ChristopherA água da chuva caí diretamente sobre meu corpo, é fria mas não me importo nem um pouco com isso, tenho que continuar correndo por essa floresta. Estou correndo atrás de um homem suspeito de sequestrar duas mulheres de familias nobres, se conseguir pegá-lo e o fizer confessar onde elas estão poderei resgata-las hoje mesmo.
O avisto a minha frente correndo tanto quanto eu, acelero o máximo que posso, sinto meu coração palpitar pela adrenalina e a lama que está tão escorregadia que quase me faz cair. O homem se apressa ficando em vantagem, ele corre e fica cada vez mais pequeno a minha vista mas para minha sorte, ele cai, aproveito para alcançá-lo.
- Mantenha suas mão aonde eu possa enxergar, não se mecha e nem tente reagir, eu tenho uma arma e posso atirar se for nescessário. -digo me aproximando do mesmo e o viro de frente para mim, já que o homem estava de costas, ao se virar, sou surpreendido por uma arma que o homem aponta para minha perna, sem pensar aponto minha arma para sua cabeça mas o homem não se intimida e atira, sinto uma imensa dor tomar não só o ferimento mas a perna toda o que quase me faz cair. O homem dá um tapa em minha mão o que faz com que a arma caia, ele se levanta rapidamente e a chuta para longe, sou atingido com um soco no estômago sinto-me desmoronar e caio de barriga para baixo, o homem saca sua arma e atira em minhas costas 1..2. ..3 vezes, grito de dor, sinto minhas costas arderem e queimarem, minha carne se rompe e dói cada vez que respiro, mal consigo respirar.
Sinto que vou desmaiar.- Nãoo. Acordo em um pulo ficando quase sentado na cama, estou totalmente suado e ofegante, olho ao redor do meu quarto. - Calma Christopher, foi apenas um pesadelo, está tudo bem. Digo para mim mesmo enquanto me abraço em uma tentativa de me acalmar, lágrimas escorrem no meu rosto o que me faz me sentir um homem frágil.
Decido me levantar e tomar um banho para me acalmar um pouco, tento mecher minhas pernas mas não consigo, por um segundo me pergunto o por que.
O desespero toma conta de mim mas isso logo passa quando lembro que o pesadelo na verdade era uma lembrança e que agora não consigo mais andar.Não posso evitar que as lágrimas caiam com mais intensidade, elas caem com frequência uma seguida da outra não gosto de chorar porque me faz me sentir frágil mas não há ninguém aqui então deixo que as lágrimas caiam livremente.
Me calmo um pouco e me arrasto para minha cadeira de rodas que estava ao lado da cama, acendo o abajur e vou para o banheiro, antes era difícil fazer qualquer coisa sozinho mas depois de 2 anos as coisas ficaram mais fáceis, claro que ainda tenho minhas dificuldades mas sou muito mais independente e consigo fazer quase tudo sozinho. Nunca gostei de depender de ninguém, o período que precisei foi muito difícil para mim por isso aprendi a me cuidar sozinho e hoje posso dizer que sou um homem independente; volto para o quarto e visto apenas uma cueca, com um pouco de dificuldade mas consigo, deslizo-me pela cama e respiro fundo olhando para o teto.
Toc,toc,toc ( efeitos especiais ).
- Filho posso entrar? - ouço meu pai do outro lado da porta, ele falava com uma voz meio ofegante. - Sim. -ele entra e se senta em minha cama. - Iai garotão. -ele diz dando um tapinha em minha perna e continua a falar. - Eu o ouvi gritar a alguns minutos atrás, me desculpe por ter demorado a vir eu estava meio enganchado se é que me entende. - ele diz dando uma piscadinha. - Eca pai, eu não precisava saber disso. - digo fazendo uma cara de nojo. - ele ri e me diz em seguida. - Como se você não estivesse fazendo algo assim.- ele olha para minha cueca e sorri. - Não é nada disso que você está pensando, eu só estava tomando um banho. - Sei. -ele diz rindo, faz uma pausa e continua. - Mas não foi por isso que vim aqui, vim ver se você está bem. -ele diz com um expressão séria e preocupada. - Está tudo bem agora, eu apenas tive um pesadelo. - Foi sobre o que aconteceu? O acidente? - ele me pergunta deitando-se ao meu lado. - Sim, eu acordei assustado e por isso gritei, tentei me levantar, mecher minhas pernas mas não consegui e então eu me lembrei.. - digo com uma voz falha, segurando o choro. - Tudo bem agora, meu filho, papai está aqui com você. -ele diz me oferecendo um leve sorriso. - Obrigado pai. - Escuta, eu posso ficar aqui com você pelo resto da noite, posso te abraçar como fazia quando era criança. - Não sei não, já sou um homem adulto. - Não importa se já é um adulto, para mim e sua mãe você sempre será o nosso bebê e além do mais eu não irei contar a ninguém sobre isso. - Está bem. - digo vencido, eu posso até negar mas a verdade é que o que mais quero agora é me sentir protegido. - ele sorri e me abraça de conchinha. - Está confortável? - Sim. - fico um pouco envergonhado mas esse sentimento some quando paro de pensar em mim como um adulto e sim como o Christopher criança. - Pai.. faz carinho no meu cabelo? - Claro! Meu pequeno Christopher.
Meu pai sempre foi um marido e pai incrível ele sempre me tratou com muito amor e respeito, minha única queixa é que ele é um homem muito ativo então as vezes o encontro pelos corredores da casa em um momento íntimo com minha mãe o que sempre me deixa constrangido, mas se eu tivesse um relacionamento gostaria que fosse como o dos meus pais dá para ver que os dois se amam como a 30 anos atrás. Eles se tratam com tanto carinho e respeito, fico feliz que eles se dão tão bem.
-Dorme neném que a cuca vem pegar. - meu pai cantarola enquanto acaricia meu cabelo. - Aí já é demais, pai. - digo com uma expressão de vergonha, ele ri. - Dorme meu filho, amanhã será um bom dia, você vai ver! -disse com entusiasmo.
Em alguns minutos meu corpo começou a relaxar, minhas pálpebras a pesar e por fim dormi.
Nota da autora: Oi. Pra quem leu a descrição, eu disse que o Christopher é um homem amargurado e eu não acho que ele pareça alguém amargurado por essa cena com o pai dele, mas acontece que o Christopher ama seus pais na verdade eles são as únicas pessoas a quem o Christopher mostra quem ele realmente é. Bom, espero que tenham gostado do primeiro capítulo desde já quero agradecê-los por estarem aqui e por favor comentem o que acharam.
😘
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O CADEIRANTE GOSTOSÃO
RomanceChristopher Ferucci um homem forte e bonito que se viu obrigado a abandonar sua carreira de detetive após sofrer um acidente que como resultado lhe trouxe a consequência de nunca mais conseguir andar, agora ele segue sua vida trabalhando como ceo na...