Hadassa, mulher forte, aquela que protege. Com certeza, isso a descrevia, após um relacionamento totalmente tóxico e abusivo, ela segue sua vida com um sorriso e simples covinhas na cara, ela possui um lindo e longo cabelo cacheado, os tais "enrolad...
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VINICIUS JUNIOR 'eu nao amo ela'
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Minha cor favorita é castanho, pois me lembra das coisas doces que eu amo, brownies, milkshakes de chocolate e a cor de sua pupila, castanha, e com um leve e breve, quase imperceptível, tom esverdeado.
Aqueles olhos… Que refletem luz no meu coração.
Castanho, é a cor que mais me encanta. é o tom de meu do seu olhar. É a tinta que passaram na sua alma quando você nasceu. É ter olhos de nutella e lábios de avelã. É a cor injustiçada. É ser comum nos olhos para ser rara de coração. É a tempestade que chega…
Os olhos de cigana obliqua e dissimulada.
Eu realmente não sabia o que era obliqua, mas dissimulada, eu sabia
Eu não sabia sua cor favorita, mas o jeito que ela olhava para o meu sorriso, com olhos sutis brilhando, era nítido ver que o meu sorriso era mais que uma morada ou algum favoritismo de sua parte, o meu sorriso era dela, cada leve, grande, maroto e até mesmo os verdadeiros e pequenos risos.
Ela, por incrível que pareça, tem detalhes escondidos, na qual apenas olhares observadores e íntimos pudessem enxergar. O hábito de em algumas situações ela se repreender apenas mordendo o lábio inferior quando está nervosa ou pegar um de seus cachos e ficar o pega enrolando de forma infinita. São esses costumes que a fazem especial, a forma que posso me sentir íntimo apenas por prestar atenção em detalhes que muitos não sabem, por saber que ela ama a dança de paixão.
Por ela ter confiado em mim para beijar suas cicatrizes.
A confiança foi um ato de intimidade, pois enquanto eu beijava um pescoço nu com apenas uma leve e bela marca e ela abraçava firme meu tronco enquanto olhos tinham desenhos de lágrimas quentes e dolorosas.
Lembro exatamente no momento em que pensei que a protegeria, descobriria os demônios que a assombravam em meio a madrugada, pequenos demônios que para ela parece enormes e aterrorizantes, que a deixavam em forma hesitante e a mesma, como forma de proteção, se encolhia em uma cama, ou em meus braços, para que se sentisse protegida e acolhida.
Ontem ela chorou, chorou muito, e naquele momento eu senti que seu choro poderia ser tão forte ao ponto de me levar junto a ele, de me fazer sentir o mesmo sentimento vazio que a mesma sentia, como se eu fosse capaz de a entender e encontrar com clareza alguma sanidade ou felicidade em olhos inchados e vermelhos da garota de cabelos enrolados.
