VINTE E NOVE

239 17 5
                                    

HANNY📎

Espero que a Jane já esteja pronta. Já são quase onze da noite e estou ligando pra Jane. Ela combinou de ir comigo pra resenha na casa do Marinho, e até agora não apareceu aqui.
Depois de alguns minutos insistindo ela atende. Acho bom que ela já esteja a caminho daqui, e é exatamente onde ela está, no carro com o Gabi, vindo pra cá.
Aproveito pra tirar umas fotos enquanto espero eles.
Não demora muito pra os dois chegarem.
- Meu casalzinho tá tão lindo - falo entrando no carro.
- Você que tá lindíssima, amiga.
- Tô gatão, né? - Gabi diz - você também tá gata. O Victin vai ficar doido - diz rindo.
Jogo meu cabelo.
- Desse jeito minha auto-estima vai lá no alto - rio.
- A verdade amiga, aceita - Jane fala.
O Gabi liga o carro, e saímos dali direto pra casa do Marinho.
- Chegamos - Gabi fala.
- Até que não demorou.
- Também acho - diz Jane.
- Pra vocês que ficaram fofocando esse tempo todo - Gabi fala rindo.
- Tínhamos que colocar a fofoca em dia, ué - digo saindo do carro.
- E você bem que tava gostando, Gabriel - Jane fala - maior fofoqueiro - rir.
- Maria fifi - tiro onda.
- Vocês duas superam na fofoca - diz.
- Não mesmo, Gabriel - Jane fala.
- Se a Janinha tá falando - debocho.
F

icamos nessa até entrar. Isso aqui tá muito louco, entrei agora e já estão me oferecendo bebida, sem falar que a metade aqui já estão alteradinhos. O Marinho já está se achando o dançarino, e as músicas que ele está dançando são as "melhores".
Misericórdia senhor
- Vamo ali falar com o Marinho - diz Gabi.
- Vem com a gente - Jane fala.
- Não, vou ficar aqui mesmo.
- Ok. Qualquer coisa tamo ali - Gabi fala.
- Amiga, cadê o Victor? - Jane pergunta antes de sair.
- Não sei, vou ligar pra vê onde ele está.
Incrível que antes dela fazer essa pergunta, eu já estava me perguntando isso.
- Ihhh - como sempre, Gabi brinca com a situação - vai rolar, DR.
- Vai nada - Jane fala entre risos.
- Não vai mesmo - digo séria.
De uma hora pra outra bateu uma preocupação. Combinamos de nos encontrar aqui, e ele disse que viria mais cedo.
- Any? Estamos indo lá - Jane diz.
- Se o Victor não aparecer estamos ali - o filha da mãe fala.
- Pelo amor, Gabriel - Jane bate no ombro dele - não sabe calar essa boca? - olha séria.
- Não tem nada, ele só tá zuando - digo.
- É, talvez não - rir.
- Gabriel Barbosa.
O santinho abre os braços em forma de redenção. Ainda bem que essa situação toda tá me fazendo rir, e não o contrário.
Eles saíram. Eu fui pegar uma bebida, e procurar um lugar mais tranquilo, sem muito barulho, já que vou ligar pro Victor.
Pego minha bebida em cima de uma das mesas. Entro por uma porta e logo me dou conta que estou na conzinha, e pior que aqui está muito barulhento. Saio pelas portas do fundo, aqui está mais tranquilo e da pra ligar.
Vejo que tem uma piscina enorme, e algumas cadeiras espalhadas. Sento em uma das cadeiras, enfim ligo pro Victor.
Foram três tentativas sem sucesso, já na quarta eu ligação ele atendeu. Nessa hora eu já estava imaginando muitas coisas, e nenhuma delas eram boas.
Ele atendeu. Disse que estava esperando um amigo dele, que demorou meia hora pra se arrumar, e demorou mais meia hora pra chegar na casa dele. Agora os dois já estão a caminho daqui.
Fiquei aliviada com isso.
Quando ele atendeu a Júlia ficou enchendo a paciência dele até ela conversar comigo, depois ele passou o celular pra ela e nós duas conversamos. A Juh é muito fofa.
Estava olhando pra piscina pensando no meu jantar com o Victor, levo um baita susto quando ouço uma voz atrás de mim. A pessoa se aproxima, enquanto isso eu estava paralisada tentando adivinhar quem era. Ouço a voz outra vez, parece que eu conheço de algum lugar. Ouço os passos, e dessa vez "ele" fala meu nome. Uma voz masculino um pouco familiar.
Resolvo olhar, e fico surpresa em vê de quem se tratava.
- O que tá fazendo tão sozinha? - pergunta.
- Estava pensando... Na vida - digo.
- Você vem pra uma resenha pra pensar na vida? - sorrir.
- Não exatamente - falo.
- Sei.
- E o que você tá fazendo aqui? - pergunto.
- Vim respirar um pouco - diz - aí deparei com você sentada na beira da piscina. Fiquei preocupado - rir.
Começo a rir.
- Estou parecendo a antisocial, né? - falo.
- Um pouquinho - sorrir.
- Fala a real - digo.
- Não posso falar muita coisa, porque também sou assim às vezes. Só quero ficar no meu canto, sabe?
- Te entendo bem.
Sorrir fraco.
Levanto da cadeira.
- Vou lá - falo "apontando" pra dentro da casa.
Quando vou caminhando ele chama meu nome. Paro de caminhar e olho pra trás.
- Que foi, Andrey? - falo com pressa.
- Podemos conversar? - ele pergunta se aproximando.
Quando ele disse isso não lembrei de outra coisa senão do que aconteceu aquele dia que ele me levou em casa. Ficamos bem no dia do aniversário do Victor, e pra piorar tudo descobri que os dois são "melhores amigos", só estão afastados.
Sei que vacilei com o Victor, mesmo naquelas circunstâncias todas que aconteceu.
- Hanny? - diz - se você não quiser conversar, pode falar...
- Não, eu quero conversar com você - digo.
Queria dizer não, mas disse sim.
Quero colocar um ponto final nessa "história" que talvez exista na cabeça dele.
Ficamos ali mesmo perto da piscina.
- Posso começar... Eu tenho que deixar claro algumas coisas - falo.
- Claro que pode, pode falar.
Enrolei um pouco até começar a falar o que realmente importava ali naquela conversa.
- Espero que você não me leve a mau - falo antes de começar.
Depois que terminei de falar tudo que queria, ele começou falar algumas coisas. Ele disse que gostou muito de mim, e quer muito ser meu amigo. O Andrey é muito legal, mesmo depois de tudo isso ainda quer ser meu amigo.
- Amigos então? - sorrir.
- Sim, claro - digo.
Lembro que falei TUDO, só esqueci de citar o nome do Victor Hugo.
Se aproxima e me abraça, retribui.
- Saiba que agora você tem um amigo, viu? Tampinha de refri.
- Você também pode contar comigo. E não me chama assim, por favor - me afasto dele. Sorri.
- Ok. Frasquinho de Dipirona.
- Vou fingir que não ouvi - falo.
- Não leva a sério, não.
Começamos a rir.
Somos estranhos, cara.
- Posso fazer uma pergunta...
- Pode sim, quer dizer... Depende da pergunta - falo.
- Relaxa, é suave - sorrir.
- Então pode perguntar.
- Quem é que você tá ficando/namorando?
Já esperava essa pergunta.
- Então... É com o Victor Hugo.
Ele ficou surpreso com minha resposta.
- Por quê você não falou aquele dia? - pergunta.
- Uma longa história...
Contei por metade o que aconteceu naquele dia. Ele foi super compreensivo comigo. Depois nos "despedimos", sair na frente pra que ninguém nos visse juntos e pensasse besteira. Quando chego na cozinha dou de cara com o Matheuzinho.
- Hanny - sorrir.
- Eae Math - falo.
- Cadê o 'homi? - se refere ao Victor.
- Ele está a caminho daqui - falo.
- E você tá sozinha aqui? - pergunta.
- Não, eu vim com a Jane e o Gabi - digo.
Nessa hora o Andrey passa pela cozinha, e certamente o Matheuzinho sacou que nós dois estávamos juntos lá fora. Pela cara que ele tá fazendo, ele percebeu tudo.
- Hanny... Hanny - começa a rir.
- Que foi? - tento desfaçar.
- Você ainda pergunta? - sorrir.
- Tá viajando Matheus? - falo.
- Não sei - faz uma expressão engraçada.
- É... Vou voltar pra lá - digo e saio.
Não quero que o Matheuzinho fale isso com o Victor Hugo, já resolvi o que tinha que resolver, e ficar nessa não vai ser legal.
Falando no Victor... Cadê ele que não chegou até agora?
Tô ficando preocupada.
- Vem aqui menina - Jane sai me puxando.
- Jane, você bebeu? - pergunto enquanto a Jane me arrasta pra um lugar que ela ainda não falou onde é.
Com certeza a Jane bebeu, conheço essa carinha de beba de longe.
- Um pouquinho, tá tão na cara assim? - me olha.
- Ainda pergunta, amor? - rio.
- Aqui - fala entrando no banheiro.
- Vou esperar aqui - pego o celular.
- Não, entra aqui - me puxa.
- Agressividade - rio.
- Um cuidado diferenciado - sorrir.
Começo a reparar no lugar onde estou, que banheiro chique, aliás a casa "toda". Por onde passei dei uma observada legal.
Começo a conversar com a Jane, e conto pra ela o que acabou de acontecer.
Depois voltamos pro mesmo lugar onde estávamos. Comecei dançar junto com todo mundo, e até que estou conseguindo dançar funk. Um milagre.
Reparei que o Andrey não para de olhar na minha direção, será o que ele quer?
Pra piorar tudo o Mateuzinho tá junto com ele...
E cadê o Victor Hugo que não chega?
SENHOR
Resolvo pegar mais um drink.
Volto a dançar como se não houvesse amanhã.



A pergunta é:
cadê o Victor Hugo?🤷‍♀️😂

(Aperta na estrelinha)


Próximo é na visão dele😗

Beijos👋

𝑨 𝒇𝒊𝒍𝒉𝒂 𝒅𝒐 𝑫𝒂𝒗𝒊𝒅 𝑳𝒖𝒊𝒛 | 𝑽𝒊𝒄𝒕𝒐𝒓 𝑯𝒖𝒈𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora