Namor

presentes

𓆙

Namor estava começando a notar essa coisa estranha em você, não importa onde ele estivesse ou o que estivesse fazendo, se você passasse por ele pararia e daria a ele uma pequena pedra com um enorme sorriso no rosto.

Tudo começou no momento em que você foi encarregado de ajudá-lo a pegar algumas coisas do barco que estava afundando perto de sua cidade. Namor estava esperando por você nas fronteiras, com as mãos nas costas enquanto seus olhos fitavam a calmaria das águas quando ouviu você cantarolando uma melodia suave enquanto se aproximava. Ele se virou e observou você lutar com pelo menos dez sacolas nos braços. Quando ele disse que precisava que você trouxesse algumas sacolas para carregar as coisas, ele estava imaginando que você traria duas, não dez. Ele não pôde deixar de sorrir com sua determinação.

-K'eeban tumen k'uchul chúunk'iin!- (Desculpe por estar atrasado!). Você rapidamente nadou para o lado dele, seus olhos observando curiosamente enquanto você tentava suprimir sua respiração difícil. -Utia'al u completamente honesto, k'uchen tu k'iinili' ba'ale' in distraje.- (Para ser completamente honesto, cheguei na hora, mas me distraí). Você sorriu descaradamente. -Ya'ab in wu'uyik K'uk'ulkan.- (Eu realmente sinto muito).

-Português.- Ele te chamou a atenção mais uma vez e teve que morder a língua para reprimir o riso quando você bufou. -Você me pediu para ensiná-lo e eu estou fazendo isso.

-Português estúpido.- Você murmurou baixinho. Suas mãos ajustaram rapidamente as bolsas em seu ombro. -Podemos simplesmente ir?- Sua mão apontou para as águas. -Eu não quero estar lá quando está escuro, os tubarões sempre tentam morder.

Namor estendeu a mão para que você pudesse lhe dar algumas sacolas, mas você as segurou mais perto de você.

-Deixe-me ajudá-lo, e os tubarões não mordem se você não os incomodar.- Ele conseguiu tirar algumas sacolas de você, ajeitando-as no ombro e começou a nadar.

Você engasgou com suas palavras e suas ações. -Os tubarões mordem! Um me mordeu há alguns dias na perna, tenho uma cicatriz para provar... você até viu, e disse que era incrível.

-Essas palavras nunca saíram da minha boca.- Namor estava sorrindo com seu acesso de raiva, mas conseguiu disfarçar, pois seu rosto nunca saía das águas.

-Hum, sim, você disse.- Você conseguiu alcançá-lo, nadando ao seu lado. Você notou o sorriso dele. -O que estamos coletando?

-Tudo o que acharmos útil.- Ele afirmou quando parou, você seguiu o exemplo. -Vou verificar se há ameaças, fique aqui.- Namor não esperou pela sua resposta e saiu nadando rapidamente, deixando você lá com todas as sacolas mais uma vez.

Você bufou, mas decidiu ouvi-lo, seus olhos olhando para tudo que o cercava, havia alguns peixes lá, felizmente não havia tubarões, os corais pareciam brilhantes e a areia convidativa demais para ficar ali. Mas então você viu, era brilhante e de uma linda cor turquesa, você rapidamente tentou encontrar Namor mas ele ainda estava longe, você mordeu o lábio em concentração e decidiu apenas ir em frente.

Suas mãos rapidamente agarraram o objeto minúsculo e brilhante, seu polegar limpando cuidadosamente qualquer sobra de areia, seus olhos se arregalando antes de colocá-lo rapidamente dentro de uma das sacolas e nadar para onde Namor estava chamando você.

Como seria de esperar, a lembrança das coisas daquele barco era completamente desinteressante, seus olhos muitas vezes se desviando para Namor, você admitiu que ele parecia muito bem, completamente concentrado nesta atividade. Quando ele estava completamente seguro de que não havia mais nada para salvar, ele acenou para você e ambos saíram.