Capítulo 9 • Pretexto

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Martina Ferreira |

—Está doendo muito? —Pergunto

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—Está doendo muito? —Pergunto.

—Um pouco.

—Seu tornozelo não está inchado.

—Não?

—Não, aparentemente não é nada sério.

—Fico aliviado. —Sorriu. —Martina, né?

—Sim.

—Prazer, Gabriel. —Estendeu a mão e eu apertei.

—Por que não trouxeram um fisioterapeuta? —Pergunto.

—Não sei, nosso técnico achou que não era necessário.

—Mas é claro que é necessário. O futebol é muito imprevisível, tudo pode acontecer.

—Concordo. Ainda bem que você está aqui.

—Vocês não podem deixar que um médico não venha com vocês. Eu não sou fisioterapeuta do Santos, não sei como vocês são preparados. Se fosse outro técnico aqui, com certeza não deixaria eu atender você.

—Pensamos igual. —Sorriu.

Sorri simpática e fui arrumando minhas coisas.

—Martina, quanto tempo você está aqui?

—Três anos.

—Uau. Muito hein.

—É. —Sorri fraco.

—Não entendo. Estou há um ano no Santos e meus olhos ainda não haviam se deparado com você.

—São poucas vezes que ambos times se enfrentam. —Digo.

—Você é uma das mulheres mais lindas que eu já vi. —Disse.

Esse cara tá me cantando?

—Obrigada pelo seu elogio. —Sorri sem mostrar os dentes.

—Seria muito bom se você estivesse no Santos. —Sorriu.

—Rival? Tô fora. —Olhei para o lado.

—E se fosse minha namorada? Seria Santista? —Pergunta, se aproximando de mim.

Apoiei minhas mãos na maca que há atrás, pelo fato de ele estar muito perto de mim.

—Gabriel, eu sou

—Qual é a sua cara? —Joaquín empurra o Gabriel.

—O que deu em você? —Pergunta Gabriel, irritado.

—Pelo visto era só um pretexto para ficar aqui. —Joaquín disse.

—E se fosse?

—Repete. —Disse Joaquín, se aproximando dele.

—Você não é dono dela, cara. —Gabriel disse.

—Se você falar mais alguma coisa sequer eu arrebento você.

—Por que ainda não veio? —Gabriel debocha.

Joaquín foi pra cima dele e eu o segurei

—Joaquín, para! —Digo.

—Deixa ele bater. Ele não aceita que não é dono de ninguém.

—Parem vocês dois, agora! Parecem duas crianças! —Digo.

—Criança é esse cara! —Disse Gabriel.

—Seu moleque! —Disse Joaquín, se aproximando dele.

—Chega, Joaquín. Chega! —Digo.

—Quer saber, fiquem aí vocês dois. —Disse Joaquín e saiu.

—Joaquín. —Digo.

—Fiquem vocês dois.

—Deixa esse cara ir. —Disse Gabriel.

—Ele é meu marido, Gabriel! —Digo, irritada.

—Gabriel? Você está melhor? —Pergunta Lucas Lima.

—Sim. —Disse ele.

—Obrigado por ter atendido ele, Martina. —Disse Lucas.

—De nada. —Digo, tentando manter a calma.

—Gabriel, estamos esperando você lá fora. —Disse Lucas e saiu.

—Martina

—Sai, Gabriel.

—Mas

—Agora. —Digo.

Ele saiu e eu bati com a mão na maca.

—O que eu faço?

|| Continua ||

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