Amor Em Conflito

Capítulo 2

-Chiang Mai. Por que Chiang Mai? Por mais que eu tente, continuo não acreditando que terei que desistir do meu sonho para ir morar com meus "irmãos" há mais de 800 km de Bangkok - já era a décima vez que eu repetia a mesma frase nos últimos vinte minutos enquanto falava com Biuld na chamada de vídeo, já que ele e Apo foram embora quando seu pai chegou a tarde.

- Code, eu já ouvi isso o suficiente nos últimos minutos, eu sei que você está chateado, mas pense que isso pode ser uma oportunidade de conhecer um lugar novo, todos sabemos que Chiang Mai é um lugar lindo, é considerado a segunda capital da Tailândia, e também é onde fica uma das maiores universidades da Tailândia a Chiang Mai University. E além do mais eu sei que você fez sua inscrição lá, só por garantia caso você não passasse na Chulalongkorn e que só faltava fazer a entrevista. Você que é teimoso e não quis ir lá por ser longe demais. - Biuld falava em tom calmo, porém severo.

- Eu sei, eu sei. Meu pai já deixou claro que eu não tenho escolha sobre o assunto. Mas isso continua sendo injusto. E o fato de eu não ter ido lá não quer dizer nada, e o tempo para fazer a entrevista já passou. Vou perde 1 ano da minha vida por conta disso. Nunca pensei que algo assim iria aconte...

Sou interrompido por um grito

- BARCODE, DESÇA AQUI NA SALA POR FAVOR.

- Aaaah, que saco. JÁ VOOU. Biuld, eu te ligo outra hora. Vou lá ver o que ele quer comigo agora.

- Vai com calma, e escuta o que ele tem para te falar, e não discuta com ele, entendeu? Qualquer coisa voce sabe que pode me ligar, e para aquele idiota do meu irmão também, tá.

- Eu sei que posso contar com vocês dois sempre, e isso vale para vocês também. Qualquer coisa estarei sempre aqui. Tchau.

Respiro fundo, levanto da minha cama e desço as escadas como se estivesse indo fazer uma prova muito difícil, com zero motivação para conversas complexas a essa hora, já bastava os acontecimentos de mais cedo quando conversei com ele. Mas parece que o universo não estava conspirando ao meu favor ultimamente. Assim que entro na sala noto que papai não está sozinho ali. Não posso negar a cara de espanto quando vejo que minha futura madrasta está ali, olhando em minha direção com um sorriso afável no rosto como se estivesse muito feliz em me ver pessoalmente.

- Filho, quero lhe apresentar sua futura madrasta - Papai fala com evidente emoção, mas com um pouco de apreensão sobre como eu reagiria a presença dela ali.

- Olá Barcode. É um grande prazer conhecê-lo. Seu pai fala tanto de você. Estava muito ansiosa em conhecê-lo.- Samantha fala empolgada.

- Prazer em conhecê-la.- digo ainda espantado com a presença dela ali. Ela tinha cabelos castanhos escuros, olhos castanhos claros, altura mediana, nem parecia que tinha 12 filhos. Se vestia de maneira confortável, calça jeans e a camiseta branca.
Fico em silêncio esperando um deles falar algo. Papai notando o clima tenso na sala, resolve quebrar o gelo.

-Filho, Sammy veio aqui para jantar conosco e para te conhecer.- Papai fala meio nervoso.

- Eu gostaria de conversar com você a sós, pode ser Barcode?- perguntou Samantha de forma calma.

- Conversar comigo? Conversar sobre o que?- pergunto intrigado.

- Uma conversa franca entre nós dois. Você me ouviria?- pergunta ela, visivelmente nervosa.

- Bom, já que estou aqui não faria mau em te ouvir, não é mesmo?- falo com leve tom de deboche.

- Barcode- meu pai me repreende.

-Nao tem problema querido. Eu já imaginava que seria assim a reação dele. Nos deixe a sós, por favor.

-Tem certeza?- Samantha confirmar que sim - Então tudo bem. Estarei na cozinha fazendo o jantar. E você mocinho, seja educado com ela.- fala me repreendendo novamente.