Capítulo 8

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Win esta deitado em sua cama, quando olha mais uma vez para o livro em suas mãos e suspira frustrado fechando o objeto com força, já fazia três dias que nenhum dos Theerapanyakun ia para escola e embora Melody o tivesse mandado mensagem perguntando como ele estava e avisando que estava bem algo no garoto não conseguia parar de pensar na última vez que vira Venice Theerapanyakun, o calourou odiava velocidade e mesmo que o mais velho fosse experiente ver ele subir naquela moto em um estado evidentemente transtornado com algo trouxe pensamentos e lembranças que ele preferia evitar.

-Irmãozinho, o que está fazendo acordado? Indaga Lyn entrando no quarto do jovem - Amanhã é sexta-feira, mas ainda tem aula.

-Lyn, você ainda pensa... no acidente? Indaga o garoto hesitante. A irmã se aproxima da cama e deita na mesma, o caçula repousa a cabeça em seu colo em um pedido silencioso que logo é atendido quando sente uma carícia nos cabelos.

-Todos os dias Win, todos os dias eu lembro de chegar em casa do colégio e sentir o perfume de flores da mamãe ou da risada do papai. Ela oferece um sorriso nostálgico - Ele tinha a melhor risada do mundo, lembra? Sentia vontade de rir só de ouvir a risada dele.

-As vezes eu não me lembro muito bem, mas então vejo os vídeos e as fotos e parece que eles nunca foram. Ele fecha os olhos sentindo o afago da irmã - Sabe Lyn eu não lembro se disse que os amava naquele dia, lembro que comi panquecas no café, que pedi para mamãe trazer torta de morango quando ela e papai voltassem da consulta e que fui até a casa de Akk brincar, mas não lembro se eu disse "Eu te amo" a eles.

-Eles sabiam pequeno. A mulher beija o topo da cabeça do outro - Eles te amavam também.

O garoto se mexe desconfortável na cama.

-Por que esses pensamentos tão derrepentes agora ?

-Nada Lyn. Fala numa voz baixa que a mais velha já entendia como a voz de "Não quero explicar".

A jovem professora dá um último olhar no irmão e se levanta.

-Descansa pequeno, amanhã é um novo dia.

No silêncio do quarto o rapaz desejou internamente ver com seus olhos os olhos negros que mesmo o intimidando lhe causavam grande inquietação.

-Está lendo o que ? Questiona Vegas observando a distração do filho enquanto tomam café da manhã.

-Blake. Responde Paris mostrando a capa do livro ao pai -Um colega me recomendou.

-Meu Deus tão cedo e você já está com um livro na mão. Comenta Venice entrando na cozinha olhando os dois à mesa.

-E quando eu vou te ver com um livro moleque ? Implica Vegas.

-Eu tenho as luvas de boxe que o paa me deu. Responde o de cabelos longos abraçando Pete por trás -Para que então eu estaria lendo poesia tão cedo?

Pete bagunça o cabelo de Venice e o garoto se senta ao lado do irmão, a visão familiar fazia o ex-guarda costas sorrir, Venice podia se parecer fisicamente com Vegas e gostar de velocidade como o mesmo, mas gostava de lutar como ele e com ele, um momento pai e filho que apreciava muito. Enquanto Paris mesmo sendo mais parecido consigo e tendo uma personalidade mais contida desfrutava dos mesmos hobbies do marido.

-Paa você sabe que horas tio Khun chega domingo? Pergunta Paris.

-Tankhun deve chegar para o almoço e ele disse que tem uma surpresa. Sorri Pete em direção ao companheiro.

-Fear. Venice e Vegas dizem em uníssono fazendo os outros dois rirem.

-Vamos Ven. O caçula guarda o livro e se levanta, sendo prontamente seguido pelo outro.

Theerapanyakul : Next GenerationOnde histórias criam vida. Descubra agora