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LUAN

no final deu tudo certo.
bem, para o meu irmão pelo menos, não acho que gastar tudo isso em uma mera humana seja necessário, mas se ela está satisfeito assim, então tudo bem.

o caminho até em casa foi silencioso, Yara não disse uma palavra durante o trajeto.
na verdade, ela não falava mais nada a muito tempo.

o que já estava me irritando pra caralho.
devia estar contente com o fato dela deixar de ser uma vadia abusada e teimosa e abrir a boca só quando fosse necessário, mas não.
estava irritado, confuso, inquieto.
por que algo dentro de mim sentia falta de ver seu lado rebelde me respondendo e se rebeliando?
por que eu sentia que ela estava morrendo de medo de mim?

ah, não era apenas um sentimento, ela realmente estava.

isso é bom?
sim, é bom.
ou será que não?

estava ficando maluco e nem ao menos entendia o porque.
devia jogar ela dentro de um buraco e tacar terra em cima?
talvez, mas meu interior me dizia que eu não conseguiria.

quando entramos dentro de casa e eu fechei a porta, fiz o teste mandando que ela arrumasse toda a casa, mesmo que a casa já estivesse brilhando.
ela parou por alguns instantes, parece ter respirado fundo e então, concordou.
cerrei os punhos, a puxando pelo braço.

-qual é o seu problema? está fazendo isso para me irritar? (eu grunhi segurando seu maxilar)

-o que eu fiz? (ela disse espantada sem entender)

-por que está me obedecendo cegamente? qual é o seu plano??

-meu plano? (ela riu desacreditada) -meu plano é não ser morta por VOCÊ!

depois de tanto tempo finalmente vi um sinal de rebelião nela, ela havia finalmente reagido.

-ainda guarda medo por eu ter executado aquele inseto? (eu disse sem acreditar que apenas aquilo havia mexido tanto com ela)

-uma humana! você matou uma humana ao meu lado! (ela disse com lágrimas nos olhos) -VOCÊ A MATOU SEM PENSAR DUAS VEZES!

-ela não foi a primeira e com certeza não vai ser a última. (eu disse friamente, seus olhos tremeram)

-por que está me torturando assim? apenas me mate de uma vez! (ela disse irritada)

-Yara, entenda. (eu segurei seu rosto com mais firmeza, o trazendo para perto de mim) -vou te matar de qualquer jeito quando meu irmão dominar totalmente a sua irmã, então não precisa ter pressa. não vou lhe matar por agora, pode aproveitar seus dias até lá!

o olhar dela era de espanto e horror, seus olhos marejados tremiam e sua boca se reprimia.
ela não disse mais nada, então a soltei.

-a casa está boa assim, pode aproveitar minha bondade e comer algo agora! (eu sorri subindo as escadas)

-a casa está boa assim, pode aproveitar minha bondade e comer algo agora! (eu sorri subindo as escadas)

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•YARA•

meu sangue ferveu.
ao mesmo tempo que eu sentia uma raiva imensa, o medo também me predominava.
afinal, saber que logo você vai morrer não é uma notícia qualquer, senti meu mundo desabar com suas palavras.
minha irmã não iria querer voltar para Christian, então se fosse preciso logo estaria sobre controle total do supremo.
aquilo me atingiu como um soco.
logo eu morreria, meus dias estavam contados.
mordi meus lábios segurando as lágrimas, não demonstraria minhas fraquezas.
mas ele cometeu um erro ao me contar seus planos, pois com certeza não passarei meus últimos dias servindo um vampiro, vou perturbar sua vida até o meu último suspiro.

• • • • • • • • • • • • • • •

haviam se passado algumas horas, eu estava comendo um pacote de salgadinho jogada no sofá enquanto assitia Tv.

logo escutei ele descendo as escadas, continuei com meus olhos focados no desenho a minha frente.

-não acha que está aproveitando demais da minha boa vontade? (ele disse se aproximando)

-estou? (eu disse com preguiça para ele) -que pena.

-se levante e arrume esse sofá, você derrubou farelos nele! (ele disse irritado, aparentemente era chato com higiene)

-arrume você se está incomodado.

-não acha que já comeu demais? (ele disse puxando o pacote de salgadinho da minha mão)

-quer que eu vomite pra você?

-você perdeu o seu raciocínio lógico de uma hora para a outra? (ele disse desacreditado por conta do meu comportamento)

-eu não vou morrer logo? (eu disse me levantando do sofá) -acha que vou passar meus últimos dias servindo você? não seja ridículo.

seus olhos ficaram vermelhos de ódio e seus punhos se cerraram.

-e eu sei que seu irmão não irá fazer nada para a Jasmine, então precisa ser mais criativo em suas ameaças! (eu sorri, colocando minha cabeça de lado)

então, quase que de imediato, meu corpo foi jogado para o lado, me fazendo cair em cima de uma pequena mesa que havia na sala de estar, a partindo com a queda.

soltei um gemido alto de dor, sentia minhas costelas latejando.

sua mão segurou com força meu pescoço, me trazendo para o seu corpo.

-você só vai fazer seus últimos dias serem piores desse jeito.

-qualquer coisa é melhor do que servir você, vampiro de merda! (eu grunhi o fitando com ódio)

-tudo bem (ele disse se aproximando mais do meu rosto) é mais divertido assim.

então, ele cravou suas presas em meu pescoço, me arrancando um grito.
minhas mãos foram para o seu peito, tentando empurrar ele, porém não obtive sucesso.
uma de suas mãos segurava meu maxilar e a outra apertava com firmeza a minha cintura.
mordi os lábios tentando suportar a dor, uma lágrima escorreu pelo o meu rosto.

em uma atitude impulsiva, mordi seu peito com toda a minha força.
o mesmo tirou suas presas de mim sem entender, me olhando com desdém.
cuspi em seu rosto.
um tapa fez meu rosto virar, novamente fui para o chão.
quando ele foi em minha direção para me puxar pelo braço, me impulsionei para ir para trás, então bati meu pé com força em seu rosto, vendo o mesmo soltar um grunhido.

seus olhos queimavam de raiva, as veias do seu braço se soltava para fora.
ele me puxou para cima segurando meu pescoço, então me arremessou na parede, minhas costas bateram com força, fiquei desnorteada por alguns segundos.
então, ele veio como um raio na minha direção, quando se aproximou apertou com força meu maxilar, fechando sua outra mão em um punho.
com toda minha força, joguei minha cabeça para a frente, batendo ela com brutalidade em seu queixo.
ele cambaleou para trás, provavelmente mais desnorteado por minha atitude do que pela pancada.

ao mesmo tempo que meu interior gritava em desespero por saber no que eu estava me metendo, uma parte minha ardia em êxtase, estava realmente brigando com um vampiro, não apenas apanhando.

A escrava do vampiro Onde histórias criam vida. Descubra agora