ENROLADINHOS - VINI JR

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capítulo 16 - ENROLADINHOS - VINI JR
"Mentiras que escondem medos"

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HADASSA GARCIA

Em histórias, seja de lamentações ou com um final feliz, sempre haverá um ponto final que alguém sempre cismou em colocar, mesmo que você fuja ou não queira, um dia vai ocorrer com todos, porque todos temos algo em comum. O final imposto por alguém é como uma perseguição ou um caminho sem saída, de todo jeito, é um ciclo da vida, onde você nasce, cresce e morre, e assim por diante, de geração para geração, de famílias para famílias. Sinceramente, é um ciclo totalmente entediante e repetitivo, por isso, pessoas vivem reclamando e ressaltando que suas vidas são entediantes, de certa forma, você tem que pensar fora da caixa e viver fora de um ciclo que é comandado para todos e uma sociedade mal estruturada e cheia de preconceitos, pois você é única e diferente, ninguém é igual a ninguém, e isso é algo valioso de se aprender no grandioso e imenso contexto e história da vida.

Vidas não são entediantes, mas sim a forma que você leva ela, aprenda a abraçar, beijar, amar e mostrar afeto para aqueles que você ama, e assim, uma alma cansada, virará uma alma criativa e disposta, apenas por ter mostrado interesse ou afeto. Veja a vida com amor, pois sempre haverá páginas que deverão ser escritas e páginas a serem transformadas, como uma história de um rumo raro e diferente de cada um. De toda maneira, em um livro, mesmo pequeno, sempre haverá entre linhas, com um conto mal explicado ou uma mentira mal feita ou escondida dos leitores, talvez para trazer frustração em um futuro ou apenas para deixar os leitores cada vez mais vidrados em cada mísera palavra de uma obra perfeitamente escrita.

Nesse caso, essa é a minha história, com um passado com monstros e demônios escondidos, onde eu guardo mentiras, onde a morte fez minha vida entediante, onde eu me arrependo por ter feito seu pedido e nunca mais poder olhar em sua face e poder dizer qualquer palavra direta, pois agora, era impossível. Eu não era a mesma e ele… nunca mais pode voltar para sequer falar algo, ele sumiu, desapareceu e morreu, como ele mesmo disse.

Talvez fosse aquelas falas todas de que a morte nos separe, em casamentos, ou o simples desleixo em palavras e ações, porém, dessa vez, ocorreu algo muito diferente, pois não foi a morte que nos separou, foi suas palavras fortes e talvez por nem sequer saber que eu fazia parte de seu sangue, assim como ele.  

Uma vida de mentiras, sempre carregará o fardo de ser uma vida traidora, eu fui traidora comigo mesma quando tive que acreditar na minha própria tolice e bobagem, mas o que eu poderia fazer? Esperar ele olhar em minha cara e ir para casa de volta? Não, porque ele  nunca mais voltou para casa.

“A alma guarda o que a mente tem que esquecer.”

Lembro- me bem de quando pude ler claramente essa frase há exatos dois anos atrás, onde uma parede de rua, pode me contar, mesmo que secretamente ou de forma discreta, tentar descrever ou associar uma das fases de minha vida, onde eu posso lembrar claramente de lágrimas compulsivas e brevemente da verdade, na qual eu quis omitir.