Hadassa, mulher forte, aquela que protege. Com certeza, isso a descrevia, após um relacionamento totalmente tóxico e abusivo, ela segue sua vida com um sorriso e simples covinhas na cara, ela possui um lindo e longo cabelo cacheado, os tais "enrolad...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
-'CÊ VAI PRO' QATAR EM DOIS DIAS! - Disse Manuela totalmente bêbada.
E eu não estava tão diferente dela, com um vestido preto apertado, - mas que certamente valorizava todas as minhas curvas - nós dançávamos alegremente por conta da bebida. Eu dançava satisfatoriamente com meus cabelos soltos, a dançarina que vive dentro e fora de mim, se soltou e criou vida própria por conta da música que tocava.
"Cerol na mão"
A tal "festa" que a mãe de Manuela - Jessica - me prometeu, era uma balada que havia inaugurado recentemente e por consequência, estava lotada, cheia de jovens bêbados, garotas dançando e alguns se pegando descaradamente.
-Eu vou cortar você na mão - Manuela cantava alto, balançando a cabeça fazendo seus fios lisos se soltarem e pularem no ritmo da música
-Vou mostrar que eu sou tigrão! - Completei, dançando loucamente
Tudo começou quando contei pra' Manuela que fui sorteada pela CBF para acompanhar os jogos no Qatar.
" -Quer dizer que você vai sair do país, ir para um lugar homofôbico, conhecer os gostosos da seleção e assistir os jogos no Qatar?" - Ela disse de uma forma totalmente equivocada e boquiaberta
"- Tipo isso, só tira a parte que eu vo' conhecer os gostosos da seleção" - Falei tentando acalmá-la, pois ela estava tendo um surto.
"-Vamos beber pra' comemorar agora!" - Ela teve a brilhante ideia
"-Ah não, pensa que eu esqueci!? A última vez que eu bebi com você eu fiquei com aquele cara estranho é que ainda beijava mal!"
"- O alemão?"
"Ele era alemão? Bem que eu vi o sotaque" - Falei para mim mesma
"- Vamos logo beber!" - insistia puxando meu braço levemente
"- Ah mas eu não vou, Manuela!" - A olhei e cruzei os braços feito criança
"- Tá grávida?"
"- Não, credo!"
"-Então vem, Dassa" - fez cara de "gato de botas"
Então eu não pude falar não, íamos ficar nessa conversa até o final da noite, por isso, fui na onda da Manu. Pior decisão da noite.
Foram um, dois, três e só Deus sabe quantos shots a mais eu tomei pra' ficar como estava agora
Manu, estava bêbada ao ponto de pedir ao DJ colocar a música que agora iluminava meus ouvidos, a mesma música que cantávamos
