Amanteur

213 15 10
                                    


Miami, 2007


O som da batida da porta do quarto de hotel foi a única coisa que se ouviu antes de Alfonso pressionar o corpo de Anahí contra a parede do quarto, agarrando-a pelo pescoço, como se a estrangulasse.

— Você gosta de provocar, não é, Anahí? Pois agora eu vou te ensinar a nunca mais despertar ciúmes em um homem, principalmente se este homem for eu — Alfonso proferira rouco, com os olhos verdes, nublados de tesão colados aos dela, enquanto segurava a cabeça de Anahí contra a parede, todavia com as mãos enredadas no pescoço alvo e delicado. Sabia que caso não se policiasse, com a raiva que estava sentindo, poderia machucá-la. Mas a risada diabólica e excitada que Anahí lhe lançara, foi a prova viva de que ela estava bem longe de sentir dor. Alfonso a conhecia bem demais para saber que de fato, ela estava sentindo prazer, muito prazer.

— Ah, é? E quem te disse que eu tenho medo? — Anahí sorriu de uma maneira sinistra, com os olhos escaneando o rosto másculo de Alfonso. De modo a provocá-lo, ela segurou as mãos dele em seu pescoço, aumentando o aperto que ele exercia ali. — Eu te provoquei a noite toda justamente para isso, cariño... — Ela sussurrava com os lábios à milímetros dos dele, todavia sem deixar de encará-lo nos olhos — Te provoquei daquele jeito porque estava ansiosa para essa versão sua, vir à tona. Para que você ficasse tão louco de tesão, para que me fodesse sem dó, do jeito que só você sabe fazer. — Ao final das palavras, Anahí mordiscou os lábios dele, com os olhos azuis bem abertos a fim de captar o exato momento que Alfonso fechara os dele e gemera, sentindo um aperto desumano dentro da calça.

— Você é uma safada. A mais safada de todas. — Alfonso sussurrou rouco, ainda de olhos fechados, se esfregando deliberadamente contra os quadris dela. Se sentia tão duro, que sua ereção chegava a doer. — Eu sei que eu sou, meu amor, e eu também sei que você ama esse meu lado. — Anahí continuava sussurrando, enquanto levava uma mão até a parte frontal da calça jeans dele e apertava sem pudor nenhum o pau rígido feito pedra. Escutou ele gemer mais alto e as mãos que antes estavam no pescoço dela, agora agarravam a parede, buscando um equilíbrio para não enlouquecer. Anahí sorriu, consciente do poder que exercia sobre ele. — Você sabe que eu posso ser tudo que você quiser... e eu quero isso, quero ser tudo que você quiser que eu seja, na cama e fora dela. — Com um último gemido, que mais pareceu um rugido rouco, Alfonso tomou-a pela nuca e a beijou com lascívia.

O beijo nem de longe era delicado, muito pelo contrário, era explosivo, quente, exalava sexualidade e um desejo estratosférico. Anahí não hesitou quando a língua dele entreabriu seus lábios, pedindo passagem. Tão quente, tão ansiosa, que a ela só restou gemer e se agarrar aos cachos macios do cabelo dele. Sentia a calcinha úmida colar em sua intimidade, e pedia a Deus para Alfonso cumprir tudo que a havia prometido. Anahí sabia que o sexo com ele era uma das melhores coisas que já havia provado na vida. Claro, não era como se ela fosse nenhuma virgem que nunca provara as delícias da carne, muito pelo contrário. Ela era experiente, quente e sabia muito bem enlouquecer quem quer que fosse na cama ou em qualquer outro canto. Porém, ela só não contava que fosse achar um parceiro tão bom quanto ela. Alfonso era um inferno de tão gostoso, sabia exatamente o que fazer e como fazer para enlouquecê-la ao menor toque. Tudo nela reagia a ele.

— Você quer ser tudo que eu quiser, sua safada? — Perguntara rouco, desgrudando os lábios do dela com um estralo molhado. Alfonso arrastou a boca pela mandíbula dela, dando deliberada atenção à aquela parte, enquanto com as mãos, ocupava-se de apertar a bunda daquela diaba que tanto o enlouquecia. Como resposta, ela repuxou os fios do cabelo dele gemendo alto, excitada até a morte, recostando-se contra a parede e oferecendo ainda mais seu pescoço para ele. Seus olhos reviravam-se levemente nas órbitas, denunciando como ela sentia prazer naquele momento. — Hum? Responde, Anahí. — Ela não conseguiria responder nem se sua vida dependesse daquilo. Estava tão absorta nas sensações que aquela boca provocava em sua pele, que perdeu até a noção de como era o seu nome.

O Rio Entre Nós (AyA)Onde histórias criam vida. Descubra agora