O Castigo - Intersexual (Parte 2)

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Lauren

Estou numa teleconferência com os acionistas de Boston há meia hora. Preciso encerrar isso e ir para a sala de reuniões. 

- Não, acredito que não devo viajar mais este mês para a subsidiária de Los Angeles. - digo.

- Compreendo que a senhora tenha resolvido o assunto, mas o pessoal por aqui vai ficar mais tranquilo se houver outra confirmação cara a cara. Os figurões não querem mais botar dinheiro sem a certeza absoluta, sabe como é. - Wilson diz, endireitando a gravata de forma repetitiva como se tivesse um tique ou algum tipo de alergia. Ergo a face na direção da porta ao ouvir o seu abrir. Minha esposa entra sem qualquer aviso. Sinalizo para que feche a porta, mas ela nega e continua se aproximando de minha mesa. 

- Tenho uma reunião agora, preciso ir. 

- Só mais uma coisa, serei breve, não posso desligar sem essa informação. - diz ele. 

- Do que se trata? - pergunto diretamente, não conseguindo deixar de ignorar Camila, agora do outro lado da minha mesa. Ergo o olhar quando ela, sem dizer nada, começa a abrir a bolsa e retira um vibrador interno. - Que porra você... - sussurro baixo e ela sorri de forma diabólica. 

- Perdão? Sra. Jauregui? 

- Continue, estou ouvindo. - digo, olhando diretamente para a imagem dele na tela do computador. 

- A planilha de agosto, meus sócios acreditam que os dados não estão batendo. 

- O que especificamente? - questiono, travando o maxilar ao começar a ouvir o som da vibração. Ergo a vista e a vejo erguendo o vestido social vermelho, pressiono os olhos numa expressão reprovadora ao ver que a maluca está sem calcinha. Olho na direção da porta aberta e a repreendo mais ainda com o olhar. Camila leva o brinquedo até a boca e o chupa devagar, umedecendo toda a estrutura numa demonstração que me deixaria de pau duro se eu não estivesse na porra de uma teleconferência e com a porcaria da porta aberta. 

- Que barulho é esse? - Wilson pergunta, fazendo-me praguejar a mulher insana com quem me casei. 

- A sala ao lado está passando por uma reforma. - falo rapidamente e Camila faz o favor de gargalhar. - Sinto muito, Wilson, realmente preciso ir. Mande-me suas dúvidas por e-mail, responderei assim que sair da reunião. - nem espero que ele fale algo de volta, finalizo e saio da mesa. - Tem noção do quanto aquela ligação era importante? - irritada, pergunto para ela, usando até a paciência que não tenho para manter o tom baixo. 

- Ninguém te forçou a desligar, amor. - ela diz, aumentando a velocidade do vibrador em cima do próprio clitóris. Por uns segundos, perco-me na imagem, até que desperto e a puxo para trás do meu corpo ao ouvir a movimentação no corredor. 

- Com licença, todos já estão na sala de reunião, só resta a senhora. - Allyson me avisa. 

- Já estou indo. - digo e ela se vai, apenas encostando a porta. Viro-me e vejo Camila sentada de pernas cruzadas em cima da minha mesa, mexendo no celular como se nada tivesse acontecido. 

- Falei que queria transar hoje cedo. - sem me olhar, ela diz. 

- E eu falei que tinha essa videoconferência logo cedo. - justifico. Ela revira os olhos. - Onde está? 

- Onde está o quê? - ela pergunta, fazendo-se de desentendida. 

- Camila... Onde você colocou a porcaria daquele vibrador? Espero por tudo que há de mais sagrado que esteja dentro da sua bolsa. - digo, realmente irritada pela situação que poderia ter causado um constrangimento gritante aqui dentro. 

God is a Woman - One Shots LÉSBICOSOnde histórias criam vida. Descubra agora