Capítulo 19

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Pov Arizona.

Acho que esse dia foi um dos momentos onde eu mais me senti amada e protegida na minha vida, estavam todos os meus amigos alí, meus pais também estavam e ainda por cima a mulher que eu mais amava com a nossa filha.

Mesmo eu vendo pela cara da Callie que ela não estava confortável com essa situação.

- O que você acha de eu deixar esse vinho que a Carina deu pra gente comemorar amanhã depois que a Sofia dormir?- perguntei baixo para a morena que estava ao meu lado.

- O vinho que a sua ex te deu?- perguntou sarcástica.

- Ela é uma amiga, Calliope.- dei de ombros.

- Pelo jeito a Maya também está de plantão, não é, Carina?- Bailey perguntou.

- Sim, todos eles estão com o mesmo plantão.- Carina disse. 

- E eu achando que iria conhecer sua namorada hoje.- eu disse e Callie me olhou sem graça.

Vi minha mãe e Meredith rirem da cara que Callie fez.

O jantar seguiu tranquilo, era assunto que não acabava mais, fora que todos estavam bebendo.

Já era tarde da noite quando um por um foi chamando um táxi para ir embora, Callie havia subido para por nossa filha na cama e meus pais já haviam ido deitar.

- Você quer me dizer alguma coisa?- perguntei ao me certificar que havia trancado a porta da sala, quando ouvi ela chegar alí.

- Eu?- perguntou indo até a cozinha e eu a segui.- Quer vinho?

- Eu estou falando sério, Calliope.- cruzei os braços.

- Eu estava com ciúmes, ok? Não consegui controlar, já não bastava as cestas das internas, agora é vinho da ex's.- Ela suspirou.- Eu sei que não temos nada, mas pra mim é difícil de controlar quando algo me incomoda.

- Não temos nada?- perguntei, arqueando as sobrancelhas.- Você tem ficado com alguém além de mim?

- Temos?- perguntou me olhando.- Nós transamos e foi bom.. muito bom, por sinal.- fez uma cara pensativa e acabou sorrindo.- Mas não falamos nada sobre, então eu achei que tivesse sido só sexo pra você.

- Você não respondeu a minha pergunta.- eu disse, cruzando os braços.- Se você estiver com aquela interna, eu vou pedir, por fav..

- Eu não estou com ninguém além de você, Arizona.- ela disse, vindo até mim.- Eu quero que entenda uma coisa, eu amo você, e nunca mais quero ter algo com outra que não seja você.

Ela disse com a mão nos meus ombros e eu a beijei.

- Então, o que temos? Um namoro?- perguntei.

- O que você quer que a gente tenha?- perguntou.- Eu quero tudo que você quiser.

- Então eu quero propor um brinde.- falei saindo de perto da mesma e pegando duas taças de vinho.- Um brinde a um novo recomeço nosso, ao nosso namoro, a nossa família.

Falei e ela pegou a taça de minha mão e estendeu a mão.

- Um brinde a sua cura, um brinde a mulher forte que você é.

Meus pais foram embora no dia seguinte, ficando somente eu, Callie e Sofia em casa. Como a quimio já havia acabado, eu poderia voltar a trabalhar, começando devagar, mas poderia.

Bailey havia me liberado só para cirurgias pequenas, coisas que não me deixassem cansada, mas eu sentia era falta de uma adrenalina.

Callie havia me chamado em seu antigo laboratório, ela disse que teria uma surpresa pra mim e eu segui sorridente para lá.

Callie havia feito duas próteses novas, mais confortáveis e flexíveis, uma para banho e usar em casa e outra mais humanizada para eu sair e usar no hospital.

Eu esperava por aquilo? Lógico que não, mas eu estava feliz por ter ganhado.

Pov Callie.

Passou umas semanas desde que os pais da Arizona tinha ido embora, e nós aproveitamos a casa toda.

Literalmente.

Não só a casa, mas o hospital também. Era bom ter ela de volta.

Depois de entregar a prótese, nós fizemos um período de teste, para ver como ela se adaptaria, e mesmo ela não gostando muito, quem ficou com a mesma foi a Mia.

Ela querendo ou não, a menina era muito boa no que fazia e eu tinha que me aproveitar disso.

Chegou a hora do almoço, e eu só queria deitar um pouco para descansar, já que eu estava em um plantão de 36h.

Eu cheguei a ir ao quarto de plantão e me deitar, mas meu corpo pedia o calor do dela, eu só conseguiria dormir se tivesse ela alí.

Mandei uma mensagem e logo ela chegou, se deitou e me deixou deitar em seu peito me fazendo um carinho longo e maravilhoso na cabeça.

Mas sempre é aquele ditado "a alegria do pobre sempre dura pouco" e não séria a minha que duraria muito.

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Curtinho e sem revisão!!!

Espero que gostem e até a próxima..

Hold back the river Onde histórias criam vida. Descubra agora