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JASMINE

havia se passado uma semana desde que Yara veio morar aqui.
nós não nos falamos, eu tentava conversar com ela mas ela apenas me ignorava.

aparentemente o rei só a trouxe para me manter na linha, pois deixava ela ficar no quarto a maior parte do dia, diferente de mim que ele chamava o tempo inteiro.

estava me vestindo de manhã logo após meu banho, quando escutei sua voz rouca e grossa me chamar do andar de baixo.
me apressei terminando de colocar o vestido branco que havia na minha frente, depois corri em direção as escadas.

quando cheguei até o andar de baixo pude ver o rei segurando um celular em uma de suas mãos, com as sombrancelhas franzidas olhando para ele.

-oi, o que houve? (eu disse me aproximando, tinha que falar de uma maneira educada e submissa com ele, mas sentia vontade de xinga-lo toda vez que via seu rosto)

-eu... (ele deu uma tosse forçada, tentando recompor a postura) -eu preciso mandar uma mensagem para o rei da terra vizinha, mas... mas não sei usar essa porra.

arregalei um pouco meus olhos, era difícil ver o rei perdendo o controle, parecia irritado.

me aproximei devagar, o mesmo entregou o celular nas minhas mãos.

-vai falar com ele por qual rede social? (eu disse o olhando de baixo, com sua altura fazia parecer com que eu fosse menor ainda)

-ele me passou o número dele e me falou para mandar um... zap? (ele disse confuso, me segurei para não rir)

-ah... ok (eu disse indo até a play store para instalar o whatsapp)

após o aplicativo ser instalado e o rei me passar o número do rei vizinho, adicionei ele no whatsapp e ensinei ele como usá-lo.

sentia vontade de rir em diversos momentos, ele parecia um homem das cavernas, não sabia nem como pegar direito o celular.
enquanto ele mandava um áudio para o rei vizinho, acabei soltando uma risada vendo ele demorar pra achar onde era o botão para enviá-lo.

seu olhar irritado se direcionou para mim, me encolhi.
logo ele olhou novamente para o celular, indicando com a mão que eu poderia voltar ao quarto, então o fiz.

alguns minutos se passaram, eu rolava no chão de um lado para o outro.

então, decidi ir até o quarto da minha irmã.

me aproximei e olhei pela porta, já que todas sempre ficavam abertas até o anoitecer.
minha irmã estava deitada na cama, olhando para cima, parecia pensativa.

me aproximei devagar, logo vendo seus olhos se fixarem em mim.

ela se sentou na cama, enrijecendo sua postura e me olhando de maneira fria.

-o rei precisa de mim? (ela disse ríspida)

-não... (eu me sentei na beira da cama) -eu que estava com saudades e vim te ver!

-já viu, pode voltar para o seu quarto e me deixar sozinha.

senti meu peito se apertar, nunca iria me acostumar a ser tratada assim pela irmã que eu tanto amo, então involuntariamente, senti uma lágrima escorrer pelo o meu rosto.

A escrava do vampiro Onde histórias criam vida. Descubra agora