Capítulo 02

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Acordo com meu telefone tremendo na mesinha ao lado da cama. Penso em que horas são, mas quando lembro que estou de folga deixo para lá. O problema foi a insistência da pessoa. Só uma pessoa no mundo todo me ligava tantas vezes seguidas. Beatriz Mendes, minha irmã. 

- Finalmente! Pelo menos está viva! -sua voz fina me irrita por ter me acordado.

- Também amo você irmãzinha! -remexendo na cama percebo meu corpo sensível ao toque do lençol e percebo que estou nua ainda.- O que você quer?

- Queríamos encontrar você e o Jungkook. Nem um dos dois deu sinal de vida depois que saímos da casa do Taehyung.

Pequenos flashs do que aconteceu ontem no meu sofá. Me vem à mente me faz suspirar com um pouco de frustração. Cai nos encantos daquele aprendiz de gibi mais uma vez. Isso está se tornando perigoso demais.

- No plural?

- Sim, Jimin passou a manhã inteira ligando para ele. -começo a escutar um toque diferente ecoando pela minha casa, o que me deixa nervosa.- A julgar pela sua voz de sono não tem ideia que já é quase uma da tarde, certo.

- É claro que eu sei disso. -minto.

- Aham.

Beatriz começa a falar sobre qualquer coisa que não dou atenção alguma. Me levanto da cama e sigo o toque de telefone. Vem do meu banheiro, mas não encontro ninguém ali dentro.

Eu não me lembro do Jungkook pegar o telefone quando viemos tomar banho no meio da madrugada. Começo a repassar nossa aventura pelo meu apartamento, quando vejo meu reflexo no espelho antes de sair do banheiro. Estou acabada, cada parte do meu corpo está dolorida e minha bunda completamente vermelha. Ainda.

Por tudo que é mais sagrado eu juro que mato esse garoto!

- Esse filho da p…

- Quem? 

A voz de beatriz me lembra que ainda estou em ligação, então não posso simplesmente xingar Jungkook. Aquele moleque atrevido, idiota.

- Ninguém! -esbravejo com toda raiva do mundo.- Olha só eu não sei onde esse projeto de gibi pode estar. Ok? Eu estou na santa paz da minha casa.

- Volta a dormir Beca, não tenho mais saco para os seus chiliques matinais. Eu estava preocupada, só isso. -no mesmo segundo que ela encerra a ligação percebo que fui uma babaca.

Jogo os dois telefones na cama, se não tivesse tanto amor pelo meu dinheiro jogaria da janela mesmo. Eles não sobreviveriam a uma queda do décimo primeiro andar.

Começo a andar pela casa atrás dele. Posso sentir que Jungkook ainda está na minha casa. Além dessa afirmação louca que minha mente faz sobre ele e o cheiro de bacon empesteando a casa. Jungkook não parece o tipo de cara que vai embora de mansinho. 

E como previsto, é só chegar na minha sala que encontro nossas roupas ainda jogadas no chão da sala. E aquele monumento de homem. De cueca. Repito Jeon Jungkook de cueca na minha cozinha.

- Posso saber o que você está fazendo? -o vejo se tremer inteiro com a minha voz invadindo a cozinha.

- Aish! -me vendo com as mãos na cintura esperando uma resposta vejo seus olhos se arregalando.- Mulher, eu abri a cortina da varanda. Quer que os vizinhos te vejam nua!

Em um ato desesperado ele corre até nossas roupas e veste sua camisa em mim às pressas. Chegando a olhar se tinha alguém nas varandas do prédio em frente ao meu. Prédio esse que é onde ele mora. Inclusive no mesmo andar.

- O único com vista privilegiada para cá é você seu idiota.

- Eu e os vizinhos de cima. Sem contar que estou aqui e não na minha casa.

Batidas do coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora