DEZENOVE

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HANNY 📎

Muito louco pensar que dormi com o Victor Hugo.
Agora eu estou na cama olhando ele dormir todo fofinho, como um anjinho eu diria, diferente de ontem.
Levanto da cama e tomo cuidado pra não acordar ele, entro no banheiro fecho a porta e vou escovar, tomo banho em seguida.
Demoro alguns minutos no banho.
Vou até o closet e pego uma roupa pra vestir, infelizmente tenho que ir na faculdade hoje.
PUTA MERDA!
Lembrei que o Victor tem treino agora cedo, melhor eu acordar ele.
Termino de me arrumar e vou acordar o Victor.
Sento na cama ao lado dele.
- Victor - falo um pouco baixo.
Ele vira pro outro lado.
Será que que esse garoto, tá achado que tá em casa?
- Victor, acorda - passo a mão nas costas dele e balanço devagar - acorda garoto, tem treino hoje.
Ele vira e abre o olho devagar.
- Loirinha, que horas são?
Pego meu celular e mostro a hora.
Ele passa a mão no rosto.
- JÁ? - se assusta - caralho, por que tu não me acordou, loirinha?
Ele não falou isso não, né?
- O que é isso que eu tô fazendo agora? - sorri sendo sarcástica.
- Você entendeu, Hanny - fala.
Tão estranho ele me chamar de "Hanny", eu já acostumei com ele me chamando de "loirinha".
No começo eu odiava, agora eu acho tão fofo.
- Que foi? - pergunta.
- Que foi o quê? - falo.
- Tá fazendo biquinho - sorrir- vem cá me beijar.
Vou aproximando dele.
- Sai fora Victor, vai escovar - jogo o travesseiro nele.
- ai loirinha - faz cara feia - isso é agressão, viu?
Faz biquinho.
- Deixa de drama, garoto.
- Vou até ir embora depois dessa - se levanta.
- Calma, você não pode ir agora - levanto e fico na sua frente.
- Por que? - fica sem entender.
- Tem que deixar o Sr. David ir pro CT - falo.
- Nossa - passa a mão no cabelo - caralho, tinha esquecido disso.
- Até eu tinha esquecido - passo a mão no rosto.
Se joga na cama.
Que garoto folgado.
- Então eu tenho que ficar aqui, até ele sair?
- Sim - sorri fraco.

- Não sei se isso é bom ou ruim - rir.
- Talvez um pouquinho dos dois - falo.
-  Imagina se ele viesse aqui agora - rir.
- Ele nunca faz isso, só se eu perder a hora da faculdade.
- Você vai esperar ele sair, né?
- Não sei - sorri fraco - acho que ele vai demorar pra sair.
- Então, você vai agora? - pergunta indignado.
- Não, relaxa garoto - falo.
Sento na cama.
Pego meu celular.
Entro no watts e vejo duas mensagens da Lua.
Falo pra ela não me esperar porque tenho algumas coisas pra resolver, antes de ir pra faculdade.
- Vou ficar aqui olhando pro teto? - Victor pergunta.
Desvio os olhos do celular e olho diretamente pra ele.
- Se você quiser pode ir tomar café com meu pai, com certeza ele vai te receber super bem - sorri sendo sarcástica.
- Isso, se ele não me jogar pela janela - fala.
- Relaxa, o máximo que ele pode fazer é quebrar uma das suas pernas - rio.
- Tô novo pra aposentar - fala - melhor deixar ele sair e não correr nenhum risco.
Começo a rir.
- Tô falando sério, loirinha.
- Não tô falando nada, Victor - largo o celular.
Deito ao lado dele.
- Não recebi nenhum beijo hoje - passa a mão no cabelo.
- Não tá merecendo - falo.
- Tô correndo risco de não jogar mais, e não mereço nem um beijinho? - faz drama.
- Fiquei até com dó agora - falo.
Aproximo dele.
- Vem cá vem - faço voz de bebê.
- Não quero seu beijo de "dó" não - fecha a cara.
Se afasta.
Começo a rir.
- Vem logo, Victor.
- Não.
- Deixa de drama, garoto - reviro os olhos.
- Não é drama - fala.
- Então como se chama isso? - rio.
- Dignidade.
Começamos a rir.
- Você é estranho - falo.
- estranhamente gostoso - sorrir.
- Não mentiu.
Não mentiu mesmo, o Victor é muito gato.
Pega no meu cabelo, ele ama isso, né?
Fica me olhando.
- E agora?
- Agora o quê, Victor?
- Quero meu beijo, loirinha - fala.
- Vem cá - chamo com o dedo.
Chega mais perto.
Ele me dar alguns selinhos antes de iniciarmos um beijo daqueles.
Terminamos o beijo por falta de ar.
- Acho que vou ver se meu pai já foi - falo.
- Ahan - fica olhando pro teto.
Ele pega o celular.
Levanto da cama e caminho até a porta do quarto.
Vejo que tá trancada e pego a chave, quando vou abrir a porta, ouço alguns passos do outro lado.
Meu senhor.
Meu coração começou a acelerar.
Olho pro Victor Hugo e vejo que ele tá na mesma situação que eu.
Ele largou o celular na cama e parece procurar canto pra se esconder.
- Hanny? - fala batendo na porta.
Meu senhor.
O que eu faço agora?
- Pai? É alguma coisa importante? - pergunto.
Olho pro Victor.
- Tô trocando de roupa agora.
- Não, só achei estranho você não ter levantado - fala.
- Perdi a noção do tempo mesmo - rio de desespero.
- Já vou pro CT, viu?
- Tá, pai.
- Te vejo mais tarde, Hanny.
- Até mais tarde, Sr. David.
- Já terminou? - pergunta.
- Terminei?
- De se vestir.
- Claro, já sim.
- Não vai dar um abraço no seu pai? - pergunta.
O Victor tá deitado na cama olhando como quem diz:"Você não tá pensando em abrir a porta comigo aqui, né?"
E agora?
- Vou, claro - falo em sinais pro Victor entrar no banheiro - só tô ajeitando meu cabelo aqui.
O Victor entra correndo pro banheiro e fecha a porta devagar.
- Pronto terminei - abro a porta.
- Não vou falar nada, porque conheço muito bem você - se refere a demora.
Entra e me dar um abraço.
- Até mais tarde, Hanny.
- Até - sorri.
- Não esqueça de ir na loja hoje.
- Não vou esquecer pai, até porque a Bruna vai comigo.
- Verdade - sorrir.
- Você que vai nos levar, né? - pergunto.
- Não, vou ficar com as meninas hoje.
- Que vida boa, Sr. David - rio.
- Ahan - rir - vai comprar a camisa 23 - sorrir.
O sonho dele é me ver com essa camisa do Flamengo, com o número dele, é claro.
- Vou mesmo, tô sendo obrigada - falo.
- Nossa, Hanny - rir.
- Você sabe que eu tô brincando.
- Eu sei - sorrir - tchau, que já tô atrasado.
- Tchau pai - sorri.
- Se cuida - da um beijo na minha testa.
Dou um abraço nele.
Segundos depois ele sai.
Fecho a cara.
- Victor, pode sair - falo.
- Ele já foi pro CT? - pergunta saindo do banheiro.
- Nesse momento, ele deve tá pegando o carro na garagem.
- Nossa - passa a mão no rosto.
Pega o celular em cima da cama.
- Mil mensagens da minha mãe - senta na cama.
- Ela deve tá preocupada, né?
- Muito, não sei nem o que vai acontecer quando eu chegar lá.
- Nossa, desculpa por fazer você passar por isso.
- Não, a culpa não é sua - sorrir - eu quis ficar aqui e essa foi a melhor escolha.
Sorri envergonhada.
Ainda não consigo responder a isso.
- Você respondeu o quê? - mudo de assunto.
- Com minha mãe? - pergunta.
Concordo com a cabeça.
- Falei que dormi na casa do Matheuzinho.
Começa a rir.
Pego meu celular.
Entro no watts.
Lembro que não tenho o contado do Victor, será que eu peço a ele?
Vou pedir.
- Victor?
- Oii loirinha, tô aqui - sorrir.
- Nem percebi - reviro os olhos.
Começa a rir.
- Que foi? - pergunta.
- É que... Eu não tenho seu contato ainda.
- Já ia te pedir - sorrir.
- Anota aí então.
Ele anota o meu número.
- Como você prefere, que salvo seu contato? - pergunta.
- Não sei - dou de ombros.
- Loirinha ou Patricinha? - rir.
- Patricinha, é sério? - reviro os olhos.
- Sim, apelido carinhoso - pega no meu cabelo.
Dou um tapa na mão dele.
- Ai loirinha - resmunga.
- Quer outro? - sorri.
- Não, só esse tá ótimo - sorrir.
Olho pro celular e parece digitar algo.
- Aqui, salvei - fala.
- Não quero nem vê - coloco a mão no rosto.
Vira a tela do celular.
Vejo o contato salvo: "Minha loirinha🥇".
Sentir meu coração bater mais forte.
Sorri.
- Gostou, minha loirinha? - sorrir.
MINNA LOIRINHA?
SENHOR
- Tem como não gostar? - sorri.
- Tem, você odiava esse apelido.
- Agora eu gosto, sabia? - sorri.
- Ahan, eu tô sabendo.
Aproximo dele e dou alguns selinhos.
- Melhor você ir vê se a barra tá limpa - fala.
- Vou fazer isso.
Levanto da cama.
Abro a porta e desço as escadas, vejo que não tem ninguém ali.
Provavelmente a Bruna tá com as meninas no quarto.
Volto pro quarto.
- Não tem ninguém na sala - falo - você já pode ir.
- Até que enfim - fala.
- Nossa, você tava amando minha companhia - rio.
- Queria ficar com você, mas tenho treino hoje e jogo amanhã.
- E eu tenho faculdade agorinha - falo.
Se levanta da cama.
- Nós nos vemos por aí então - fala.
- Até amanhã no jogo, eu acho - falo.
Se aproxima de mim.
- Te vejo lá, torce pelo seu 29 - sorrir.
Calma, como assim?
- Você... Você usa a 29?
- Ahan - fala - por que?
- Esse é meu número - falo - que coincidência maluca.
Fica me olhando.
- Sempre soube que eu era seu número, loirinha - sorrir.
- Não Victor, não consigo falar sério com você - rio.
Começa a rir.
- Tô brincando, eu sei o que você quis dizer.
Pega no meu cabelo.
- Sei que é a 'parada' da camisa que você usava, te ouvi muito bem aquela noite e também sei, que esse número é especial pra você - sorrir.
Me puxa pra um abraço.
- E se não for coincidência?
Solto ele e fico bem próxima da sua boca.
- Como assim, Victor?
- Se for mais que isso? - fala bem próximo da minha boca.
O celular toca.
Ele pega o celular e recusa a ligação.
- Não era algo importante? - pergunto.
- O Matheuzinho enchendo, mandou mensagem falando que já tá todo mundo no CT e agora fica ligando...
- É melhor você ir.
- Também acho.
- Vamos? - pego minha bolsa.
- Calma, vou pegar minhas roupas...
- Não. Eu vou mandar lavar, depois você pega.
Depois de insistir muito, ele deixou as roupas aqui.
descemos as escadas e saímos.
Antes disso eu fui no quarto da Bruna falar com ela e vê as meninas.
O Victor tá pegando o carro, enquanto isso eu chamo um carro no aplicativo.
- Tchau, loirinha - fala.
Vou andando até o carro dele.
- Tchau, Victor.
- Só isso? Nem um beijinho?
Viro e encaro uma mulher que mora aqui na frente, pelo que eu sei, ela é fofoqueira.
Viro de volta.
- Será que ela fala pro David? - pergunta.
- Você tem dúvidas?
- Melhor não arriscar, né?
Começo a rir.
Ele sai do carro e me abraça.
- já que não podemos dar um beijão aqui - sorrir.
Sorri.
Esse abraço já compensou tudo.
- E ela continua olhando - rio.
- Pensava que era só perto de casa, que tinha uma fofoqueira dessa - rir.
- Agora já sabe que não - rio.
Saio do seu abraço.
- Garoto, você já tá atrasado.
- Verdade - passa a mão no rosto - Tchau, minha loirinha.
Me abraça antes de entrar no carro.
- Tchau, Victin.
- Não me chama assim, Hanny.
Começo a rir.
- Mas esse é seu apelido - falo.
Muda a expressão e fica sério.
- Prefere Victin ou Mascote do mengo? - rio - o último que eu falei é fofinho.
- Mascote o quê? - olha assustado - não gostei de nenhum desses.
Começo a rir.
- E o mascote do Flamengo, é o filho do Everton Ribeiro - sorrir.
Lembro que vou conhecer eles no jogo.
- Então eu vou te chamar de, meu 29.
Sorrir
- Gostei desse aí.
- Mesmo se não gostasse ia ser esse - falo.
- Nossa, loirinha - fala no puro deboche.
Meu Uber chega.
- Tenho que ir, tchau.
- Conversamos por mensagem - fala.
Afirmo com a cabeça.
Vejo ele saindo com o carro.
Entro no Uber e ele segue o caminho até a faculdade.
Ainda não consigo acreditar no que aconteceu ontem.
Pensar que no mesmo dia que terminei com o Gabriel, eu tive algo tão intenso com o Victor Hugo e mesmo que tenha sido tão bom, eu acho melhor ir com calma.
Por isso eu falei com o Victor que ainda tá cedo pra falar de nós dois, porque eu não quero machucar os sentimos dele e nem os meus.
Além disso, não dar pra esquecer uma pessoa de uma hora pra outra. Eu odeio admitir isso, mas o Gabriel ainda meche um pouco comigo.
Acho que não dar pra esquecer uma pessoa de uma hora pra outra, mas eu vou esquecer dele.
(...)
Chego na faculdade.
Entro na sala e sento perto da minha amiga, Lua.
- Resolveu suas coisas? - pergunta.
- Ainda não - falo.
- Não tô entendendo nada, Hanny.
- Depois eu te explico.
(...)
Um tempo depois.
Explico pra Lua, tudo que aconteceu ontem, ela ficou em choque com tudo que falei.
Sentamos em um banco que fica perto de uma das salas.
A Lua tá falando o que acha disso tudo, como sempre eu tô ouvindo e rindo de algumas coisas.
Um tempo depois, mudamos o assunto.
Agora ela tá falando do jantar que eu vou ficar de vela pro casal.
No caso, eu vou ficar de vela porque não tem ninguém pra ir comigo.
Que triste.
Tá vendo o que eu faço pra vê um casal feliz?
Viro até vela.
Minutos depois a Lua sai com um amigo dela, que até hoje eu não sei como é o nome, mas enfim.
Fico sentada no mesmo lugar.
Entro no watts e vou responder minha mãe.
Resolvo falar tudo que aconteceu ontem, falo do Gabriel e do Victor Hugo.
Eu não entrei em detalhes na parte do Victor, sei bem o que ela ia falar e não queria ouvir ela fazendo um discurso de uma hora, até porque tenho aula agora.
Saio das mensagem com ela e entro nas minhas conversas com o Vini, mando mensagem e conto o aconteceu ontem, não entro em detalhes. Falo com ele que vou ligar mais tarde e explicar tudo.
Na força do hábito eu entro nas minhas conversas com a Jane, com certeza ela tá dormindo agora e o sinal é um pouco ruim também.
Lembro que não falei pro Gabi, resolvo entrar nas minhas conversas com ele.
Mando mensagem e ele me responde com: "O Matheuzinho falou que você tava na vitrinni ontem, logo depois o Victin chega falando que você terminou com o Gabriel, nossa Hanny, nem ouviu meus conselhos".
Nossa que povo fofoqueiro.
E completou:"Pelo menos agora você tem só um problema pra resolver, e se chama VICTOR HUGO".
Falei que mais tarde conversava sobre isso com ele.
Voltei pra sala.
Coloco meu celular sobre a mesa.
MEU SENHOR
A jane chega hoje aqui no Rio, nossa eu tô tão feliz por isso.
Quero esmagar aquela Maria chuteira, amo tanto aquela garota.
Além disso, tenho que atualizar ela sobre tudo que aconteceu nesses últimos dias, é MUITA coisa.
Mas só vou fazer isso se ela não acabar comigo antes, já que eu tô ajudando o Gabi a fazer a surpresa.
Espero que tudo dê certo e o amor vença no final e que ela não me mate.
- Acorda, garota - Lua fala tocando no meu ombro.
- Nossa, tava tão na cara assim?
- Claro, você tá olhando diretamente pra parede - rir.
- Tanta coisa que... Eu nem tô conseguindo me concentrar.
- Calma, acho melhor você sair um pouco.
- Acho que vou lá fora - falo.
- Quer companhia? - sorrir.
- Melhor se concentrar na aula, volto daqui a pouquinho - sorri.
- Tá, qualquer coisa manda mensagem.
- Tá bom, minha Lulu - sorri.
- Para de me chamar assim, garota - fica séria e logo depois rir.
- Agora que vou te chamar assim - sorri.
- Vai nada - fala.
- Veremos, Lulu - rio.
Levanto da cadeira e saio da sala.
Entro no banheiro.
Fico em frente ao espelho refletindo um pouco, acho que tô precisando de um tempo assim, sabe? Um tempo pra colocar tudo em ordem.
Eu andei pensando e bem que poderia fazer terapia, a minha mãe sempre falou isso comigo e eu não dava muita importância a esse assunto, mas acho que preciso disso agora.
Lavei meu rosto.
(...)
Volto pra sala minutos depois.
Sento na cadeira.
Tô conseguido manter o foco na aula, isso significa que já estou um pouco melhor.

Fiquei sem idéia nesse capítulo e saiu assim, vou tentar melhorar na parte do Victor Hugo.
(Espero que vocês estejam gostando dessa fic, lembrando que é a primeira que escrevo)

Beijos👋


𝑨 𝒇𝒊𝒍𝒉𝒂 𝒅𝒐 𝑫𝒂𝒗𝒊𝒅 𝑳𝒖𝒊𝒛 | 𝑽𝒊𝒄𝒕𝒐𝒓 𝑯𝒖𝒈𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora