-HISTÓRIA PAUSADA-
-Estava farta desta vida, toda a minha vida iria se resumir em trabalhar no mercado joja até a minha morte? Mas então eu lembrei da carta de meu querido avô...
Me mudo para sua fazenda, mas não pensei que iria mudar tanto assim.
P...
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(obs: recomendo que escute a musica enquanto está lendo para melhor experiência)
Eu acordei está manhã totalmente debilitada, já que sou inconsequente e não respeitei meus limites enquanto explorava as minas, meus braços estão cheios de curativos e estou com uma faixa em minha cabeça.
Não diria que estou em uma condição boa para trabalhar em minhas lavouras, já estávamos no final da estação e mesmo dois dias após o acontecimento com Shane continuo tendo pesadelos frequentes sobre aquele acontecimento.
Em sua maior parte os pesadelos consistem em eu não chegar a tempo e ver seu corpo no final do desfiladeiro, o sangue ao redor e a visão aterrorizante de Marnie decepcionada comigo, o que mais me chateia nestes pesadelos é Jas.
Seus olhos cheios de vida são uma mera miragem em meus sonhos, eles ficam escuros sem alma e sem vida o pior são seus múrmuros, que só de lembrar deles já sinto calafrios como:
"Por que não correu mais rápido."
"Por que não acompanhou ele até o trabalho?"
"É tudo sua culpa, você não se esforçou o suficiente."
Em retrospecto vejo que os múrmuros de Jas são apenas pensamentos sem sentido de minha mente bagunçada, mas mesmo assim parecem tão reais... principalmente por virem de uma criança tão inocente como Jas.
Afasto estes pensamentos de minha cabeça, já não estou bem fisicamente não pretendo ficar mal mentalmente também.
Enquanto a água fervia escuto duas batidas seguidas na porta, não esperava visitas logo de manhã; seco minhas mãos com um pano e vou em direção a porta à abrindo logo em seguida.
— Ah! Olá Violet.
Shane estava em minha porta, ele parecia cansado, mas estava bem melhor dês da última vez que o vi.
— Shane! Que bom que veio, você quer entrar?
Ele abaixa a cabeça como se estivesse pensando em uma desculpa para não entrar em minha casa, deixo de lado esses pensamentos e abro um espaço para ele passar.
— Entra logo Shane, você já é de casa, estou fazendo café.
Ele finalmente cede e sussurra um "licença" antes de entrar, ele tira suas tradicionais crocs rosas e fica apenas de meia.
Fecho a porta e vou em direção a cozinha o guiando até a mesa, ele se senta e fica encarando a mesa por alguns segundos antes de se pronunciar.
— Ah... cara... Hã... como posso dizer isso?
Ele fica em silêncio por mais um tempo, provavelmente estava tentando achar as palavras certas, neste meio tempo termino o café e preparo duas xícaras e o entrego, o mesmo acena com a cabeça e solta um suspiro que deduzo ser de frustração.
