CALMARIA • Neymar JR

CAP. 25

capítulo sem revisão

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NEYMAR JR NARRANDO

DEFINITIVAMENTE EU NUNCA PODERIA SER MULHER.

Meu Deus do céu.

Faz umas 10 horas que estamos dentro desse hospital.

A Atena já chorou de dor, entrou na banheira, andou de um lado pro outro, ficou em cima de uma bola lá e parece que só agora está perto da deusinha nascer.

Misericórdia.

Acho que nem todas as porradas que eu levo no campo chegam perto dessa dor. Eu to sentindo dor por ela, Deus é mais.

Quando o Davi nasceu, foi cesárea. A Carol marcou, a gente chegou no hospital no dia e horário combinados. Pronto, nasceu!

Agora tá parecendo tão doloroso. Na verdade, parece que sou eu que to sentindo dor desde que ela me disse que a bolsa estourou.

Ela teve uma calma que eu fiquei COMO ASSIM. Tomou banho, fez uma MAQUIAGEM, colocou um vestido, pegamos todas as malas e depois viemos para o hospital. E eu pensando que era pra subir no carro imediatamente. Loucura!

Mas agora você percebe que ela realmente tá no auge da exaustão dela, muito cansada depois de tanto esforço. Braba demais e nossa filha nem nasceu ainda!

Atena: se não tiver dilatação, eu vou fazer cesárea - falou com a Joana - cheguei no nível que até essa playlist tá me irritando - falou e eu tive que concordar, esses dias ela tinha feito uma playlist pra ouvir na maternidade, eu não entendi muito porque, tipo: ouvir música pra ganhar neném??? Mas ai agora to entendendo que era porque ia demorar tipo 10 HORAS. Só que a Nena também só escolheu musiquinha desse estilo mais dela e tal, ignorando todas as sugestões que eu dei, segundo ela ninguém ouve pagode quando vai ter filho. Tá bom né?

Njr: já tá quase lá, amor - falei tentando dar uma força, porque tipo, a gente que é homem nessas horas se sente um nada. A mãe é tipo a fodona, dona da porra toda, aguenta TUDO e a gente fica só dando apoio mesmo, apesar de eu não ter ideia se já está quase lá ou não

Atena: por que você tá assim? - encarei ela confuso e ela acabou rindo - tá todo tenso ai, parecendo um robô - acabei soltando uma risadinha - tá nervoso? - segurei na mão dela

Njr: isso aqui é tenso, pô, gosto muito de hospital não... e to sofrendo só de ver você sofrendo, tá doido - ela sorriu e eu beijei sua mão

Atena: no final tudo vai valer a pena - falou um pouco emocionada e eu assenti, ouvindo uma queixa dela em seguida - mas agora tá quase insuportável - resmungou e eu continuei segurando na mão dela

Njr: como você acha que ela vai ser? - perguntei em uma tentativa de distrair ela enquanto sentia ela apertar minha mão na medida em que a dor aumentava - pra mim ela vai ser uma cópia sua, acho que de tanto falar em deusinha, eu fico achando que vai ser uma mini você

Atena: não sei, mas eu sempre imagino ela com os seus olhos - sorri e continuei fazendo carinho na mão dela

Njr: mesmo que ela tenha carinha de joelho vamos achar ela linda, isso é certo - afirmei e ela deu uma risadinha, mas logo em seguida fez uma careta de dor - a Joana foi atrás da Amelie e agora as duas sumiram - me referi a outra médica, a francesa que assumiu tudo por aqui - vou atrás delas