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Já separei até a roupa...
pra você tirar
-tempo feio.


- Uma viagem assim do nada?-pergunto sem acreditar nas palavras de meu pai.

-Sim Chistopher, sei que essa viagem é repentina mas a oportunidade de fechar esse contrato é única e não pode ser perdida. Não quero correr o risco de perdermos esse negócio por falta de disposição.-diz.

- Ok eu compreendo.-digo admitindo que ele tem razão.

- Você embarcará hoje a tarde e chegará após 18hs de vôo, esse tempo que ficará nos Estados Unidos será repleto de reuniões, conferências, eventos, contratos e todas essas burocracias.-diz.

- Será muito cansativo cuidar de tudo isso sozinho.-digo já imaginando todo o trabalho que terei.

- Quanto a isso não se preocupe Verônica irá com você.-diz.

- O quê?!-pergunto surpreso.

- Sei que não gostou da ideia mas já falei com ela e e ela concordou além do mais esse é um direito e dever que ela tem como sócia.-diz.

- Eu não iria me opor em ir com outra pessoa, mas a Verônica. Por que tem que ser justo ela? Fez isso para tentar nos unir não é?-digo irritado.

- Não é isso Christopher, nós já conversamos sobre isso e eu não vou mais dar uma de cupido, eu lhe garanto que se Verônica vai com você é por extrema necessidade.-diz.

- Eu acredito em você e se não tem jeito eu irei com ela.- digo me dando por vencido.

- Obrigado pela compreensão.-diz dando um tapinha em meu ombro.

As horas se passam rapidamente e logo chega a hora da viagem. Meu pai me disse que Verônica e eu nos encontraríamos no aeroporto, então quando o expediente acabou fui para casa fazer as malas e em seguida segui para o aeroporto.
Verônica ainda não chegou, imprevistos acontecem e é normal que as vezes você se atrase mas eu já estou a esperando a mais de uma hora e o vôo está quase saindo, penso em ligar para ela mas lembro-me que não tenho seu número, já inquieto decido procurá-la pelo local a procuro em todos os lugares a por fim paro na entrada do aeroporto.

A avisto com um vestido requintado, uma boina, luvas, e seus quase inseparáveis saltos, ela estava bela, mas parecia triste. Ela vem em minha direção e nesse momento é anunciado o nosso voo então nos direcionamos para os processos para a decolagem e por fim entramos no avião.
Não acredito que ela me fez esperar por todo esse tempo mesmo quando foi avisada de que teria que chegar mais cedo, ela me deixou plantado como um idiota. Eu não entendo as ações dessa mulher, ela parece estar sempre se esforçando para me irritar e sempre consegue. Tenho que deixar bem claro que não admitirei essas provocações até porque por mais que nos odiássemos, temos que deixar isso de lado e sermos profissionais quando se trata de trabalho.

- Lhe pesso que seja mais profissional da próxima vez.-digo em um tom passivo agressivo.

- Me desculpe.-ela murmura de cabeça baixa.

- Por que está se desculpando se é isso mesmo o que queria?-solto uma risada sarcástica não consigo me conter em ser mais grosso.

- Agora não Christopher, eu não estou com humor.-diz massageando sua testa com uma expressão de desconforto.

Verônica parece estar incomodada com algo, talvez seja uma dor de cabeça ,mas não posso deixar que ela se livre por uma dor de cabeça ela precisa entender que não é a dona do mundo.

O CADEIRANTE GOSTOSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora