CALMARIA • Neymar JR

CAP. 22

Capítulo sem revisão!

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3 meses depois

O tempo tava passando rápido.

O aniversário do Júnior passou voando. A essa altura, todo mundo já sabia sobre a minha gravidez.

No final de semana seguinte, nós também fomos pra Monaco e acabou sendo um momento muito importante pra mim. E por mais que o Júnior tivesse falado que não precisava, sei que foi importante pra ele também.

Não foi a minha viagem dos sonhos. Imagine um final de semana inteiramente dedicado ao poker? Foi estranho, mas acabei me distraindo bastante, principalmente porque eu era um desastre. O Júnior passou mal de tanto rir.

Depois de mais de 20 dias em Paris, acabou sendo mais difícil do que eu pensava voltar pra casa. E a partir dai foi choque de realidade atrás de choque de realidade.

Eu não sei exatamente o que a mídia enxergou em mim, mas parece que foi só eu voltar ao Brasil que começou uma verdadeira caça às bruxas.

Sempre tinha alguém me fotografando. Sempre tinha alguém falando de mim. Mas o pior momento desses meses foi quando o Léo Dias fez uma matéria relatando cada detalhe da minha vida.

Primeiro, eu fiquei em choque. Tipo... era toda a minha vida ali. Tudo que eu tive cuidado em esconder, principalmente a perda do meu bebê. Coisa que nem pessoas próximas sabiam, agora todos sabiam. O Brasil inteiro sabia.

Aquilo acabou comigo e quando me dei conta precisei ser hospitalizada, porque minha pressão aumentou muito e precisei ser controlada.

O pior foi depois, que me senti culpada pelo meu descontrole e pensando que poderia ter feito algum mal a Íris. O Júnior quase surtou do outro lado do mundo e parece que a distância só piorava tudo.

Minha sorte foi que logo depois teve data FIFA, no Brasil, e a gente conseguiu ficar junto por alguns momentos.

Depois vieram outras matérias sobre a minha vida, tipo... o PREÇO DA MINHA CONSULTA! Qual a importância disso, sabe? Umas coisas completamente sem sentido.

O nome da Íris também não demorou a vazar.

Além disso, começaram a especular que o meu relacionamento estava em uma fase ruim. Não era verdade, tipo, nunca teve nada específico indicando que estávamos mal, mas eu também não estava bem... e isso claro que influenciava.

Toda essa série de acontecimentos me motivaram a tomar uma decisão, prestes a completar 30 semanas, ou seja, quase entrando no 8º mês, decidi que a Íris iria nascer em Paris. Sei que lá eu e ela estaríamos mais tranquilas pelos próximos meses.

Não seria uma mudança definitiva, até porque minha vida estava toda no Brasil, mas o nascimento dela e os primeiros meses seriam lá, sem contar que teríamos a presença e o apoio do Júnior durante todo esse tempo, o que seria bom para nós três.

Foi uma decisão um pouco em cima da hora, porque cada vez mais se aproximava do nascimento dela e nós não tínhamos nada definido. Eu sei que ele queria a gente lá, eu queria poder ficar aqui, mas acabei colocando tudo em uma balança e decidi que essa seria a melhor opção.