Abaixei a cabeça, brincando com meus dedos. - Por muito tempo, desejei ser reconhecida como filha por Klaus e Hayley e nunca consegui isso na minha infância e agora... - Balancei a cabeça, perdida. - Todos agem como uma família preocupada e querem saber tudo sobre minha vida, esquecendo toda a rejeição e solidão que me fizeram passar quando eu era apenas uma criança. - Respirei fundo, tentando não chorar. - O pior é que não consigo odiá-los, pai...
- Eu sei, princesa. - Abraçou-me, beijando o topo da minha cabeça. - Não precisa odiá-los, querida. Basta agir com indiferença e não dar nenhuma brecha para eles se aproximarem de você. - Segurou meu rosto, fazendo-me olhar em seus olhos verdes. - Saiba que tenho muito orgulho da mulher que você se tornou e sempre irei te apoiar em tudo, Kaira Mikaelson.
- Obrigada, pai. - Sorri, beijando sua bochecha. - Aliás, e o Kol? Ainda está no caixão?
- Sim. - Respondeu, abaixando o olhar. - Klaus não quer tirá-lo nem tão cedo do caixão e você estando aqui no Quartel, só vai enrolar ainda mais para libertá-lo. - Comprimi os lábios, irritada com a atitude ridícula do Híbrido. - Sei que você está ansiosa para conhecê-lo, Kaira e também sei que você acredita que ele vai te odiar por conta do companheirismo e a ida dele para o caixão sem previsão de volta. - Segurou minha mão, apertando-a com carinho. - Seria impossível Kol te odiar, Kaira...
- Olha... - Bati o indicador no queixo, zombateira. - Vou acreditar em você, pai.
- Ótimo. - Levantou-se, caminhando até a porta. - Vou dar uma volta pela cidade e aproveita que não tem ninguém no Quartel para explorar o local. - Cerrei os olhos, sabendo muito bem a intenção do meu pai. - Você vai ficar surpresa com o que vai encontrar lá embaixo. - Saiu do quarto, deixando-me curiosa para explorar tudo.
Saí do quarto, descendo as escadas e indo para cozinha. Abri a geladeira, pegando duas bolsas de sangue e uma latinha de refrigerante. Com tudo nas mãos, saí do local silencioso e fui até uma porta vermelha velha, abrindo-a com calma e escutando o rangido da dela; Entrei, fechando a mesma e descendo as escadas tranquilamente, entrando em uma sala que tinha um caixão fechado no centro e sabia de quem pertencia.
Abri o mesmo, encontrando Kol com a pele cinza e uma expressão serena em seu rosto, parecendo estar tendo um sonho maravilhoso. Retirei a adaga de seu peito, deixando em cima de uma pequena mesa junto das bolsas de sangue e sentei-me no chão, abrindo minha latinha e tomando minha bebida fresca, aguardando pacientemente.
(...)
Tomei um susto ao ver um homem parado em minha frente, me observando.
- Quem é você? - Era possível enxergar irritação misturado com confusão em sua voz e por um momento, senti medo do que poderia acontecer. - Por quê me acordou?
Levantei-me do chão, dando batidinhas em minha roupa e o olhando. - Sou Kaira Mikaelson, irmã de Hope Mikaelson e sua sobrinha. - Seu cenho de franziu, parecendo me reconhecer por um momento. - Eu trouxe duas bolsas de sangue que estão na mesinha... - Olhei para o local citado, encontrando ambas as bolsas vazias. - Esquece. - Balancei a cabeça, voltando a olhá-lo e notando seu charme único. - Eu te acordei porque queria conhecer meu tio bricalhão e meu futuro companheiro.
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A companheira de Kol Mikaelson
VampireNão pedi para nada disso acontecer... Ser rejeitada por toda minha família por conta do laço de Companheirismo não estava nos meus planos... Mas vejam só? Isso, infelizmente, aconteceu e ninguém pode ir contra o Destino. Me chamo Kaira Mikaelson e v...