VINTE E SETE

233 16 15
                                    

HANNY📎

Enquanto fazia o café, o Victor continuava dormindo, acho que ele nem me viu levantar.
Depois de um tempo vou ao seu quarto, ouço o barulho do chuveiro isso significa que ele tá tomando banho. Volto pra cozinha e termino de colocar a mesa, nunca fui boa na cozinha mais sei fazer algumas coisinhas.
Antes de ir chamar o Victor, eu pego meu celular e respondo meu pai, ele acha que eu estou na casa do Gabi com a Jane. Vejo outras mensagens, inclusive do Vini que viu a foto no meu close friends e agora tá surtando aqui, ele disse que somos muito fofos juntos.
Vou ter que concordar com ele.
Ouço alguns passos atrás de mim.
- Bom dia, minha loirinha - o Victor me abraça por trás.
Me arrepiei toda.
- Bom dia, mascote - viro ficando de frente com o Victor, dou um beijo em seus lábios.
Entrelaço as mãos em volta do seu pescoço, ele me abraça fazendo sair do chão.
- Muito linda - fala enquanto me encara.
- Você sabe que eu não sei como reagir, né? - sorri.
- Sei, e não precisa reagir é só concordar comigo.
- Fico sem jeito.
- Já te disse que não precisa ter vergonha, e eu sei que você tá com vergonha bem agora - rir - tá toda vermelha.
- Só preciso de um tempo pra essa vergonha sair totalmente - rio.
- Você precisa de um tempo ou só de algumas doses de Wiskey - rir.
- Seu idiota - empurro ele que começa a rir da minha cara.
- Eu tô mentindo, loirinha? - me encara com um sorriso no rosto.
- Não, mas precisa jogar na cara assim?
- Preciso responder?
- Não Victor, melhor não - rio.
Começa a rir.
Se aproxima, ele me abraça dando alguns apertos na minha cintura, isso me fez lembrar a noite que tivemos ontem.
Limpo a garganta.
- Você não tá com fome? Precisa provar o café que fiz.
- Não acredito, você fez café? - solta do meu abraço e me encara.
- Claro Victor.
- Tenho que provar - começa a rir.
- Fiz uma coisa simples mas acho que da pra comer.
- O que não mata engorda - fala.
- Nem sempre - rio - mas o que você quer dizer com isso, Victor Hugo?
- An? - se faz de desentendido.
- Você quer dizer que eu não sei fazer um simples café da manhã? - Fico séria.
- Não, eu não disse isso - fala.
- Mas quis dizer que eu sei - falo.
- Calma loirinha, só tava brincando com você.
- Ahan, da próxima vez eu não faço mais nada.
- Vamo tomar café? - se aproxima e me dá um selinho.
No meio de uma "discussão" ele consegue tirar meu foco, esse é o Victor Hugo.
Caminhos até a conzina, sento em uma das cadeiras e ele se senta ao meu lado.
Ele coloca um pouco de café na xícara, faço o mesmo colocando o café em um dos copos.
Ele leva a xícara até a boca e parece ter gostado do café.
- Tá muito bom, foi você mesmo que fez? - sorrir.
- Cuidado se não eu enfio essa xícara com tudo na sua boca.
- Queria outra coisa na minha boca.
Pra quê ele foi falar isso?
Comecei a engasgar.
- Você tá bem? - fala batendo nas minhas costas.
- Ahan... Tô melhor - começo a rir.
- Desculpa, sério mesmo - rir.
Tento me recuperar.
- A intenção não era fazer engasgar, era fazer você rir - brinca.
- Não tem nada... É só que eu... deixa pra lá, toma seu café - me enrolo nas palavras.
- Sabe o que eu queria na minha boca? - fala com um sorrisinho.
- Victor, se eu me engasgar denovo...
- Queria isso aqui ó - pega um dos bolinhos que eu fiz.
- Que susto - coloco a mão sobre o peito.
Começa a rir.
- Imaginou o quê?
- Não queira saber - falo.
Continuamos tomando o café e conversando sobre coisas aleatórias, entre essas conversas o Victor falou do Andrey.
- Vocês estavam tão próximos aquele dia - fala.
- Você tava com ciúmes Victor? - questiono.
- E tem algum motivo pra isso? - me olha.
Se ele soubesse...
- Nã... Não.
- Hum.
Queria falar de uma vez o que aconteceu naquele dia, mas não sei como o Victor vai reagir, também sei que é errado esconder isso dele ainda mas que o Andrey e ele são amigos.
Enfim, vou contar pro Victor mas não vai ser hoje, e muito menos agora.
- Vocês são amigos a muito tempo?
- Ahan, somos amigos desde que eu jogava em outro clube junto com ele, aí depois nos afastamos um pouco - come um pedaço do bolinho.
- Não sabia disso.
- Pois é.
Meu celular começou a tocar.
- Não vai vê quem é?
- Deve ser meu pai - pego o celular.
- É ele? - pergunta.
- Não, é o Vinícius.
- Algum amigo seu? - pergunta sem expressão nenhuma no rosto.
- É, vou atender.
Acho que ele não sabe que sou amiga do Vini.
- Vou tiando a mesa - fala, já terminamos de tomar café.
- Ok.
Saio da cozinha, vou até a sala, me sento no sofá e atendo o Vini.

𝑨 𝒇𝒊𝒍𝒉𝒂 𝒅𝒐 𝑫𝒂𝒗𝒊𝒅 𝑳𝒖𝒊𝒛 | 𝑽𝒊𝒄𝒕𝒐𝒓 𝑯𝒖𝒈𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora