Capítulo 17.1 - Ember

67 3 2
                                    

O dia seguinte não foi muito diferente do anterior, o ano novo foi divertido, mas conturbado.

Nada mais estava como era antes depois desse bendito Natal.

Já estávamos no caminho para Hogwarts no dia primeiro de janeiro, mas todas nós estávamos meio quietas e desanimadas. Os meninos também decidiram nos acompanhar dessa vez, junto com Hermione e Ginny, que geralmente ficavam em outra cabine.

Harry e Leo foram para a casa dos Black no outro dia, mas não descobriram muita coisa nova, pelo menos nada que nos seja útil. Minha cabeça fervia tentando ter ideias de algum plano e ao mesmo tempo analisar todo mundo.

Mas Scarlett sempre é a que parece mais estranha. Carina sempre estava mal, era difícil ela abrir um sorriso, e isso partia meu coração. Emma se perguntava sobre o que poderia descobrir com o pai, que trabalha no ministério. Harper parece pensativa como eu, e Hermione também. Harry e Leo pareciam tentar analisar o que já tem, mas ao mesmo tempo descontrair. Ron só estava rabugento, mas ele sempre ficava assim com essas coisas. E Ginny parecia levemente assustada.

Só que Scarlett... ela sim parecia mais estranha. Ainda preciso vê-la sozinha antes de tentar descobrir algo.

Saio da cabine para ir ao banheiro, e no meio do corredor, dou de cara com a última pessoa que eu gostaria de ver agora.

Dylan Nott. Puta que pariu, ninguém merece.

— Parece que o seu destino é esbarrar comigo, hein ruivinha — ele diz com um sorriso pretensioso se apoiando na parede olhando diretamente para mim.

Reviro os olhos.

— O destino quer que eu dê um soco na sua cara quando isso acontece — falo e continuo andando.

Mas ele me segue. Que maravilha.

— E por acaso quem disse isso foi você ou o destino?

— Não pode ser os dois? Ou você só é burro e não percebeu que eu não te suporto? — estreito os olhos.

— Se não me suportasse, não estaria falando comigo ainda.

Merda, ele tem razão.

— É melhor ver a sua cara de derrota quando eu acabo com você. Tinha que se olhar no espelho no último jogo — sorrio vitoriosa e saio andando pelo corredor, dessa vez, sem ele.

Nem olho para trás, mas com certeza ele não esperava por essa.

Fala sério, Carina, onde você vê romance nisso?

Claro que se minha vida fosse uma fanfic, poderia até ter química. Mas isso aqui é vida real, e eu tenho coisas mais importantes para resolver...

Espera, eu realmente cogitei que a gente poderia ter química? Estou andando muito com a Carina.

Só porque as vezes eu me pego pensando em como acabar com a raça dele, não quer dizer que eu gosto dele. Mas se eu disser isso pra Carina, ela vai dizer que é porque eu gosto dele ou coisa parecida. Carina, eu te amo, mas você está errada sobre isso.

Depois de ir ao banheiro, tomo o caminho de volta, e a merda do Dylan ainda está lá.

— Você virou minha sombra, foi? — pergunto tentando passar, mas ele ocupava todo o caminho. Malditos braços largos.

— Você saiu andando antes da conversa acabar, achei que gostaria de não ter nenhuma ponta solta — ele sorri maliciosamente de lado.

— Jura? Ponta solta? Não tem nenhuma porra de ponta solta nessa merda, seu filho da puta — Lily Potter me mataria se soubesse que essa frase saiu da minha boca — Você que é um psicopata e me segue como um.

Marotinhas - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora