Capítulo 20

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Pov Callie.

Eu havia literalmente acabado de sair de cirurgia, foram 6 longas horas e eu não vai a hora de ir para casa descansar.

Minha paciente tinha acabado de completar 5 anos, e eu tinha a sensação de já ter visto a mesma em algum lugar, eu só não lembrava aonde.

Pedi para me manterem informada sobre ela, já que os pais haviam falecido em um acidente de carro e os avós estavam em um asilo.

Arizona provavelmente já estava em casa, sofia já deveria estar dormindo e eu ainda estava no hospital, vagando como se esperasse algum notícia sobre as crianças.

Passei a procurar a Bailey, lembrei que a mesma havia dito que iria procurar mais a fundo sobre eles.

Acabei passando por uma das salas da pediatria e encontrei Arizona alí, com o bebê dormindo em seu colo. O menino aparentava ted uns 2 anos, tinha o cabelo castanho claro, quase um loiro, igual ao da menininha da cirurgia.

- Você viu a Bailey?- perguntei baixo, já que o mesmo dormia.- Achei que já estivesse em casa.

- Eu ia, mas quando ouvi a Bailey dizer que os avós deles não viriam por estarem acamados em um asilo, eu resolvi ficar com ele até a irmã sair da cirurgia.- contou.

- O que mais sabe sobre?

- Os pais morreram a uns meses, acidente de carro, quando foram em um viagem de férias para NY, eles estavam em um orfanato lá e vieram quando souberam dos avós, mas como os mesmos estão debilitados eles ficaram em um orfanato aqui em Seattle.

- Caramba.- eu disse, fazendo um leve carinho no bebê e o medindo com os olhos até chegar em um ursinho.

- Lembra que o Mark deu um desse para a Sofia?- perguntou dando uma risada e eu acabei gargalhando.

- Pode ser muito irônica, mas esse ursinho era o da Sofia.- falei e ela me olhou.- antes de eu vir de vez pra cá eu dei uns brinquedos da Sofia para um orfanato em NY, e ele estava chorando muito quando eu cheguei lá e acabei dando pois era o único brinquedo que acalmava a Sofia.

- É ele mesmo?

- Sim, eu reconheci a irmã de algum lugar, mas não lembrava de onde.- expliquei.- E soube o que aconteceu com eles?

- Bailey disse que eles estavam em um parque quando uma árvore caiu em cima dela.- falou e eu arregalei os olhos.- Com ele foi só uns arranhões, mas com ela foi mais grave.

- Ela está bem, já deve estar no quarto.

Pov Arizona.

Como eu podia somente fazer coisas básicas, bailey mandou eu examinar o menino que alí estava, mas o mesmo não parava de chorar.

Depois de fazer os curativos, eu o peguei no colo e o acalmei.

Acabei sorrindo quando olhei para o ursinho que estava com ele, com a Sofia acontecia a mesma coisa.

Eu fiquei o tempo todo alí, eu sabia que ele estava cansado e sabia que se eu saísse ele acordaria.

Quando eu pensei em ligar para alguém e pedir para quando a irmã fosse pro quarto me avisar Callie chegou e nós ficamos conversando.

Eu subi com ela até o quarto onde a menina estava, e bailey já estava lá com a assistente social.

- Quanto tempo acha que ela vai ter que ficar aqui, Dr Torres?- Bailey a olhou.

- Não menos que dois meses, ela é muito novinha e não vai saber se cuidar sozinha.- explicou.

- E ele?- perguntei.

- Vai para um abrigo.- a assistente social falou.- até a irmã estar melhor e ir também.

Encolhi os ombros e entreguei o menino contra a minha vontade a ela.

Callie pediu para avisar caso algo aconteça com a menina a chamarem.

Seguimos para a casa em pleno silêncio, Callie seguiu o caminho todo fazendo um carinho na minha mão.

- Amor.- ela me chamou assim que parou o carro e eu a olhei.- Você se apegou no Ethan, não foi?

Eu segurei minhas lágrimas, eu não queria admitir aquilo, mas a morena me conhece bem o suficiente para negar aquilo.

- Ei, tudo bem! Essas coisas acontecem.- ela falou alisando minha mão.- O alex mesmo já se apegou a um paciente, a Teddy, a Izzie.

- Quem é izzie?- perguntei fazendo cara de confusão.- A ex do Alex?

- Sim, ela. Você não vai ser a primeira e nem vai ser a última, principalmente com criança e as histórias que eles tem.

- A gente pode ir tomar banho e deitar de conchinha?- fiz beicinho e ela afirmou.

Quando eu tomava banho a morena fez um sanduíche para nós duas, comemos e depois deitamos.

O abraço dela me acalmou, toda angústia que eu sentia foi saíndo e foi aí que eu vi que, sem ela eu provavelmente estaria me revirando na cama, igual eu fazia antes, eu não teria a minha paz e nem a minha calmaria.

Callie era isso para mim, e eu amava ter ela alí.

Hold back the river Onde histórias criam vida. Descubra agora