Primeiro Capítulo

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Olá, olha quem voltou, hihi. Achei os planos dessa fic num rascunho de email de 2020, que usei pra salvar ideias de fics quando troquei de celular, momentos. Pensei, why not? E escrevi a fic inteira hoje, numa sentada. Como tem muitos cortes na história, dividi ela em 9 capitulos curtinhos. Tá completa, vou postar ela toda, confiem kkkkk. Fazia tempo que eu queria escrever uma jikook kids (e mais longa) e essa foi a chance.  Espero que gostem, obrigada por lerem <3



Primeiro Capítulo


Jimin tinha apenas 6 anos, mas era dono de uma curiosidade assombrosa, o que lhe causava alguns problemas às vezes. A começar por aquele, quando estranhou a casa em que vivia com mamãe estar quieta demais.

Moravam em um bairro mais residencial, onde ele ficava um pouco perdido com tantas casinhas parecidas enfileirando a longa rua em que vivia. Mas aprendeu a diferenciar a casinha pelo canteiro de margaridas que mamãe tinha, logo abaixo da janela. As outras casas não tinham um jardim bonito como o de mamãe, e ele ficava orgulhoso de dizer na escolinha que sua casa era a mais bonita entre todas as outras. Também não era muito grande por dentro, por isso tinha que guardar seus brinquedos sempre que terminava de brincar, pois mamãe dizia que ficava bagunçado e isso era ruim. Ele aprendeu que bagunça era algo que ninguém gostava, então decidiu que não gostava dela também.

Mas sempre havia o barulho de mamãe Park cantando na cozinha naquele horário, onde ela estava preparando o jantar para os dois. Titia também estava lá hoje, ela os encontrou no meio do caminho do supermercado, quando foram comprar batatas e verduras para mamãe fazer uma sopa gostosa para ambos. Jimin não gostava muito de verduras, mas a comia para não ver mamãe fazer aquela cara. Ela ficava quase o dia inteiro com ele quando era menor, mas ele ficou grandinho demais, grandinho o suficiente para poder ir para a escolinha e ficar longe da mamãe. Ele odiou tanto aquilo ano passado, mas aceitou porque ela o explicou que todos os adultos trabalhavam. E tinham que trabalhar senão não compravam as coisas. E havia muita coisa mesmo pra ser comprada. Ele ficou confuso ao saber que tudo que tinha havia sido comprado. Mesmo as sopas que mamãe fazia e até a água que caía do chuveiro. Porque os adultos fizeram aquilo, ter que comprar tudo, ainda não entendia. Mas ficava quietinho e aceitava. Era o mundo, como eles diziam.

E naquele momento ele estava em seu quarto, brincando com seus bonecos e pelucias - ele não tinha tantos porque, novamente, tinha que comprar e mamãe dizia que não conseguia comprar tantos -, então demorou um pouco para perceber que estava muito quieto. Mamãe costumava colocar música e ficar cantando enquanto cozinhava, quase todos os dias era assim no jantar. Mas estava quieto, nenhum barulho. Ele largou a pelúcia do Pocoyo e se levantou, indo até a cozinha. Estava com um pouco de medo, porque aquilo era estranho. Mamãe e titia estavam ali, poderia jurar que sim, e ficou quase em pânico ao pensar que elas tinham saído.

Porém viu a sombra de titia perto da porta da cozinha, uma sombra grande que se esticava até o corredor onde ele estava. Mamãe se mexeu um pouco, quase coberta por aquela sombra grande. Elas conversavam baixinho.

Jimin ficou quietinho, tentando escutar o que elas diziam. E quis chorar a cada palavra. 



Para Sempre - jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora