Capítulo 32 • Destruída

1.4K 92 16
                                    

Joaquín Piquerez |

—Já acordado? —Veiga pergunta, entrando no quarto

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

—Já acordado? —Veiga pergunta, entrando no quarto.

—Eu nem dormi. —Olho para o teto.

—Não acredito, Joaquín.

—Não irei para o treino.

—Você vai sim.

—Eu não tenho condições de ir, não quero falar com ninguém, não tenho cabeça pra treinar.

—Mas você pode ver a Martina.

—Pra que? Pra ver ela pior que eu?

—E se ela não for, Joaquín? Se vocês dois não forem, o Abel vai perceber que aconteceu alguma coisa.

—E se eu for com essa cara, ele vai perceber também.

—Vamos, Joaquín. Levanta.

—Não quero.

—Você já tem 25 anos, para com isso.

—Eu não estou bem, Raphael.

—A vida não parou. Reage.

Levanto lentamente e vou para o banho.

—Vou para minha casa. Nos encontramos no CT. —Grita Veiga.

Martina Ferreira |

Meu estado está péssimo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Meu estado está péssimo.

Estou destruída, destruída de tanto chorar.

Inacreditável a capacidade que ele teve de me trair. Inacreditável ele estragar tudo por causa de uma noite.

Homens são iguais. Os jogadores são iguais.

Mas você, Joaquín… pensei que você seria diferente deles.

Você virou minha maior decepção.

Apesar de tudo, apesar de não ter vontade, eu preciso ir trabalhar.

Pelo menos terei minha mente ocupada e não ficarei pensando no que aconteceu.

Ponho meu uniforme e faço uma maquiagem leve, mas que possa disfarçar pelo menos um pouco de como estou.

—Bom dia, filha. —Meu pai sorri e me abraça.

Eu queria mesmo seu abraço, pai.

O abraço forte, não querendo mais me soltar.

—Está tudo bem? —Pergunta.

—Sim.

—Por que o Joaquín não veio com você?

—É que eu estava na casa do Gomez, estava ajudando a Jaz a cuidar das crianças. —Minto.

—Ah, entendi. E como vai esse bebezinho?  —Sorriu.

—Bem. —Sorri.

—Já escolheram os nomes?

—Ainda não.  —Meus olhos enchem de lágrimas. —Eu vou para minha sala.

—Ok. —Beija minha testa e sai.

Respiro fundo, na tentativa de não deixar escorrer nenhuma lágrima, mas foi em vão.

Entro na minha sala e abro meu notebook rapidamente.

Preciso me distrair.

Alguém bate na porta e eu peço para entrar.

—Ocupada?

—O que você quer aqui? —Pergunto.

—Não me trata assim, por favor. Nós precisamos conversar.

—Eu não tenho nada pra conversar com você.

—Filha…

—Não sou sua filha.

—Eu entendo sua raiva comigo, mas eu preciso esclarecer tudo.

—Esclarecer o que? Me torturar dizendo que me abandonou?

—Não podemos conversar como duas pessoas adultas?

—Não, não podemos. Por favor, saia da minha sala.

—Não vou sair.

—Eu não irei conversar com você.

—Eu sou sua mãe, você tem que me escutar.

—Minha mãe? Você ainda tem coragem de dizer isso?

—Você sabe o que eu sou de você. Apesar do que aconteceu, eu continuo sendo sua mãe.

—Você acha que vai conquistar meu amor e carinho chegando agora?

—Eu sei que não.

—É muito fácil vir me procurar depois que já passou a fase de você cuidar de mim. Depois que já passou a fase de você ficar comigo quando eu estava doente. E também quando eu precisava de você em todas as apresentações da escola.

—Me deixa te contar tudo.

—Sai da minha sala, por favor.

—Martina.

—Por favor. —Aponto para a porta e ela sai.

Me sento na cadeira e suspiro.

—Seria muito melhor se você não tivesse aparecido. —Sussurro.

| continua |

Us | Joaquín PiquerezOnde histórias criam vida. Descubra agora