Acordo de paz?

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Christopher

Alguns dias se passaram e Verônica quase não me dirigia a palavra, não sei se foi pelo ocorrido daquela noite ou se não me suporta,mas o fato é que ela está me evitando.

-Senhor Christopher, senhor Christopher.- volto a mim quando ouço me chamarem.

-A..a desculpe-me, acabei me distraindo,mas o que estava dizendo?-digo tentando tirar o foco de mim.

- Então o contrato fica assim, nos favorecendo mutualmente.-diz o homem de terno sentado a frente daquela longa mesa.

-Está ótimo.-dou um leve sorriso, o homem se levanta e aperta minha mão de forma confiante.

-Foi um prazer fazer negócios com você, espero que esse contrato nos traga muitos benefícios .-diz.

-Certamente tratá.

Saio da empresa aliviado, finalmente essa parte estava resolvida agora faltavam apenas algumas coisas, espero que possamos voltar na próxima semana.

Estive pensando bastante sobre Verônica e eu, nós começamos de forma errada, talves eu tenha a julgado precipitadamente, nem ao menos me dei uma chance de conhecê-la e já disse que a odiava. Repensei várias vezes e decidi dar uma trégua a nós dois, propor um acordo de paz, talvez algum dia até possamos nos entender. Parte dessa minha escolha foi pelo que aconteceu naquela noite quando ela estava chorando em meus braços eu percebi que talves ela não seja a mulher insensível que pensei que fosse, de todo modo tentar me dar bem com ela é o melhor que posso fazer.

Cheguei ao hotel e fui direto para o quarto a procura de Verônica mas ela não estava lá então fui procurá-la no restaurante e a encontrei sentada em uma mesa bebendo um café, parecia concentrada na leitura do livro que continha nas mãos. Me aproximei e parei a sua frente.

-Podemos conversar?-pergunto.

-Sobre o que?

-Olha Verônica, acho que nós começamos de forma errada, vivermos declarando ódio um ao outro não vai melhorar nada e é por isso que quero me desculpar pela forma que tratei você e quero propô-la um acordo de paz.-digo de forma meio apressada, ela permanece com os olhos no livro.

-Acordo de paz? Não sei se me interessa.

-Vivermos nessa desarmonia não vai nos ajudar em nada.- ela finalmente levanta seu olhar o direcionando a mim.

- Talvez você esteja certo, bom eu aceito mas com uma condição.

-Qual?-pergunto entrigado.

-Quero que vá a praia comigo.

-Ir a praia? Por que?-pergunto.

-Essa cidade tem uma praia maravilhosa, quero ir a ela desde de que chegamos mas não quero ir sozinha.-diz.

-Não vou a praia a muito tempo.-digo lembrando-me da última vez.

-Não acabou de dizer que quer paz entre nós, acho que passarmos um tempo juntos pode nos ajudar, eu estou disposta a isso.

-Não. ..eu não posso fazer isso.

Eu já estive nessa cidade antes, já fui aquela praia e a conheço muito bem, vivi momentos muitos lá e creio que voltar a ela me tratá muitas lembranças dolorosas.

-Eu juro que não lhe entendo, quando eu estou disposta a colaborar você é rude comigo -faz uma pausa, termina o último gole de seu café e recolhe seu livro se levantando -Talvez esse acordo de paz seja uma idiotice -sai em direção ao caixa.

A observo ir, talvez ela tenha razão, talvez eu tenha sido rude ou até mesmo contrário ao acordo que propus, mas voltar para aquela praia é algo muito difícil para mim.

O CADEIRANTE GOSTOSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora